segunda-feira, 2 de outubro de 2023

O AÇORIANO PADRE MELLO, JOSÉ CARLOS PEREIRA PINTO E A HISTÓRIA DA USINA SANTA MARIA

 

                    ACRÓSTICO


                              SONETO E OITAVA


Justíssimo é que Bom Jesus, em cheio,

O leve às urnas e que o veja eleito

Senador Federal, e deste jeito

Ele verá que vive neste meio.


Católico sincero, sem receio

Afirma sua crença, e com respeito

Reconhece nos mais igual direito,

Lá dos próprios domínios bem no seio.


O povo fluminense e qualquer povo

Sabe quanto lhe deve a sociedade

Pelo de Campos edifício novo


Em que não só os filhos da cidade

Refúgio encontram mas dos arredores

Encontrarão também remédio às dores.


                                ..........


Irmãos seus considera os pobrezinhos

Repartindo com eles do seu cofre

Abundantes esmolas e carinhos.

Pensa na sorte de quem dores sofre,

Institui hospital, escolas cria,

No templo a reza, jogos no recinto;

Tudo para que vivam na alegria

Onde achar outro José Carlos Pinto?!...


(1945)  PADRE MELLO

Bom Jesus do Itabapoana 

(Extraído de "DE CAMPOS AOS FLUMINENSES", de autoria de A.G., em 1946), Biblioteca de Luciano Bastos)

Obs. do JONF (Jornal O Norte Fluminense): José Carlos Pereira Pinto foi eleito Senador da República em 1946

O açoriano Padre Antônio Francisco de Mello, um gênio da Civilização e da Cultura 

Senador José Carlos Pereira Pinto 


História da Usina Santa Maria, por Porphirio Henriques Filho


Usina Santa Maria, em 1939


Foi o francês André Richer quem impulsionou a Usina Santa Maria no final do século XIX.

A área, de cerca de 625 alqueires, pertencia a Virgílio Basílio dos Santos e Leônidas de Abreu Lima e contava, em 1895, com um engenho de açúcar. Nessa época, André Richer assumiu a função de auxiliar da propriedade e, cinco anos depois, instituiu a firma Santos & Richer, ocasião em que Leônidas de Abreu Lima se retirou da parceria com o antigo sócio.

Posteriormente, capital francês foi investido na região e Richer fundou a Societé Sucrerie Santo Eduardo, fazendo com que a Usina Santa Maria se desenvolvesse com a importação de máquinas modernas.

Uma crise no setor fez com que a empresa Farah & Irmãos se estabelecesse na Usina, se tornando os principais fornecedores e credores da firma francesa.

Cinco anos mais tarde, uma disputa judicial fez com que a Usina passasse às mãos de Farah & Irmãos.

Em 1915, a empresa foi adquirida por Coelho Fernandes & Cia.


José Carlos Pereira Pinto




Jorge Pereira Pinto


Nelson Rezende Chaves


Em 1917, José Carlos Pereira Pinto assume a empresa e dá-lhe extraordinário desenvolvimento, fazendo com que a mesma produzisse, além de açúcar, álcool, café, arroz, milho e feijão.

Paralelo a isso, foi estabelecida uma escola, uma instituição hospitalar, um gabinete dentário, um cinema, uma banda de música e uma praça de esportes.


Escola da Usina Santa Maria

Instituição hospitalar na Usina Santa Maria


Quando Bom Jesus do Itabapoana emancipou-se no dia 1º de janeiro de 1939, José Carlos Pereira Pinto era o Diretor-presidente, Jorge Pereira Pinto era o Diretor-gerente, enquanto Nelson Rezende Chaves era o Diretor-secretário.

O lema da Usina era "labor omnia vincit", máxima do poeta romano Virgílio, segundo o qual, "o trabalho vence tudo". 


 (Fotos e informações extraídas da publicação Libertas, de Porphirio Henriques Filho, em março de 1939), Biblioteca de Luciano Bastos.


Bandeira de Bom Jesus do Itabapoana 


                                                   

   Bandeira dos Açores 





A influência açoriana em Bom Jesus do Itabapoana: Padre Mello e famílias Silveira, Borges, Seródio, Rezende e Dutra, entre outras


A Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, sediada no Sítio Rio Preto, em Calheiros, parte alta do município, e que 
representa a fase áurea do café, assumiu os custos para a restauração do Teatro Cinema Conchita de Moraes, que representa a época de prosperidade da cana de açúcar, na parte baixa do município. 

Um encontro de duas histórias preciosas de Bom Jesus do Itabapoana.

Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, sediado no Sítio Rio Preto, em Calheiros 


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