quinta-feira, 29 de maio de 2014

JUJSTIÇA SUSPENDE LICITAÇÃO DA PREFEITURA DE BOM JESUS DO ITABAPOANA


Atendendo a uma ação popular impetrada pelo vereador Ricardo Soares de Aguiar, que embasou-se na matéria publicada em O NORTE FLUMINENSE, sob o título "LICITAÇÕES VELOZES AO APAGAR DAS LUZES", o Poder Judiciário da Comarca de Bom Jesus do Itabapoana suspendeu licitação marcada para o dia de ontem.

Segundo o edil, o mesmo tomou conhecimento, através do jornal,  das licitações "céleres" da prefeitura, prática esta que "se tornou rotina na Administração Pública Municipal". A partir daí, solicitou o cancelamento do leilão para a venda de veículos da prefeitura, levando-se em conta, ainda, que a Câmara Municipal criou uma comissão estabelecida para apurar eventuais irregularidades na referida licitação e não recebeu qualquer informação por parte da prefeitura. 

Além disso, assentou que "os valores atribuídos a determinados veículos no edital em tela, quando comparados ao valor de mercado atribuído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), foi possível constatar uma abominável discrepância entre os valores, chegando a um déficit de R$117.822,00".

Veja, abaixo, a decisão que suspendeu a licitação na modalidade de licitação.




