sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Raulyston Gomes Pereira é campeão de xadrez




Na manhã serena do dia 26 de setembro, dentro da biblioteca do Espaço Cultural Luciano Bastos, o silêncio foi quebrado apenas pelo ranger das peças deslizando sobre os tabuleiros. Ali, entre livros e memórias, o jovem Raulyston Gomes Pereira ergueu-se como campeão do Torneio de Xadrez, parte do I Arte e Cultura de Bom Jesus e da 19ª Primavera de Museus.

Não competia apenas por si: cada lance parecia carregar a força de uma tradição, a herança invisível de mestres e aprendizes que já encontraram, no xadrez, um espelho da vida. Ao lado dele, os talentos de Felipe Sérgio Fernandes Ribeiro, José Miguel de Paula Morais, Heitor dos Santos Silva, Renan Cordeiro Satolo e José Henrique Travassos Satolo compuseram uma nova geração de enxadristas, moldada pelas mãos firmes e pacientes do professor Fabio Sousa Vargas, guardião desse Clube de Xadrez que palpita no coração de Bom Jesus do Norte.

A premiação não foi apenas cerimônia: foi um instante de comunhão. Estiveram presentes Cláudia Borges Bastos, diretora do ECLB, a dedicada funcionária Cecília e a voz consagrada da escritora Ana Cristina Lima, da ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores. Entre aplausos e sorrisos, celebrava-se mais que um torneio, celebrava-se a própria cultura.

O xadrez sempre esteve entrelaçado à história das duas Bom Jesus. No antigo Colégio Rio Branco, o saudoso Luciano Augusto Bastos já plantava as sementes enxadrísticas que hoje florescem com vigor.

E assim é o xadrez: um jogo milenar que atravessa fronteiras, que fala em silêncio e ensina no desafio. É arte, é cultura, é diálogo. É metáfora da vida: no tabuleiro, cada escolha molda destinos, cada peça carrega sonhos, cada vitória é também memória.

Nesta manhã, em Bom Jesus, não foi apenas Raulyston quem venceu. Venceu a tradição, venceu a juventude, venceu a  certeza de que o xadrez, como a cultura, é eterno.




















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