Hoje, dia 11 de janeiro, aniversaria o bonjesuense Ten-Brigadeiro do Ar, Sergio Xavier Ferolla, uma das maiores personalidades do país. Ele alcançou o cargo de Ministro do Superior Tribunal e se tornou presidente do referido Sodalício, se aposentando em 8 de janeiro de 2004. Desde então, se tornou uma das vozes mais respeitáveis e combativas do Brasil, com seus artigos e entrevistas veiculadas em nossas principais publicações.
Agradecemos a gentileza do nosso ilustre conterrâneo, em atender à solicitação de nosso jornal, assim como a colaboração da Dra. Nisia Campos, do jornal "A Voz do Povo".
PARABÉNS TEN-BRIGADEIRO SERGIO XAVIER FEROLLA!!! MUITAS FELICIDADES!!! MUITOS ANOS DE VIDA!!! BOM JESUS ESTÁ EM FESTA!!!
A ENTREVISTA
1. Sabe informar de qual lugar, na Itália, vieram seus avós paternos, Luiz e Maria Ferolla?
R.: Meu avô nasceu na pequena cidade Santa Bárbara de Ceraso, no Sul da Itália, província de Salerno, em 1875 e, portanto, muito antes da Primeira Grande Guerra. De família pobre e muito jovem, partiu de Nápoles como emigrante para o Brasil, onde passou a trabalhar nas fazendas de Minas Gerais,. Na cidade mineira de Belisário, vizinha a Itaperuna, havia uma Colônia de italianos e lá conheceu Maria Janoti, também emigrante, com quem se casou.
2. No Brasil, eles se fixaram onde, primeiramente? Qual o caminho que percorreram?
R.: O casal se fixou no interior de Minas Gerais e nos cafezais foram acumulados conhecimentos empresariais. Assim decidiram residir em Bom Jesus, bem próximo de Belisário, pois a cidade se tornara polo de beneficiamento agrícola, especialmente dos cafés a serem enviados para consumo e exportação no Rio.
3. Seu pai, Domingos Ferolla, nasceu onde? Como ele chegou a Bom Jesus?
R.: Seus 8 filhos estudaram e se tornaram profissionais de nível superior, frequentando centros universitários evoluídos. Como empresário bem sucedido e bem relacionado, se integrou aos pioneiros da região com um belo armazém e máquina de beneficiamento dos grãos de café junto aos trilhos da estrada de ferro.
4. Sabe informar o motivo pelo qual seu bisavô, Carlos de Aquino Xavier, resolveu se instalar numa fazenda que originou Bom Jesus do Norte? Sabe informar o nome da fazenda?
R.: Em relação aos meus antepassados maternos, a história é bem diversa, pois eram comerciantes e proprietários na região de Vila Rica, onde laços familiares os ligavam a Tiradentes. Por isso se tornaram alvo da repressão portuguesas, que objetivava matar todos os membros da família do Inconfidente Joaquim José da Silva Xavier. Com os filhos ainda bebês, fugiram para o interior desabitado e chegaram às margens do rio Itabapoana. Meu bisavô Carlos prosperou na região e, anos após, edificações cresceram em suas terras, dando origem à atual Bom Jesus do Norte. Sua filha Baldina, minha avó materna, se casou com o primo Samuel, meu avô, cujo pai residia em Santo Eduardo. Para interligar os dois povoados, ofereceu material para a construção da ponte de madeira, no trecho da confrontação a oeste. Suas terras se estendiam para o Leste, onde posteriormente surgiria a rua que tem o seu nome e uma ilha, que lhe pertencia demarcava o limite da confrontação com Bom Jesus. Na margem oposta meu avô Samuel edificou sua residência e instalou máquinas para trabalhar as madeiras que as matas ofereciam. Mas sua tranquilidade acabou perturbada quando, vindos do Leste surgiram os trilhos da estrada de ferro, cujo ruído afetava o lazer residencial, cercado por jardins floridos e árvores frutíferas. Desgostoso
se mudou para Bom Jesus e sua propriedade acabou em lotes residenciais. Já em Bom Jesus, seu dinamismo social e político o destacou na defesa do município, como descrito no quesito 5 pelo entrevistador.
5. O Dr Cezar Ferolla, seu tio, foi médico e deputado estadual, com grandes serviços prestados a Bom Jesus na área social e na luta por nossa emancipação. No dia da inauguração do Hospital São Vicente de Paulo, 6 de janeiro de 1925, ele proferiu um grande discurso que foi eternizado pelo jornal "Nossa Terra", que consta do acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos. O que o senhor poderia acrescentar sobre a sua trajetória de vida?