Processo nº: 0002071-52.2014.8.19.0010

Tipo do movimento: Decisão

Descrição:
Cuida-se de AÇÃO POPULAR com pedido de antecipação de tutela (autos nº 0002071-52.2014-8.19.0010), com fulcro no artigo 5º, inciso LXIII, da CRFB/1998 e nos termos dos artigos 1º e 5º, § 4º da lei nº 05-04-1978, RICARDO SOARES DE AGUIAR, brasileiro, casado, nascido em 05-04-1978, eleitor e Vereador nesta cidade, com endereço ali apontado, move em face da PREFEITA MUNICIPAL, Senhora MARIA DAS GRAÇAS FERREIRA MOTTA, LEILOEIRA DESIGNADA, Senhora ELEANDRA GONÇALVES DE SOUZA e MUNICÍPIO DE BOM JESUS DO ITABAPOANA, todos devidamente qualificados nos autos em epígrafe. ANALISANDO O FEITO OBSERVO: Argumenta o autor, como causa de pedir a tutela jurisdicional, em resumo, que, no dia 30-04-14, o Poder Executivo publicou Edital de Licitação na modalidade de Leilão nº 01/2014, a ser realizado no dia 28-05-2014; que tomou conhecimento por meio da matéria “Licitações Velozes Ao Apagar Das Luzes” veiculado no jornal local “O Norte Fluminense”, que tal prática “célere” se tornou rotina na Administração Pública Municipal; que, diante disso, na qualidade de Vereador da cidade, requereu por meio da Câmara Municipal local que o Executivo cancelasse o leilão em tela, isto é, de veículos da Prefeitura, tendo em vista a existência de uma comissão criada para apurar eventuais irregularidades do referido leilão, assim como a referida comissão não ter tido acesso a nenhum documento referente ao mesmo, não obtendo êxito na medida requerida; que prosseguindo na análise da lesividade ao patrimônio público, verificou que os valores atribuídos a determinados veículos no edital em tela, quando comparado ao valor de mercado atribuído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas  (FIPE), foi possível constatar uma abominável discrepância entre os valores, chegando a um déficit de R$117.822,00 (cento e dezessete mil, oitocentos e vinte e dois reais); que, dessa forma, o Edital de Licitação na modalidade de Leilão nº 01/2014, certamente trará efeitos concretos de alta nocividade ao patrimônio público; que o autor, assim, se insurge, pela presente, em face dos efeitos decorrentes do prejuízo de que trata o referido edital de licitação, os quais consistirão em leiloar bens móveis (Veículos Automotores) por valor muito além do aceitável, mesmo diante do desgaste natural decorrente de uso contínuo, característica inerente ao bem público de uso especial; que o referido leilão consistirá em maior dispêndio de recursos dos cofres municipais para adquirir novos veículos, uma vez que o eventual valor arrecadado seria insuficiente à aquisição de novos veículos automotores, o que, continua narrando o autor,  consistira em efetivo prejuízo ao patrimônio público; que o Edital ora guerreado vem violando frontalmente dispositivo constitucional e legal, porquanto não respeita o princípio da legalidade estrita, que deve reger todo o procedimento licitatório; que a Administração Pública Municipal deixou de observar as publicações necessárias e, assim, acabou violando o princípio da legalidade, assim como o da publicidade ampla, o que, de per si, já seria suficiente para ensejar a nulidade do atacado ato administrativo; que justifica, ainda, o ajuizamento da vertente ação popular decorre da resistência indevida, pelo Poder Executivo, em apresentar documentos essenciais para que fosse possível aferir a legalidade ou não do leilão antes de sua realização e, por conseguinte, estaria, também, violando o princípio da separação dos poderes e a atividade típica fiscalizatória do Poder Legislativo (indicando o art. 2º e 70º, caput, da CF/1988). Requereu, também, o deferimento da liminar pleiteada, inaudita altera pars, com urgência, urgentíssima face ao disposto no Edital ora atacado. Vale dizer, a suspensão, (impedir), o aludido Leilão de veículos automotores ali relacionados. A peça matriz (de folhas 02 / 13) veio acompanhada dos documentos que podem ser vistos às folhas (14 / 38). É o relatório do necessário. Examinados, fundamento e decido. ASSIM SENDO, DECIDO. Considerando que, a teor da normatização prevista no artigo 5º, inciso LXXII, da Constituição Federal Brasileira, em vigor desde 1988, que a qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.  Considerando que essa disposição é repetida no artigo 1º, da Lei 4.717/65. Considerando que em se tratando de Ação Popular, é cabível deferimento de liminar para suspender o ato atacado, dito como lesivo, porque se trata, realmente, de matéria em defesa do patrimônio público. Considerando, inclusive, a proximidade da data do Leilão dos referidos veículos automotores. Considerando, ainda, que, no caso, presentes estão os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, decorrentes principalmente da realização próxima do Leilão em tela e, que, não reconhecidos mesmo em sede cognição sumários poderão trazer lesões sérias ao patrimônio publico municipal. E que, nessa ordem de ideias, estão presentes, de fato, os aludidos requisitos exigidos pela lei que rege a matéria, até porque, a meu pensar, há razões suficientes baseadas em prova da verossimilhança das alegações ofertadas pelo autor. Considerando, também, o STJ vem entendendo que não há restrição, isto é, proibição de concessão de liminar antes da audiência da pessoa jurídica de direito público, até porque ela não se aplica às ações populares (Resp. n. 73.083, Rel. Min. Fernando Gonçalves, ADV 1998, p. 84, ementa n. 81.723). Resolvo: 1 – Impor à primeira requerida que se abstenha de realizar o Leilão marcado para o próximo dia 28 de maio de 2014 e mencionado várias vezes na petição inicial, inclusive ciente de que quaisquer atos que vierem a ser efetivados, com base no Edital de Leilão nº 01/2014, estarão sujeitos a exame de reconhecimento de nulidade ou de anulação. Portanto, fica o predito ato administrativo suspenso, até ulterior deliberação do Juízo. 2 – Expeçam-se os atos necessários ao cumprimento da predita liminar. Com urgência, diante das proximidades da data de realização em questão. Cumpra-se. 3- Citem-se, na forma da que rege a Ação Popular. 4 – Dê-se ciência do Ministério Público.

terça-feira, 27 de maio de 2014

"Não é de hoje que alguns dirigentes do Ordem e Progresso F.C. têm medo do Olympico F.C.", diz sócio



Rivalidade entre Olympico F.C. e Ordem e Progresso F.C. será limitada, nos tempos atuais,  a jogo de botão?




Sócio do Olympico F.C. informou ao O NORTE FLUMINENSE que "não é de hoje que alguns dirigentes do Ordem e Progresso F.C. têm medo de enfrentar o Olympico F.C.". Acredita ele que, por este motivo, o clube canarinho, de Bom Jesus do Norte (ES), não aceitará o desafio de enfrentar o time fluminense durante a Festa de Agosto, como ocorria tempos atrás.


Por outro lado, um sócio da agremiação norte-bonjesuense, que pensa como o sócio do clube fluminense, afirmou ao O NORTE FLUMINENSE que, caso a direção do Ordem e Progresso F.C. aceitasse o desafio, seria possível realizar uma arrecadação considerável em favor de entidades beneficentes.

