sábado, 29 de novembro de 2014

OS SONS DE UM GÊNIO DO PIANO





Luis Otávio, a diretora do ECLB, Paula Aparecida Martins Borges Bastos (E), e o público presente no Auditório Dona Carmita


A chuva forte e persistente que caiu em Bom Jesus do Itabapoana, na noite desta sexta-feira, dia 28 de novembro, não foi o suficiente para impedir um bom público no Auditório Dona Carmita do Espaço Cultural Luciano Bastos.

Tratava-se de mais uma apresentação do genial pianista Luis Otávio Barreto que, a cada apresentação, sempre trouxe uma novidade, uma surpresa, fosse na disposição do piano e das cadeiras, fosse no repertório escolhido.


Desta feita, contudo, o pianista, agora com barba, se superou, como os semideuses. Do lado esquerdo do piano, duas garrafas emitiam luminosidade intermitente, enquanto, do teto, duas pequenas lâmpadas focavam o piano e seu ocupante. Do lado de fora do auditório, os pingos de chuva se integravam à harmonia do espetáculo, apropriadamente intitulado Euphonia, enquanto o artista intercalava, às apresentações, declamações de textos poéticos.
 
Se, por um lado, Luis Otávio nos trouxe um espetáculo com o ardor do sentimento natalino, não se conteve, ao final, ao apresentar, sob aplausos, três canções aditivas à programação previamente estabelecida: "Tico-Tico no Fubá", um choro composto por Zequinha de Abreu, "Fascinação", música francesa composta em 1905 por Maurice de Féraudy e Dante Pilade, a quem dedicou a sua querida avó, Leda de Azevedo, e "Gaúcho", de Chiquinha Gonzaga.

Até o lamento pela ausência de apoio por parte do poder público municipal, ao final da apresentação, constituiu um lamento "euphônico". Afinal, as injustiças costumam ser instâncias forjadoras do caráter do artista, que se vê na contingência de sobrepujar a severa adversidade a si imposta.

Após o espetáculo, as crianças Gabriel (11 anos) e Pedro (8 anos), filhos do casal Gisela Scudino de Freitas Almeida e Arthur Freitas Bastos, fizeram uma surpresa adicional com uma apresentação encantadora, que incluiu "Ave Maria".

Arthur Freitas Bastos, Gisela Scudino de Freitas Almeida, Luis Otávio e as crianças pianistas Pedro e Gabriel

Desta forma, podemos dizer que é como se o  espírito natalino tivesse retornado ao ambiente, com a evocação à criança que trouxe salvação à humanidade.

Simplesmente, mais uma noite inesquecível no ECLB. 

Luis Otávio e a avó Leda de Azevedo

















sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Bom Jesus do Itabapoana se destaca nas Olimpíadas de Matemática








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Bom Jesus do Itabapoana se destaca na 10a. Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas, ano de 2014.

Nosso município obteve uma medalha de ouro com Hyasmim Picoli Boechat, da Escola Estadual Marcílio Dias, do distrito de Carabuçu. 

Além disso, obteve 4 medalhas de prata, com Lucy Maria Degli Esposti, do Colégio Estadual Luiz Tito de Almeida, do distrito de Rosal, Maria Eduarda Chrisostomo Lamônica, do Colégio Estadual Padre Mello, e Luiz Quirino Rezende da Costa Filho e Igor Fonseca Pains, ambos do Instituto Federal Fluminense.

Obtiveram medalhas de bronze, ainda, os alunos Sabrina Cardoso Degli Esposti e Manoel Victor de Lima Reis Vieira, ambos do Instituto de Educação Eber Figueiredo Teixeira.

O NORTE FLUMINENSE parabeniza os alunos premiados, assim como os professores e referidas escolas. 



Vejam os resultados.