R.: Meu tio Cezar era um profissional evoluído, além de político e intelectual. Tinha duas meninas quando sua mulher Rosete faleceu e, só após muitos anos conheceu e se casou com Nair Fasbender, que lhe deu um filho temporão de nome Eduardo. Ela faleceu, ainda jovem, pouco tempo após o parto e a repetição de casos trágicos se consumou numa falha médica em campos, onde acabou levado a óbito num hospital devido tratamento médico indevido.
6. O senhor tem informação sobre como seus pais se conheceram?
R.: Meu pai, como um dos filhos mais jovens do avô Luiz, se diplomou em ciências econômicas e sempre teve vocação comercial e empresarial. Evoluira no comércio de cafés para o Rio de Janeiro, e com financiamento bancário adquiriu portentosa fazenda com cafezais, onde passou a residir após se casar com Lucília, filha do Samuel Xavier. O café era o sustentáculo da economia brasileira, a ponto de ser tratado como “general Café”. Me recordo dos comentários domésticos sobre o intenso comércio gestado pelo Departamento Nacional do Café, cuja instalação, em Bom Jesus, era no início da estrada para Campos. Mas o mundo entrou em colapso ao falir a Bolsa Comercial de Nova Yorque e as exportações reduziram drasticamente por não haver compradores. Por isso, muitas toneladas ficaram acumuladas no pátio do DNC e, dos tempos de criança, guardo a imagem dos montes de grãos sendo queimados por ordem federal, como recurso para evitar maior queda nos preços internacionais. A repercussão foi tenebrosa e falências se repetiam em todo o país, até que o governo Getúlio, para preservar fazendeiros e produtores, decretou uma “moratória” que congelava as dívidas e alongava os prazos de pagamento na rede bancária. Meu pai não foi beneficiado em tempo útil e acabou perdendo tudo que conquistara.
7. Em qual casa seus pais moraram em Bom Jesus?
R.: Como morava na fazenda, se instalou em Bom Jesus rua Padre Melo, numa casa que diziam ter sido habitada por familiares do querido vigário. Na época, com a idade de cinco anos, me recordo do casarão com uma torre cilíndrica em anexo e cheia de janelas. Posteriormente, se recuperando da debacle, adquiriu a casa na “rua do mineiros”, atual Gonçalves da Silva e lá residiu ate ser obrigado a viver em Niterói para que os filhos pudessem prosseguir nos estudos. Nela residi por muitos anos, até concluir o ginasial no Colégio Rio Branco.
8. O senhor se recorda de professores do Colégio Rio Branco?
R.: Foi uma fase de grande aprendizado e de professores exemplares, após concluir o primário (fundamental) na escola da Da. Mariquinha. Receava sair daquele atencioso convívio com as professoras, sendo preciso minha querida professora Clarisse me acompanhar ao Rio Branco, sob a direção da Professora Carmita. Com a idade de 11 anos via tudo com reserva, mas o ginasial me proporcionou valoroso relacionamento com mestres e colegas, merecendo destacar meu amigo e companheiro nos intensos estudos João José Assad, que diplomado em direito galgou a posição de Procurador do estado do Rio. Me tornei amigo do Dr. Hélio, culto educador a ensinar Latim, assim como o Dr. Valdir, professor de biologia e química; minha tia Yolanda Ferolla ensinando desenho; o professor Silva dando aulas de francês e inglês; num convívio agradável e tendo, sempre presente no pátio e nos corredores o Seu Rosendo, trajando ternos formais e cuidando da disciplina desejada pela Diretora Carmita.
9. Que recordações o senhor possui de Bom Jesus?.
R.: A cidade era dinâmica e tranquila e desde criança caminhava pela praça da Matriz a caminho do colégio. Tenho lembrança dos “carros de praça” (táxis) estacionados numa sombra do Pau Ferro e, ao lado da Igreja, a Casa Paroquial do Padre Melo era próxima do casarão onde ensaiava a banda de música, em frente ao Forum. Na caminhada solitária subia em direção do “alto de Santa Rita” onde estava o majestoso Rio Branco.
10. Seria possível, em outro momento, informar sobre a trajetória de vida de seus irmãos Benito, Guido e Dirceu, para que a sociedade bonjesuense pudesse ter em seus registros históricos?
