segunda-feira, 24 de junho de 2013

RECITAL DE PIANO NO ECLB

ADIADO PARA O DIA 06 DE JULHO, ÀS 20H





domingo, 23 de junho de 2013



MANIFESTAÇÃO EM BOM JESUS DO ITABAPOANA

Vejam como foi a manifestação em Bom Jesus do Itabapoana, dia 22 de junho.





































































domingo, 9 de junho de 2013

PLACA DE RUA DESRESPEITA COLÔNIA LIBANESA







A irresponsabilidade administrativa em relação às placas de rua não se limita, no caso de Bom Jesus, ao favorecimento da indústria de placas. 

É a conclusão que qualquer pessoa passa a ter, quando olha para a placa de rua onde deveria constar três palavras: "República do Líbano". A prefeitura simplesmente trocou o nome, a seu bel prazer, e inseriu na placa duas palavras: "Republicano Libano".
 
"Rua República do Líbano" virou "Rua Republicano Líbano"

 O desrespeito com personalidades do município também está configurado em outras placas. É o caso do nome do 1o. prefeito de Bom Jesus, após a 2a. emancipação, José de Oliveira Borges. Na placa de rua, passou a ser nominado, como nunca fora antes: "José de O. Borges", sem alusão à palavra "rua".

O nome do 1o. prefeito da 2a. emancipação de Bom Jesus, José de Oliveira Borges, foi grafado, na placa, como José de O. Borges

Outros dois nomes de rua também tiveram abreviação de nome, para não prejudicar a propaganda comercial: Ruas João Ferreira Soares e Joaquim Ferreira Ramos.
 
João Ferreira Joares, tornou-se "João F. Soares"
 
Joaquim Ferreria Famos tornou-se "Joaquim F. Ramos"



HOSPITAL: LUZES PARA O FUTURO  E ESCÂNDALO DO PASSADO

Banco de Sangue irá viabilizar o funcionamento da UTI

Em meio a notícias que apontam para a recuperação do Hospital São Vicente de Paulo, como a inauguração da Pediatria, o retorno do funcionamento do Banco de Sangue e da UTI, assim como a instalação de Clínica Psiquiátrica, uma sombra do passado atingiu literalmente o pátio do Hospital.

Pediatria deve ser inaugurada em breve


Tal sombra se refere ao escândalo relativo à grande quantidade de material hospitalar que teve data de validade vencida nos anos de 2010 e 2012 e ficou depositada no interior do nosocômio desde então.

Não se trata de remédios e sim de material, em geral, de plástico, que, por este motivo, poderá ser utilizado, no máximo, em reciclagem.

Não se tem notícia das providências que o Conselho Deliberativo, órgão que fiscaliza os atos da direção do Hospital, teria tomado para apurar as responsabilidades.

A atual administração do Hospital aguarda parecer do setor jurídico para as providências pertinentes em relação ao destino a ser dado a este material hospitalar.




Grande quantidade de material hospitalar teve prazo de validade vencida nos anos de 2010 e 2012.




O associado André Luiz tem liberdade para fiscalizar o Hospital

VALIDADE VENCIDA EM 2010 E 2012

Vejam, abaixo, as informações constantes nas caixas indicando os prazos de validade do material hospitalar.












SOCIEDADE APOIA DIREÇÃO DO HOSPITAL



Colégio Estadual Feliciano Tardin  manifestou apoio à direção do Centro Popular



 

Não obstante o apontado escândalo e os grandes obstáculos que a direção do Hospital tem enfrentado, a transparência com que a mesma tem tratado os assuntos do nosocômio faz com que sociedade continue dando seu apoio e  acreditando na recuperação do Hospital São Vicente de Paulo.

Da série Entrevistas de O Norte Fluminense


A HISTÓRIA VIVA DE UMA TRINETA DO ALFERES FRANCISCO DA SILVA e NETA DO CORONEL LUIZ VIEIRA DE REZENDE


Maria Elisa Rezende Ribeiro, a dona Mariinha
                                                                                                 
Maria Elisa Rezende Ribeiro, a dona Mariinha, nasceu no dia 06/11/1924, na Fazenda do Barro Branco, propriedade de seu avô, o Cel Luiz Vieira de Rezende, o 2o. prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, de janeiro a maio de 1892. Ex-aluna do Colégio Rio Branco, ali formou-se professora e trabalhou por vários anos.



Coronel Luiz Vieira de Rezende (acervo da Câmara Municipal de Bom Jesus do Itabapoana)



O Cel Luiz Vieira de Rezende é oriundo de Laranjal (MG), enquanto sua esposa, Amélia Augusta Dias Lopes de Rezende, nasceu em São João Nepomuceno (MG) . Após as núpcias, o casal mudou-se para a Fazenda Boa Fortuna, em Calheiros.
Dona Mariinha é filha de Breno Vieira de Rezende e Lucília Bastos de Rezende. Deve-se registrar que a mãe de dona Mariinha, Lucília, é bisneta do alferes Francisco da Silva Pinto.


