terça-feira, 30 de setembro de 2025

Francisco Amaro, a Banca do Rodolfo e a mensagem de Lincoln Penna ao Jornal O Norte Fluminense: laços entre Bom Jesus e o Rio

 


Às vezes, as grandes pontes não são feitas de ferro, nem de concreto. São erguidas de papel impresso, de letras e de mãos que se estendem com generosidade. Assim nasceu a ponte que une Bom Jesus do Itabapoana ao Rio de Janeiro.

O elo chama-se Francisco Amaro Borba Gonçalves, açoriano de coração largo, tão construtor de humanidade quanto Padre Antônio Francisco de Mello o fora em outros tempos. Por sua amizade e empenho, O Norte Fluminense encontrou morada na Banca do Rodolfo, na Tijuca, espaço que mais parece templo de leitores, onde as páginas ganham vida e os olhos brilham em busca de novidade.

E foi assim que o nosso jornal atravessou o mar de distâncias e chegou à capital, com o auxílio de duas mãos que não se cansam de erguer pontes: a de Francisco Amaro e a de Rodolfo, jornaleiro que transformou sua banca em território de cultura, resistência e encontro.

Um jornal é isso: um fio invisível que une cidades, um sopro que aproxima realidades, um instrumento que informa e forma. Quando circula, não carrega apenas notícias, carrega memórias, desperta consciências, fortalece laços de cidadania.

Ao recebermos o generoso e afetuoso e-mail do professor e historiador Lincoln Penna, doutor pela USP, conferencista honorário do Real Gabinete Português de Leitura, professor aposentado da UFRJ e docente da Universo, sentimos que essa ponte não é apenas entre Bom Jesus e o Rio, mas também entre gerações, saberes e sonhos.

Escreveu Lincoln:

“Como professor e historiador quero parabenizar O Norte Fluminense pela matéria alusiva ao amigo jornaleiro Rodolfo, que transformou sua banca de jornais na Tijuca, Rio de Janeiro, num espaço de leitores ávidos de novidades. Rodolfo é um exemplo de como divulgar a literatura e a cultura livresca. Merece todo incentivo e aplauso.”

Entre as palavras do historiador, o gesto do açoriano e a banca do jornaleiro, reconhecemos o sentido profundo do jornalismo: ser ponte. Ponte entre pessoas, ideias, cidades e mundos.

E, de repente, compreendemos que Bom Jesus do Itabapoana já não está distante do Rio de Janeiro. Está aqui, do outro lado da banca, dobrando-se em páginas, multiplicando-se em vozes, respirando entre os leitores.





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