Wilma Martins Teixeira Coutinho |
Sempre tive uma forte apreciação pelas árvores, pela beleza que ela nos oferece, pela sombra amiga, que nos dias quentes de verão nos acolhe sob sua copa.
Há pouco, mudamos de Condomínio, encontramos no terreno da casa um pé de pitanga. Chamou-nos a atenção o fato de ela estar acorrentada, em volta de seu tronco, com aspecto franzino, suas folhas sem brilho e retorquida como uma alma sem esperança de dias melhores. Aquilo nos tocou profundamente. Pedimos ao vizinho ajuda para tirar as amarras, deixando-a livre. Passaram-se alguns meses e a mudança operada foi de imediato, pois, no seu tronco removemos a terra e novo adubo foi infiltrado, vitaminamos a sua raiz.
Hoje ela está linda, suas folhas renasceram com um brilho de ar feliz, como uma jovem que usa um hidratante para sua cutis rejuvenescer. Eu converso e elogio o seu desenvolvimento, abraço o seu tronco, como faço a quem amo.
Ela se sente feliz com os novos moradores, a gente sente isso. Entendo que o amor pode ser estendido a toda Natureza, ao ser humano, aos animais, que amamos como se filhos fossem. Entendo que o amor dá vida até ao moribundo, faz milagre, como fez com a minha pitangueira.
Pergunto a ela: quando vai me dar suas pitanguinhas? Sinto que não vai demorar. Amo sentar-me ao lado dela, num banquinho sob sua sombrinha e ler meus jornais, meus livros e escrever minhas poesias, ajudada pela bela Natureza e pelo Céu lindo que nos oferece essa encantadora Teresópolis que carinhosamente nos acolheu.
Wilma
6/9/2018
As pitangas de Wilma Martins Teixeira Coutinho chegaram, agora, cinco anos depois
As pitangas de Wilma Martins Teixeira Coutinho |
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