quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Luz e Memória: Igreja Matriz celebra quem preserva e divulga a história da região

 

João Batista Andorinha e André Luiz de Oliveira 


Na noite de 13 de agosto, quando o céu de Bom Jesus tingia-se de tons profundos e a praça exalava o perfume da festa, as portas da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus se abriram como braços acolhedores.

Ali, sob a luz serena das velas e o canto das vozes, celebrou-se, às 19 horas, a Santa Missa dos festejos da Coroa e do Divino Espírito Santo, conduzida por padres bonjesuenses e tendo como pregador o Padre Vilmar Diniz Pereira.

A Santa Missa, mais que um rito sagrado, foi um abraço coletivo. O altar recebeu intenções que tocavam a memória e a identidade da cidade: jornais O Norte Fluminense e A Voz do Povo, o Espaço Cultural Luciano Bastos, a Casa dos Açores do Espírito Santo, a Lira Operária Bonjesuense, a Rádio Bom Jesus, o Colégio Estadual Padre Mello e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Os paraninfos, Pastoral da Acolhida e a Capela de Sant’Ana, de Rosal, carregavam em si a simbologia da hospitalidade e da fé.

Os bancos da igreja reuniram rostos conhecidos: pelo O Norte Fluminense, o diretor João Batista Andorinha, e André Luiz de Oliveira; pela A Voz do Povo, a Dra. Nísia Campos; pelo Espaço Cultural Luciano Bastos, sua diretora Cláudia Borges Bastos do Carmo.

O convite para este encontro sagrado havia sido entregue ao jormal O Norte Fluminense pelo Padre Rogério Cabral Caetano, pároco da Matriz, em palavras que misturavam gratidão e reconhecimento. Nele, sublinhava o papel do jornal O Norte Fluminense como voz atenta da região: “com compromisso, ética e seriedade, contribui para a informação de qualidade, o fortalecimento da cidadania e a valorização da nossa cultura local e regional”.

Na tessitura viva da memória bonjesuense, alguns nomes brilham como faróis que resistem ao tempo. João Batista Andorinha é um deles, figura que atravessa décadas com a serenidade de quem sabe que a palavra escrita pode ser também patrimônio. Seu voo pelo jornalismo começou sob as asas firmes dos saudosos Ésio Bastos, fundador de O Norte Fluminense, e de Luciano Bastos, guardião da mesma casa de letras. Em cada edição, João carregou não apenas notícias, mas fragmentos da alma de sua terra.

Ao seu lado, caminha André Luiz de Oliveira, colaborador fiel de O Norte Fluminense há tantos anos que sua presença já se confunde com o legado da história do jornal. Ativista cultural por vocação, André não se contenta em apenas colher e narrar os acontecimentos, ele os semeia. Seus passos estão marcados nas salas, praças e palcos onde a cultura de Bom Jesus do Itabapoana floresce, como se cada evento fosse uma semente lançada ao vento da memória coletiva.

Na noite de 13 de agosto, ambos se sentaram lado a lado nos bancos da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, não apenas como convidados, mas como parte viva da história que ali se celebrava. A Santa Missa, que homenageava instituições e guardiões da cultura, parecia também agradecer silenciosamente a todos os presentes que, com palavras, gestos e presença, ajudam a manter acesa a chama da identidade bonjesuense.

E assim, entre hinos, incenso e memórias, a noite se fez mais que liturgia, foi memória viva, onde a fé se entrelaçou à história, e cada nome citado tornou-se parte de uma prece que, ao subir, parecia carregar consigo todo o perfume e o silêncio respeitoso daquele instante.









Mais que um jornal, a voz da nossa história!

Um comentário:

  1. Que momento lindo!❤️ A Santa Missa foi mais do que uma celebração religiosa, foi uma homenagem à história e à cultura de Bom Jesus do Itabapoana, unindo fé e memória de forma emocionante.🙏👏👏

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