Medalhas na OBMEP 2014


Ouro 

Nível 2



HYASMIM PICOLI BOECHAT E.E. MARCILIO DIAS E BOM JESUS DO ITABAPOANA RJ Ouro






Prata
Nivel 1
CE LUIZ TITO DE ALMEIDA
E
BOM JESUS DO  ITABAPOANA RJ Prata


Prata
Nível 2
C.E. PADRE MELLO
E
BOM JESUS DO ITABAPOANA
RJ
Prata


Nível 3
IFF_ CAMPUS BOM JESUS DO ITABAPOANA
F
BOM JESUS DO ITABAPOANA
RJ
Prata


IGOR FONSECA PAINS
IFF_ CAMPUS BOM JESUS DO ITABAPOANA
F
BOM JESUS DO ITABAPOANA
RJ
Prata


Bronze
Nível 1
SABRINA CARDOSO DEGLI ESPOSTI
I.E. EBER TEIXEIRA DE FIGUEIREDO
E
BOM JESUS DO ITABAPOANA
RJ
Bronze

Nível 2
MANOEL VICTOR DE LIMA REIS VIEIRA
I.E. EBER TEIXEIRA DE FIGUEIREDO
E
BOM JESUS DO ITABAPOANA
RJ
Bronze






Nível 1 – 6º e 7º ano
Nível 2 – 8º e 9º ano
Nível 3 – Ensino Médio

UM ROSTO PARA UM NOME



Leonan Degli Esposti, Rui Lima Garcia, Reginaldo Teixeira Chalhoub, Acir Tinoco do Couto e Rosineia Maria da Silva do Canto: oferenda floral na Praça Amália Teixeira, em 17/10/2014


A Praça Amália Teixeira Chalhoub está localizada em área central de Bom Jesus do Itabapoana. Por ela passa a famosa rua Buarque de Nazareth, onde se instalaram os libaneses na década de 1930 e à qual estava direcionada a antiga ponte de madeira que unia o município às terras capixabas.

Na Praça Amália Teixeira está localizado, ainda, o prédio do Aero Clube, patrimônio cultural de nosso município e palco de grandes eventos.

O que a maioria das pessoas desconheceu ao longo dos anos, contudo, era informações sobre Amália. Quem foi ela? Como era sua fisionomia?

O livro "Roberto Silveira, a pedra e o fogo", de José Sérgio Rocha, nos informa que Amália foi professora do ex-governador Roberto Silveira. Foi ela, também, professora de dois outros irmãos do governador, o governador Badger Silveira e José Teixeira Silveira, o Zequinha, médico que fez exitosa carreira política no Paraná, antes do trio estudar no Colégio Rio Branco.

Por outro lado, as pesquisas para se obter a história do prédio localizado na rua Buarque de Nazareth,  que foi objeto de obras de preservação e restauro por parte do jornal O Norte Fluminense, nos meses de setembro e outubro de 2014, acabaram levando a reportagem a Reginaldo Teixeira Chalhoub, filho de Amália Teixeira Chalhoub.

O prédio onde nasceu Amália Teixeira, preservado e restaurado por Norte Fluminense


Graças a ele, ficamos sabendo que foi neste prédio, construído  pelo capitão João Manoel Teixeira, pai de Amália, na década de 1920, onde a mesma nasceu. E que o capitão construiu outro prédio, na  Praça que levou o nome de sua filha, para que Amália estabelecesse sua escola, na parte superior do prédio. Foi ali onde estudaram os irmãos Roberto, Badger e José Teixeira Silveira.

A escola da professora Amália Teixeira Chalhoub funcionou na parte alta do prédio construído pelo capitão João Manoel Teixeira

Reginaldo cedeu, então, à nossa reportagem, a tão esperada foto de Amália Teixeira Chalhoub.

Finalmente, um rosto para um grande nome. 





REPERCUTE RESTAURO DE PRÉDIO HISTÓRICO







Teve ampla repercussão as obras de preservação e de restauro de fachada relativas ao prédio localizado na rua Buarque de Nazareth, levadas a efeito pelo jornal O Norte Fluminense. 

Construído na década de 1920, pelo capitão João Manoel Teixeira, pai de Napoleão Teixeira e Amália Teixeira Chalhoub, professora do ex-governador Roberto Silveira, o prédio estava na iminência de tornar-se comprometido, em decorrência da infiltração que ocorria em sua ala direita. 

Diante da inércia do poder público em preservar o patrimônio histórico e cultural, o jornal O Norte Fluminense não mediu esforços para preservar o belo prédio, que traz consigo uma grande história.

Após tratativas com os proprietários do imóvel, restou assinado, no dia 29 de agosto, contrato que viabilizou as obras.