Seja como for, todos aguardam uma decisão oficial da agremiação capixaba. Afinal, a direção do  Ordem e Progresso F.C. aceitará enfrentar o Olympico F. C., que já aceitou o desafio?

O Olympico F.C. aceitou o desafio da disputa. Qual será a resposta da direção do Ordem e Progresso F.C.?

segunda-feira, 26 de maio de 2014

PREFEITURA DE VARRE-SAI (RJ) IGNORA SEU FILHO MAIS ILUSTRE: BADEN POWELL



Enquanto o varre-saiense Baden Powell, que aniversariou no dia 24 de maio, é reverenciado no mundo como "o maior violonista da história", como atesta o artigo abaixo, de Luis Nassif, a Prefeitura Municipal de Varre-Sai (RJ) simplesmente ignora-o, preferindo  devotar-se a festas regadas a bebidas e shows midiáticos com dispêndios vultuosos e vulgares, que nada condizem com as tradições de seu povo. Vejam a matéria em  
http://jornalggn.com.br/noticia/baden-powell-o-dono-das-nossas-emocoes-o-maior-violonista-da-historia



Baden Powell, o dono das nossas emoções, o maior violonista da história

A convivência com o compositor Eduardo Gudin é interessante por vários motivos. 

Primeiro, pelo grande músico que é. Depois, pelas histórias em comum de uma velha amizade, desde os festivais da Tupi e o início do Bar do Alemão. Finalmente, por sua inteligência musical. Isto é, a capacidade de entender e conceituar fatos e movimentos musicais, algo raro mesmo entre os músicos.

Já tivemos grandes discussões sobre a bossa nova e o samba-choro. Eu dizia que o samba-choro e o sincopado tiveram influência pouco estudada na formação e balanço de João Gilberto. Ele entendia que eu queria dizer que ambos os estilos tinham sido os que mais influenciaram a bossa nova, e não o samba. Como se tudo tivesse nascido do choro.

Chegamos a um acordo. O samba-choro e o sincopado foram influências que mereciam uma avaliação melhor, mas não a ponto de serem centrais. Central foi o samba.

Um outro tema em que ele matou a charada foi sobre uma característica das interpretações em bandolim, que nem mesmo a maioria dos bandolinistas entende (embora os melhores pratiquem). Foi um estilo minimalista desenvolvido por Jacob do Bandolim, que poderia ser classificado como “pulsação". Quando se fere uma nota, ela vibra - mais do que em outros instrumentos de corda. A arte da pulsação consiste em casar essa vibração com o andamento das notas. É como se caminhassem duas linhas rítmicas: a das notas marcando o compasso e as vibrações, como sendo microcompassos entre cada nota. 

Ontem, a conversa final da noitada foi sobre Baden Powell.
Nenhuma discordância: foi o maior violonista da história. Salve Garoto, Raphael, Yamandu, Paco, Pass e Django, mas como Baden, nenhum.

E qual o segredo de Baden? Não há mensuração possível. Seu violão não sofisticava a harmonização, nao gastava acordes. E aí me lembrei do primo Oscar e eu, na adolescência, tentando classificar Paulinho Nogueira e Baden, que surgiram quase na mesma época.

Oscarzinho dizia: Paulinho é mais técnico, Baden tem mais... tem mais...  Balanço? sim. Improviso?, sim. Mas não era apenas isso. O que seria então?

Agora, aguardando o elevador, tentávamos decifrar o enigma Baden. Era o toque de gênio, a mão de Deus. Nunca procurou ser o mais rápido de todos, embora pudesse; nunca deixou de estudar e nunca deixou que os estudos embotassem a enorme criatividade. Ele tinha o toque para qualquer passagem da música, para qualquer improviso. Você poderia estar no fim do mundo. Se ouvisse o violão de Baden, reconheceria na hora.

Lembrei-me da gravação histórica dele com Grapelli, o grande violinista parceiro de Django Reinhardt. Perguntei a Baden como tinha sido a gravação. Ele me contou que viajou o dia inteiro, chegou no estúdio e começaram a tocar, sem nenhum ensaio.
Para Raphael Rabello, Grapelli foi mais específico. Além de não terem ensaiado nada, Baden chegou completamente bêbado. Mesmo assim, saiu a obra prima.

