terça-feira, 24 de outubro de 2023

A PLANTINHA DA BEIRA DA ESTRADA

 

Carmen Boechat Alt da Costa Santos


Uma plantinha qualquer

à beira da estrada...

Vivendo de uma gota de orvalho,

à sombra de antigo carvalho,

sufocada, às vezes, por tantas outras,

vencendo o calor, as espertezas do solo,

foi crescendo... foi vivendo...

Caiu a chuva, refrescou a terra...

Gotinhas abençoadas a alcançaram,

jeitosas mãos ali a protegeram...

E a plantinha da beira da estrada... cresceu!...


Uma plantinha qualquer à beira da estrada...

A chuva bondosa emprestou-lhe ânimo...

Umas gotas de Amor em mãos carinhosas...

foram gotas... abençoadas... vivificantes...

E a plantinha da beira da estrada... floresceu!...


Era uma plantinha qualquer...

Mãos carinhosas a colheram...

Alguém a levou para enfeitar-lhe a vida...

Mãos jeitosas... Trazendo Amor... foram suas...

A plantinha agora enfeita-lhe os dias...

A plantinha da beira da estrada... sou EU!...



Nota do jornal O Norte Fluminense: a saudosa professora Carmen Boechat Alt da Costa Santos,  que utilizava em suas poesias o pseudônimo de Carmen de Rosal, ocupou a cadeira nº 6 da Academia Bonjesuense de Letras, patronímica de Amélia de Azevedo Costa.


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