 Lucília Bastos de Rezende e Breno Vieira de Rezende, pais de Mariinha


Eis a sua genealogia:
Maria Elisa

Mãe: Lucília Figueiredo Bastos Rezende + Breno Vieira de Rezende
Avó: Virgilina Figueiredo Bastos (Nhazinha) + Ildefonso Garcia Bastos
Bisavó: Maria Madalena Pinto Figueiredo + Carlos Rodrigues Firmo
Trisavô: Francisco da Silva Pinto + Francisca de Paula Figueiredo

Dona Mariinha possui 9 irmãos: Luís (falecido), Moacir (falecido), Alzira, Dirce, Hilda (falecida), Renato, Antônio Carlos (falecido), Marina e Célia.

Foi casada com Modesto Moraes Ribeiro e teve convívio intenso com a mãe deste, Francisca Moraes Ribeiro, conhecida como "Doninha", esposa de Francisco Alves Ribeiro de Aquino, o "Chichico das Areias", proprietário da Fazenda das Areias, e neto do Barão de Aquino.



Doninha e Regina

Foi Doninha quem relatou a dona Mariinha muitos fatos sobre a vida de Chichico das Areias. A mãe deste, Elsa Cândida de Aquino, filha do Barão de Aquino, faleceu quando Chichico contava com 6 meses de idade. Por este motivo, o pai de Chichico, o capitão Modesto Ribeiro, resolveu mudar-se para a fazenda Santa Rita, localizada em Natividade (RJ), trazendo seus dois filhos: Chichico e José.
Foi Preta Eva quem criou Chichico das Areias. Este tornou-se proprietário da Fazenda das Areias quando se tornou maior de idade, com o apoio de seu pai e de parte da herança recebida. A máquina de café da fazenda foi nominada "Eva", por conta da estima de Chichico pela ama de leite.

"O pai de Chichico relacionou-se com Eva, nascendo daí o mulato Josino. Posteriormente, o Capitão Modesto casou-se em Carangola (MG), com dona Carola, tendo um filho de nome Edmundo", diz dona Mariinha.
Chichico das Areias casou-se com Doninha quando contava com 28 anos de idade. Doninha era filha de João Catarina, proprietário da Fazenda do Bonito, que se dedicava principalmente à criação de gado.


Chichico das Areias e Doninha
O casal ateve 10 filhos: Irma, Alice, Vera, Elisa, Ercília, Maria Teresa, Ceni, Zezé, Modesto e Francisca.
Dona Mariinha se recorda da Fazenda das Areias: " havia máquinas de café, de arroz e para debulhar milho. Recordo-me de 3 grandes tachos utilizados para se fazer açúcar, assim como do engenho de serra, empregado para serrar madeiras. Havia, também, um grande alojamento para os empregados".



A partir da esquerda: Edmundo (irmão de Chichico), José Seródio, Nido, Djalma, Alice, Modesto, Chichico,Tira Couro e Zezé
 
"Por volta das 3h, o café estava pronto com broa para os empregados. Recordo-me de três: Tiracouro, José Messias e José Macaco. As mulheres iam também para a roça colher café em Pedra Branca e Tijuco Preto. Cerca de 4 tropas, consistindo de 10 a 12 burros cada uma, e dois tropeiros, saíam para as plantações de café, que se localizavam longe da sede da fazenda, retornando por volta das 16h. Às 14h era servida a janta, e, às 19h, Doninha oferecia uma ceia a todos", lembra Mariinha.


Doninha faleceu com 64 aos de idade e, por este motivo, Chichio das Areias resolveu mudar-se para Bom Jesus do Itabapoana, onde faleceu. Em seu inventário, objetivando preservar a Fazenda das Areias, estabeleceu que a mesma não poderia ser vendida pelos herdeiros, assim como os dois alqueires ao redor da mesma.
Doninha e irmãos. Em pé: Tavico, Teresinha, Amélia e Nido. Sentadas: Otelina e Doninha, em seu último aniversário
                                
Dona Mariinha e Modesto tiveram três filhos: Renato, Modestinho e Regina. Possuem sete netos e treze bisnetos.


Mariinha e Modesto

Mariinha se sente uma pessoa realizada, mas há 50 anos não vai à Fazenda das Areias:  "Lá, era um lugar onde só havia alegria. Era festa o tempo inteiro. Hoje, contudo, o lugar é triste, está acabado", finalizou.

                                  
Fazenda das Areias, no distrito de Pirapetinga de Bom Jesus...


...e o outrora quarto de Chichio das Areias e Doninha



Fazenda das Areias em sua época áurea