Antônio de Souza Dutra
Homenageio a memória deste ilustre bonjesuense, nascido em 10 de janeiro de 1898. Aos 13 anos de idade, ele começou a trabalhar na Farmácia Normal, do farmacêutico Pedro Gonçalves da Silva (Cel. Pedroca), seu mestre, amigo e futuro sogro.
A Farmácia Normal, extinta após seu falecimento, era um ponto de encontro de intelectuais bonjesuenses. Foi membro fundador do Conselho Municipal de Cultura. Na Academia Bonjesuense de Letras, foi patrono da cadeira número 7. Foi estudioso e pesquisador da história de Bom Jesus do Itabapoana. Traduziu poesias de autores franceses e espanhóis. Independentemente deste vasco currículo, alguma coisa a mais posso acrescentar a este ilustre humanitário e despretensioso cidadão.
Como farmacêutico prático, era um profissional de grande competência. Naquela época, não existiam laboratórios especializados, e os médicos normalmente faziam as suas receitas nas quais constavam os componentes medicinais para serem manipulados. Antônio Dutra tinha em sua farmácia um pequeno laboratório onde ele aviava suas receitas.
Sou testemunho de uma passagem deste ser humano altruísta. Eu era portador de uma impertinente gripe, e minha mãe mandou que eu me dirigisse à Farmácia Normal, onde fui atendido por seu proprietário Antônio Dutra. Ele, então, saiu para o seu quintal e voltou com umas folhas de laranjeira e me disse: - leva para a casa e manda fazer um chá, tomando junto com o comprimido "arcanol", porém, no momento, não tenho esse analgésico. Gesto como este encontra-se em extinção, porém ficou gravado em minha memória. |
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