Para mim, o maior momento de Baden foi em um show no Olimpia de Paris, em 12 de maio de 1974. Por aqui, essa gravação apareceu apenas nos anos 90. Acompanharam-no Guy Pedersen, Joaquim Paens Henriques e Pedro Sorongo (http://tinyurl.com/klwwdft).
Nos últimos anos de vida, Baden esteve irreconhecível. Fui a alguns shows dele. Ele tocava rasqueado (a maneira de bater nas cordas com as mãos), deixando de lado os harpejos, os dedilhados, os acordes.

Ontem, Gudin me contou o que ocorrera. Perdeu as articulações da mão direita e, depois, foi afetado pela diabetes.
Nos últimos anos trabalhava na SBAT para sobreviver. Tornou-se evangélico e não queria mais saber dos afrossambas.
Sossegou apenas quando morreu. Mas garanto que nenhum outro músico mexeu mais com a emoção das pessoas que o violão de Baden. Pergunte ao Gilberto Gil, ao Caetano, e a todos de nossa geração.

E nem comecei a falar de Baden compositor, dos maiores da música brasileira.

Meus momentos mais emotivos se repetem sempre que ouço “Violão Vadio”. Me traz de volta as lembranças de Poços, das irmãs e primas em torno do violão do primo Oscarzinho.

NOTA DE FALECIMENTO


Faleceu no dia 14 de maio, em Vila Velha (ES), o sr. Felisberto Vieira Gonçalves,  com 94 anos de idade, pai do desembargador William Couto Gonçalves e sogro do Promotor de Justiça capixaba Vicente de Paulo do Espírito Santo. O velório ocorreu na Igreja Cristã Maranata e o sepultamento sucedeu no dia seguinte, no Cemitério Jardim da Paz, em Ponta da Fruta, também em Vila Velha.

O NORTE FLUMINENSE manifesta os mais profundos sentimentos à viúva, sra. Damáris Gonçalves, e à toda a família por esta irreparável perda. 


domingo, 25 de maio de 2014

PREFEITURA DE NATIVIDADE NEGA ÁGUA À COMUNIDADE DE MUTUCA


Comunidade de Mutuca está localizada na zona rural de Natividade (RJ)




 Há mais de um ano a Prefeitura Municipal de Natividade (RJ) prometeu levar uma máquina para furar um poço artesiano em Mutuca, zona rural do Município, segundo moradores da região.

Água utilizada vem de ribeirão


Comunidade mantém acondicionado o lixo que produz

Enquanto o serviço não é realizado, a água utilizada é proveniente do ribeirão que margeia a comunidade, que conta com cerca de 65 moradores e 20 crianças.
 
Cerca de 13 famílias residentes em Mutuca aguardam há um ano o poço artesiano prometido pela Prefeitura Municipal de Natividade (RJ)












sábado, 24 de maio de 2014



DESEMBARGADOR WILLIAM COUTO GONÇALVES VISITA O ELCB




Desembargador William Couto Gonçalves e sua esposa Cássia Figueiredo Gonçalves


Natural de Bom Jesus do Itabapoana (RJ), ex-aluno e ex-professor do Colégio Rio Branco, o desembargador William Couto Gonçaves, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, visitou o ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos), onde funcionou o antigo Colégio, nesta sexta-feira, dia 23 de maio, acompanhado de sua esposa, Cássia  Figueiredo Gonçalves.


Exposição Memórias do Nosso Futebol: 100 anos do Olympico F.C. e Ordem e Progresso F.C.


 Além de conhecer a exposição permanente da entidade, dr. William Couto visitou a "Exposição Memórias do Nosso Futebol: 100 anos do Olympico F.C. e Ordem e Progresso F.C".



Doutor em Direito, doutor Notório Saber em Filosofia de Direito, mestre em Ciências Jurídicas e professor universitário, Dr. William Couto Gonçalves é mais um dos bonjesuenses que brilham no cenário nacional.

Desembargador William Couto Gonçalves e a exposição permanente do ECLB, onde funcionou o antigo Colégio Rio Branco, onde foi aluno e professor

Em sua visita ao ECLB, dr. William Couto Gonçalves e esposa foram recepcionados pelo dr. Gino Martins Borges Bastos.


