Gino Martins Borges Bastos
Pronunciar o nome de Élcio Xavier é como beber o sabor puro da água cristalina do alto de uma montanha, é como caminhar por minas de ouro com uma ternura infinita! É sentir uma especial suavidade posta à mesa, junto com seus filhos, netos, bisnetos e com sua inesquecível Gedália.
Élcio Xavier nos deixa fisicamente, mas permanece onde sempre esteve: na Glória que conquistou por méritos, através de sua gigantesca obra e por suas qualidades humanas extraordinárias.
Segue uma de suas preciosas poesias extraídas de sua obra prima "O Véu da Manhã", que o levaram a ser reconhecido pela Academia Brasileira de Letras, como um dos grandes poetas do país. E isso é dignificante para Bom Jesus do Itabapoana, a terra onde nasceu e tanto amava.
Élcio Xavier é uma luz que nunca se apaga!
Élcio Xavier: presente!
PRESENTE
Por que será, ó rio de brancas selvas,
que tuas águas envelhecem o mar
e nenhum pássaro permanece imóvel
nas antigas figueiras que ondulam no ar?
Por que será, ó traficante de horas,
que tuas praias só abrigam soluços,
como estes versos suspiros sem cor?
Deixa os séculos passarem
como naus que criei outrora
nas ruas dos meus cabelos louros.
Deixa as luas se afogarem
no fundo da primeira janela
como meus sonhos menores
se perdiam entre delírios.
Não há infância nos tempos,
nem folha nova na Manhã...
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