Ésio Martins Bastos |
Excelentíssimo Senhor Presidente
Excelentíssimas autoridades presentes
Prezados colegas
Meus senhores e senhoras
Dificuldade, das maiores, se me antolha, neste momento. É que se torna tarefa ingente conseguir, ante tão seleto e culto auditório, empolgá-lo, quando apouca em quem fala, os atributos indispensáveis a esse fim. Procurarei, entretanto, como sempre fiz em minha vida de autoridade, suprir as deficiências com o calor e veracidade dos conhecimentos hauridos na árdua luta do dia a dia e, neste caso particular, auxiliado pela convivência que tive a ventura de manter com o patrono da cadeira que hoje assumo nesta academia - o imortal jornalista OSÓRIO CARNEIRO.
Traçar o perfil de Osório Carneiro, desse modo, não é cometimento dos mais difíceis apesar de sua personalidade polimorfa, o seu espírito inquieto, insatisfeito, à procura da perfeição e a repercussão e reações oriundas de sua ativa ação jornalística em prol das coisas desta cidade que tanto amou e que adotou como sua, pelo pendor de seu coração.
Nascido ainda no século passado, precisamente no dia 12 de julho do ano de 1898, na antiga e tradicional Vila de Laje do Muriaé, no Município de Itaperuna, ao qual, à época, também pertencíamos, Osório passou a sua juventude na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde, na cidade de Juiz de Fora, ao terminar brilhante curso, recebeu o diploma de Guarda-Livros, como eram designados os Contadores de hoje. Engajou-se, após, na briosa Policia Militar do grande estado montanhês, da qual desligou-se, na patente de segundo sargento, vindo para nossa Bom Jesus, então Vila e sede do 10º Distrito do Município de Itaperuna, isto em 20 de novembro do ano de 1927.
Aqui chegando, Osório Carneiro foi exercer a sua profissão de guarda livros, na tradicional firma Teixeira de Oliveira & Cia. Com a extinção dessa firma, Osório dedicou-se ao magistério, instalando em sua residência uma escola de contabilidade que contou com elevado número de alunos.
Advindo a Revolução de Outubro de 1930, Osório Carneiro, em virtude de sua condição de segundo sargento da reserva da Policia Militar Mineira, foi designado pelos chefes revolucionários que aqui chegaram, Delegado Revolucionário com jurisdição nesta região limítrofe com amplos poderes.
Terminada a Revolução, foi nomeado Subdelegado de Policia do então 10º Distrito do Município de Itaperuna, cargo que exerceu com eficiência e dedicação até o ano de 1933, quando foi nomeado Fiscal do recém-criado Ministério do Trabalho. Mais tarde foi nomeado Avaliador Judiciário do Estado, cargo em que se aposentou.
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