Desembaragador William Couto Gonçalves e dr. Gino Martins Borges Bastos


A Alauzet francesa, do século XIX, que imprimiu o jornal O Norte Fluminense, por décadas, é uma das raridades do ECLB


Na oportunidade, o pianista Luiz Otávio Barreto realizou apresentação especial para os visitantes. 



Luiz Otávio Barreto brilhou ao tocar o hino de Bom Jesus do Itabapoana


O trabalho dos artesãos da Usina Santa Maria, que expõem no ECLB, foi elogiado pelos visitantes

Desembargador William Couto Gonçalves é mais um bonjesuense com destaque nacional


















sexta-feira, 23 de maio de 2014



CACHOEIRENSE É ATRAÇÃO DO 5o. CIRCUITO CULTURAL ARTE ENTRE POVOS


O desenhista cachoeirense Rudson Costa é outra atração do. 5o. Circuito Cultural Arte Entre Povos, que terá início no dia 07 de agosto, no ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos), em Bom Jesus do Itabapoana. Ele ministrará oficinas de desenho.   

Seguem algumas informações sobre o artista:



Adiante, um  texto sobre Rudson Costa:

"Versátil e criativo.

Trabalha com pintura, desenho, design, cenografia e ilustração.

Essa é a definição do artista visual Rudson Costa, mais um cachoeirense que faz jus à tradição da cidade de ser um celeiro de artistas.

Aos 32 anos, formado em Arquitetura e Urbanismo, Rudson atua como artista plástico desde 2007.

Foi na faculdade de Arquitetura, no Rio, que o artista descobriu sua verdadeira paixão: a arte figurativa.

Em 2007 ele abandonou a faculdade e ingressou no ateliê do mestre Bandeira de Mello, na turma de modelo vivo.

Neste mesmo ano fez seu primeiro grande painel pra um estande no Fashion Rio.

Atuou como assistente de direção de arte da produtora "Cara de Cão Filmes", também no Rio, participando em filmes publicitários, desenvolvendo projetos cenotécnicos.

Rudson faz retratos, telas decorativas e ilustrações por encomenda.

“Em paralelo desenvolvo meus trabalhos (autorais) em experimentações variadas”.

Os materiais utilizados são os mais variados: sacolas plásticas, fitas adesivas, colagens sobre madeira, tela, acrílico e papel.

Rudson tem preferência por desenhar figuras humanas.

Suas referências vão de Michelangelo a Velásquez, Frans Hals a Lucien Freud, cujas obras colocam a figura humana em destaque, em suas proporções e emoções.

O artista acredita que o mercado cultural de Cachoeiro é tímido e retraído.

Para ele, deveria haver mais valorização dos artistas locais.

“O Cachoeirense, com algumas exceções, não reconhece o nível de sua produção cultural atual, e de seu passado além de Roberto Carlos, não absorve os talentos presentes aqui.

Os poucos artistas que resistem padecem por pouca representação frente as outras prioridades do Poder Público”, avalia.

Com muita sensibilidade e um olhar único, o artista fez um grande sucesso com a exposição ‘A cor da carne’, no ano de 2011.

Atualmente, seus trabalhos estão expostos na Pizzaria Parkin, no bairro Independência, com a exposição ‘100 Anos de Braguidão’; e no Stúdio do Crepe, na rua Bernardo Horta, bairro Guandu, com ‘A cor da carne’.

Jece Valadão, Roberto Carlos, Carlos Imperial, Luz Del Fuego, Sérgio Sampaio, Newton Braga, Raul Sampaio, Rubem Braga, Marly de Oliveira e o próprio Rudson, na figura de um menino assustado e com medo do carnaval, são retratados na obra ‘O bloco encaixa-o-eiro’, que é destaque dessa exposição.

Oito telas se juntam para formar um grande painel com um hipotético bloco de carnaval".







ENCONTRO DE DESCENDENTES DA FAMÍLIA DO INTENDENTE MANOEL ANTÔNIO DE AZEVEDO MATTOS

 O NORTE FLUMINENSE publica, a seguir, texto de Ruth Fragoso de Azevedo Silveira. As fotos e legendas são do jornal

                            por Ruth Fragoso de Azevedo Silveira

Foto dos descendentes do intendente Manoel Antônio de Azevedo Mattos no pátio do ECLB







No último feriado, com os meus 90 anos de vida, tive o privilégio de promover um encontro entre os descendentes do meu Avô – o baluarte Manoel Antônio de Azevedo Mattos. Foi um momento de renovação e de felicidade compatíveis com a época: a Páscoa.