R.: Meus irmãos seguiram a mesma rotina de estudos e convivência social até serem levados para Niterói por imposição dos cursos de segundo grau. Eu já estudara no Liceu de Humanidades em Campos e no primeiro ano do Científico soube do Concurso aberto para a recém criada Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica. Completara 15 anos e, autorizado por meu pai participei da seleção e aprovado inicie a carreira militar. Além do desejo de me tornar aviador, o ingresso na Aeronáutica e a bolsa financeira mensal aliviava as despesas da família, que deveria sustentar os irmão nos cursos universitários. Minha opção acabou servindo de modelo para os irmãos, com o Benito aprovado para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em São Paulo; o Guido seguindo para o Colégio Naval em Angra dos Reis e o Dirceu para a Escola Preparatória do Exercito em Porto Alegre. Todos se tornaram Oficiais, sendo a fraterna união familiar ilustrada na foto de formatura do Guido, na Escola Naval (1). Posteriormente, o Benito se diplomou em Direito e, já Capitão, voltou à vida civil como Defensor Público e, por indicação da OAB do Estado do Rio, o governador o selecionou para uma Cadeira de Desembargador no TJRJ. O Guido se formou em engenharia eletrônica e, como Oficial Superior, ministrou cursos na Escola Naval até se aposentar, já com o título de Doutor pela Universidade Católica do Rio. O Dirceu, também diplomado em Direito, deixou o Exercito como Capitão e optou pela vida comercial.
11. O senhor possui quantos filhos e netos?
R.: Como Tenente Aviador na Base Aérea de Santa Cruz e casado com Marina Machado, fomos agraciados com os filhos: Sandra, Sergio e Ludmila. Pelas novidades e desafios técnicos observados nos voos em grandes altitudes e altas velocidades no Avião de Caça Gloster Meteor, o interesse pela engenharia motivou minha matrícula no ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica em São José dos Campos, São Paulo. Nova fase da carreira teve início, de forma bem diversa do piloto de combate (em Santa Cruz (foto numero 2)
12. Após seu memorável ingresso na Aeronáutica, como foi sua atuação como piloto operacional no Primeiro Grupo de Aviação de Caça, que se destacou na Segunda Guerra Mundial? Como foi a experiência em comandar 4 jatos da Força Aérea que percorreram o céu bonjesuense, por ocasião da Festa de Agosto, em 1960, em homenagem a Bom Jesus?
R.: Anteriormente, como piloto operacional no Primeiro Grupo de Aviação de Caça tive Instrutores que lá estavam após vitoriosa participação nos céus da Itália. Modestos e competentes eram exemplo de atenção para com os jovens Oficiais, que os viam como heróis. Os treinamentos incluíam missões de ataque a alvos fictícios e ao ser escalado para liderar uma esquadrilha solicitei autorização para sobrevoar, como objetivo, minha cidade natal na Festa de Agosto. A esquadrilha em formação fez passagens a baixa altitude e soube de comentário sobre o Ala número 3, de nome Soares, ter exagerado nas passagens individuais.
13. A Aeronáutica teve papel importante no surgimento de empresas como a EMBRAER, assim como no desenvolvimento de motores que ensejaram a implantação do PROALCOOL. Qual foi sua colaboração para esse extraordinário progresso?
R.: Major chefiava a Divisão de Eletrônica do IPD, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, onde projetos avançados incluíam técnicas de micro-ondas, aeronaves e motores. Trabalhava num Radar, antes de surgir a estratégica EMBRATEL enquanto a Divisão de Aeronaves iniciava o projeto do Bandeirante, modelo adequado para as linhas regionais até então dependentes do velho Douglas DC 3. O apoio Federal nos incentivava a entrar pel período noturno, na ânsia de cooperar para a soberania nacional. Na divisão de Mecânica o professor Stumpf, coronel engenheiro já na Reserva, tornava real seu sonho de motores a etanol, solução que passara a estudar após adotada, como de forma improvisada no período da Segunda Guerra, reabastecendo com o chamado “álcool motor” alguns caminhões. Os estudos laboratoriais posteriores asseguravam ser viável misturar na gasolina até 20% de alcool anidro, percentual que a equipe do CTA - Centro Técnico da Aeronáutica assegurava manter a potência estimada dos motores. A solução levada ao governo, que de imediato obrigou sua efetivação. Mas a economia buscava formas de poupar divisas e se a guerra restringira a importação de combustível devido a bloqueios navais, nos anos 70, com os preços disparando de 8 dólares o barril para cerca de 40, do Presidente Geisel veio a solicitação para buscar alternativas, cabendo ao Ministério da Indústria e do Comércio alocar recursos através da Secretaria de Desenvolvimento Industrial, chefiada pelo dinâmico Dr. Bautista Vidal. Nossa engenharia desenvolveu pequenas modificações mecânicas nos motores e passou as informações ao parque produtivo para uso de etanol hidratado. Assegurada a solução técnica o governo implantou o Pro-Alcool, alternativa pioneira e original no mundo. Quando dirigia o IPD, a Divisão de Aeronaves concluíra com sucesso o desenvolvimento do Bandeirante, tendo o CTA recebido apoio governamental e parlamentar para a criação da EMBRAER. Com o passar dos anos e intenso trabalho de engenharia, atualmente a empresa é líder mundial na fabricação das modernas aeronaves de até 200 lugares, além de eficientes e luxuosos aviões executivos.