Intendente Manoel Antônio de Azevedo Mattos, em foto de 1890

 

Da cidade do Rio de Janeiro, vieram os netos de Mercês Maria, irmã de meu pai José de Azevedo Mattos. Foi um feriado intenso, recheado de momentos de retrospectiva com muitos álbuns para revivermos um passado que une em renovação as duas famílias.



















 




 Manoel Antônio de Azevedo Mattos, Tereza de Azevedo Mattos e a filha Inhá



Os momentos foram abençoados e saudosos de lembranças do casal Manoel e Tereza, da Inhá (Tereza Maria de Azevedo Mattos) – filha que teve a mocidade interrompida -, do tio Janjão (João de Azevedo Mattos), de meu pai, José de Azevedo Mattos, e de Mercês Maria de Azevedo Mattos.


João de Azevedo Mattos foi secretário do antigo Colégio Rio Branco


 Nesse retrospecto, em meio a muitas fotos, os descendentes de Mercês Maria ficaram encantados pelo meu acervo ou pelo acervo da Ruth, da tia Ruth, da Dindinha ou apenas da Ruth com fotos de meus pais José de Azevedo Mattos e Hermínia Fragoso Mattos. Eu, juntamente com a memória de meu saudoso esposo, Acyr Rodrigues Silveira, e meus filhos, genro e nora, netos e bisneto: Luzia Maria e esposo Paulo; Amintas e esposa Verônica, com seus filhos Victor e Bruno; Silênia e esposo Rubens com sua filha mais velha Rafaela e seu filho Guilherme; Nereida; e Adriano com seus filhos Adriano Jr., Isabella e Gustavo. Além de minha amada irmã Yolanda, que está sempre ao meu lado mantendo os laços fraternais apertados, com seus filhos Ângela e Antônio Carlos; e de minha sobrinha Maria Carmem, - com seu filho e neto: Tércio e Lucas, e sua filha Renata e o noivo Ciro; de Paulo Sérgio; e de Luiz Alberto e Júlia, com sua filha Juliana e o esposo Alexandre; de minhas primas Maria Isabel, Maria Cristina e Lucília, recebemos os descendentes de minha tia Mercês Maria: Thereza Cristina e Beto, com seus filhos Ana Carolina e Rafael; Ivan com suas filhas Talita e Beatriz; e Graça, com seu encanto, registrou todos os nossos momentos.


Ruth e a emoção com o encontro dos familiares do Rio de Janeiro





Nosso encontro iniciou em minha residência com almoços, com lanches, com garimpagens de fotografias e muitas risadas; culminando com um coquetel que ofereci no Rio Branco, hoje espaço Cultural Luciano A. Bastos (ECLB), local que guarda em suas paredes histórias de vidas que marcaram a sociedade bonjesuense, em especial a minha família, preservado pelos sucessores de Dr. Luciano: Gino e Cláudia. Agradecemos aos dois por terem nos proporcionado momentos ímpares de felicidade nesse encontro tão acolhedor.


As dependências do ECLB foram visitadas pelos participantes do encontro


















































 


 Ressalvarei, aqui, duas homenagens que nos emocionam muito: a primeira perpassa o tempo, produzida pelo saudoso Padre Melo para a irmã de meu pai, Inhá; a segunda, escrita pelo meu sobrinho Luiz Alberto, filho de minha saudosa irmã Maria José (Zefa) e do saudoso cunhado Ademar (Filhinho), para o dia do nosso encontro no ECLB.


Relíquia trazida pelos familiares do Rio de Janeiro: poesia de Padre Mello, após o falecimento de Inhá, em janeiro de 1902




Homenagem de Padre Melo, em janeiro de 1902, aos meus avós pela mote prematura de minha querida tia Inhá:


“Gotas de Balsamo”

Lagrimas... Lagrimas... Porque?

Se acaso nasce entre espinhos cândida açucena

Deveremos ficar inda com pena

Se alguém plantal-a em crystallyno caso?



Açucena Ella foi cuja pureza,

Peregrino primor e graça rara,


















 




Entre os sarcaes terrestres alvejará,

E  hoje recende de celestial devesa.



Que mão colheu à flor da primavera?

Quem nos risos lhe deu linda sorte?