14. Após sua aposentadoria, o senhor passou a escrever artigos em publicações nacionais, que têm repercussão em todo o país. Em 2019, por exemplo, o senhor criticou a radicalização entre a esquerda e a direita, assim como a participação de militares no governo. Como avalia a situação hoje
R.: Agradeço a Deus por tantas benesses e, sempre que possível e oportuno, busco cooperar para o bem comum, independente de etnias, idades e religiões.
15. Em entrevista anterior ao jornal "O Norte Fluminense", o senhor se declarou um otimista com os destinos de nosso país. Continua com essa mesma visão?
R.: Cada vez mais, apesar de eventuais descaminhos políticos, nosso país vai ocupando posição destacada e respeitada em todo o mundo, tendo a paz como doutrina ao acolher infortunados emigrantes e produzir alimentos para todos os continentes, sem agressão ao meio ambiente. Numa fase a demostrar terem se esgotado ideologias espúrias e potências hegemônicas, o respeito às fronteiras em modelos de boa convivência levarão os super armados a figurarem como excêntricos e desajustados no contexto das nações.
16. O senhor e seu primo Elcio Xavier, o Príncipe dos Poetas, doaram suas valiosas bibliotecas para o Espaço Cultural Luciano Bastos, que passou a ter uma das bibliotecas mais qualificadas da região. Como foi a relação que o senhor manteve com seu ilustre primo?
R.: Com tal visão do mundo, busco estudar a história dos povos e a benéfica convivência familiar, questão a merecer máxima atenção para a formação de cidadãos e dirigentes. Meus avós e seus numerosos descendentes (9 do Luiz e 11 do Samuel) formaram seus modelos de fraterna integração, com os mais velhos cooperando na educação dos mais jovens. No caso do Hélcio, ao nascer minha mãe Lucilia, sua Tia, tinha apenas 5 anos, motivo de, como primeiro neto, ter a juventude cercado dos carinhos familiares. Me recordo das inúmeras visitas à casa dos seus pais, na região do “Barro Branco”, de onde se iniciava a estrada para Itaperuna e o Elcio, sempre afável e culto, se mantinha próximo dos avós paternos e se oferecia para trazer materiais de interesse nos deslocamentos profissionais.Assim, como neto mais vivido e experiente, demostrava curiosidade pela origem dos avós e pesquisou sobre os Xavier, oriundos de Bascos que habitavam na faixa espanhola dos Pirineus. Região de sentimento étnico manifestado, a nobreza lutava pela soberania e preservação das tradições, tendo um nobre chamado Francisco estudado na França e se destacado como missionário no oriente. Pela obra realizada se tornou o São Francisco de Xavier, pelo nome da pequena cidade natal. Sobre tal região as pesquisas do Elcio me estimularam visitar a pequena cidade e lá com familiares percorri o histórico castelo de Xavier, que reformado, na ala frontal da cultuada igreja católica, em letras douradas é destacada a grandeza de São Francisco (foto número 3).
17. O senhor é um dos filhos de Bom Jesus mais ilustres, que nos enche de orgulho. Todos os bonjesuenses têm consciência de que o senhor é um herói de nossa pátria! Que mensagem o senhor deixaria para seus conterrâneos?
R.: Como militar de carreira e magistrado aposentado, sempre evitei envolvimento na política partidária, mas com necessária isenção manifestava aos Companheiros e amigos mais próximos a importância de trabalhar pelo desenvolvimento científico, tecnológico e industrial do país. Caminho para postura soberana no contexto das nações, também considero forma de superação da assimetria social e da pobreza. De forma cautelosa fiz palestras e escrevi artigos, muitos dos quais publicados no jornal O Norte Fluminense, quando dirigido pelo amigo Luciano. Assim pensando doei muitos livros para o ECLB, esperando que os jovens encontrassem informações de interesse e sadia leitura. A pedido da redatora do A Voz do Povo e desiludido com a atuação de políticos psicóticos alinhados a países sem qualquer semelhança com a origem e formação da gente brasileira, optei por entreter redigindo Fascículos intitulados “Uma Grande História”, ou seja, apresentando a história universal de forma agradável e plena de episódios curiosos, os quais busco relacionar com eventos da atualidade (foto número 4). Com as edições mensais completando 2 anos, em janeiro circulará o Fascículo 25, mas já rascunhados outros 30 serão editados em 2024 e 2025, na esperança de que sejam instrutivos para os jovens estudantes.
Luiz Ferolla, avô do Ten-Brigadeiro do Ar Sergio Xavier Ferolla |
Castelo e igreja de Xavier (Foto 3) |
Esquadrilha no Grupo de Caça do Tenente Ferolla |
Formatura de Guido Xavier Ferolla na Escola Naval |
Ten-Brigadeiro do Ar, Sergio Xavier Ferolla e esposa Marina |
Brigadeiro Ferolla em seu local de estudo e redação |
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