Paes que gemeis, não condemneis à morte,

Ella vive no céo, por vós espera.”  



A seguir, a homenagem, que considero um presente, do meu sobrinho Luiz Alberto para o dia do encontro:


Dr. Luiz Alberto Nunes da Silva  no banco escolar do antigo Colégio Rio Branco, onde estudou: pronunciamento histórico



 “ Senhoras e Senhores, Boa Noite!

Falar, sobretudo falar em publico, é uma espécie de riacho, cheio de pedras e desvios, por onde a ideia corre em com dificuldade. Razão pela qual trago aos Senhores e Senhoras, não um discurso, mas anotações e pequenas lembranças que recentemente me vieram à memória, para a noite de hoje. Isto é, as que considero mais apropriadas a essa noite.


Até porque, diz uma máxima do meio jurídico, a tribuna do juiz são os autos.


Portanto, todo cuidado é pouco, para não entrar em águas cheias de pedras e desvios. Se as energias originarias e os elementos primeiros não fossem regidos por um sutilíssimo cuidado para que tudo mantivesse sua devida proporção, o universo não teria surgido e nos não estaríamos aqui. Nós mesmos, somos filhos e filhas do cuidado. Se nossas mães não tivessem acolhido com infinito cuidado, não teríamos como descer do berço e ir buscar o nosso alimento. O cuidado e aquela condição previa que permite um ser vir à existência. É o orientador antecipado de nossas ações para que sejam construtivas (Segundo Leonardo Boff).


Em tudo o que fazemos, entra o cuidado, cuidamos do que amamos, amamos o que cuidamos.


Creio, assim, que nesse momento estamos cuidando do que amamos; e amando o que cuidamos. Como assim? Vejamos a resposta: Estamos, a princípio, cuidando da história de uma família e amando, com zelo, essa trajetória familiar.



De outro, não tenho o menor receio em afirmar que essa historia passa pela historia de nossa cidade; pela historia de outras cidades deste País. Com contribuição em varias parcelas desenvolvimentistas e culturais. Estamos, assim, escrevendo na nossa verdadeira história.


No entanto, a maior responsável por esse acontecimento vem de Dona Ruth, carinhosamente, Tia Ruth.


Ruth relembrou os tempos de pianista


 Falar da Tia Ruth seria, no meu pensar, um lugar comum. Porque sendo guerreira e mãe, e porque não acrescentar: uma verdadeira historiadora e contadora de casos. Sempre nos deu o exemplo de como a vida deve ser vivida.


Gabriel Garcia Marques, consagrado escritor colombiano, gostava de dizer que a vida é a coisa mais importante que já foi inventada. 


E viver e viver bem. O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando na realidade não depende dele o viver muito, mas sim o viver bem (Sêneca).


Tia Ruth é dessas poucas pessoas que vive e vive bem. Por que também é idealista e sonhadora. Nos seus sonhos entram, com certeza: as borboletas – representando a beleza da vida bem vivida e apresentada; os elefantes, que nos dá a força para levar adiante esses sonhos. E, assim, ter condição plena, e elogiável, de reunir aqui neste lugar, neste recanto da cultura de nossa cidade (Espaço Cultural Luciano Bastos), um tronco de tradicional família brasileira, cujos integrantes ora vêm do Rio de Janeiro (lá de Engenho de Dentro), ora de Brasília, Ora de Vitória, ora de Belo Horizonte, enfim de vários rincões desse Brasil, para confirmarem o que acabo de dizer. 


Se não registro nomes é porque tenho medo de esquecer de alguém muito querido. Mas, meus queridos parentes, sintam, todos, por mim lembrados, inclusive do fundo do meu coração.

Senhoras e Senhores, continuar falando de Ruth, sem mencionar o Acyr, outro intelectual, professor e humanista, não seria justo, e minha breve fala seria incompleta. Fica assim esse registro: Ruth se completa em Acyr, numa verdadeira metamorfose, no sentido de transformação: de duas vidas NUMA SÓ.


Ao terminar, desejo passar aos presentes a ideia de que Dona Ruth, minha carinhosa Tia Ruth, é exemplo ímpar de como a vida deve ser vivida.
Obrigado! 


Ruth e o  magistrado dr. Luiz Alberto Nunes da Silva: prosseguindo os ideais do intendente Manoel Antônio de Azevedo Mattos