Dia 29 de agosto: solenidade para a Aassinatura do contrato para as obras de preservação e restauro

A assinatura do contrato


Prédio estava com infiltração e na iminência de ter sua estrutura comprometida
O interior da ala direita do prédio
 
No dia 12 de setembro, quando O Norte Fluminense registrava o  início dos trabalhos, a sra. Jacira Barroso de Oliveira indagou: "Vocês estão realizando esta obra de preservação deste prédio?". Diante da resposta positiva, ela afirmou: " Que Deus os abençoe por preservar este prédio histórico. Quando eu era criança, meu pai Mário Barroso costumava me trazer na parte inferior do prédio, já que ele era amigo do sr. Alexandre, que administrava uma oficina de conserto de bicicletas. Eu sempre achei lindo este prédio e, certa vez, perguntei ao meu pai como eles conseguiam fazer as flores da fachada. Meu pai respondia que era obra de estucador, um especialista", explicou.

Jacira Barroso de Oliveira: "Que Deus os abençoe por preservar este prédio"


Jacira prosseguiu: "O primeiro prefeito de Bom Jesus, Zezé Borges, foi padrinho do casamento de meus pais ( Mário Barroso e Maria Gomes Marques). Nasci em Iuru, distrito de Apiacá (ES), mas fui criada em Bom Jesus do Itabapoana, que é a melhor cidade do mundo. Aqui é um paraíso. O povo daqui é educado e gentil. Após viver no Rio de Janeiro e criar meus filhos, estou retornando a Bom Jesus, que merece o nome que tem. E estou feliz com a preservação deste prédio, porque um povo sem passado é um povo sem história", finalizou.  

Após a troca do telhado, o início das obras da fachada



O blog do Jailton da Penha repercutiu sobre a inauguração das obras. Após discorrer sobre a história do prédio e assinalar que " a cerimônia contou com as presenças de convidados, dos familiares de Elias Melhim Chalhoub e Amália Teixeira Chalhoub e os atuais proprietários do prédio, Tico e Rui", registrou sobre a atuação do jornal O Norte Fluminense em "diversos eventos em prol da cultura de Bom Jesus do Itabapoana".
 (http://jailtondapenha.blogspot.com.br/search?updated-max=2014-10-20T22:19:00-02:00&max-results=20&start=20&by-date=false )


O blog do Frederico Sueth, por sua vez, postou:

Homenagem a Amália Teixeira | Os personagens deste marco de nosso patrimônio histórico


A inauguração e restauro da fachada do casarão onde residiu Amália Teixeira teve momentos de grande emoção e entusiasmo com a iniciativa do Jornal O Norte Fluminense pela preservação de nosso patrimônio histórico.
Registro as merecidas congratulações e agradecimentos ao Jornal O Norte Fluminense extensivo a todos os colaboradores, em especial ao Doutor Gino Bastos, o "Promotor de Cultura" que tem engrandecido nossa história em sua constante luta pelo resgate de nosso patrimônio cultural.  
(http://blogdofredericotv.blogspot.com.br/2014/10/homenagem-amalia-teixeira-os.html)



                                         A SOLENIDADE
 

O radialista e jornalista Jailton da Penha abriu a solenidade como cerimonialista da noite festiva, saudando a todos e narrando sobre a história do prédio que foi construído com janelas gêmeas, nos moldes do Castelinho do Flamengo, do Rio de Janeiro.




Jailton da Penha  brilhou mais uma vez como cerimonialista

Em seguida, comandou a Oferenda Floral realizada na praça Amália Teixeira Chalhoub. Foram lembrados, neste momento, o Capitão João Manoel Teixeira, sua esposa Dona Regina de Carvalho Teixeira, seus filhos Napoleão Teixeira e Amália Teixeira Clhaoub, além de Francisco Degli Esposti, Iraci Dutra Degli Esposti, Hermínio Rosa Garcia, Bárbara Lima Garcia, Adelipton Dias do Canto e Mercedes Dutra Dias, proprietários do prédio desde a década de 1920.
 
Leonan Degli Esposti, Rui Lima Garcia, Reginaldo Teixeira Chalhoub, Acir Tinoco do Couto e Rosineia Maria da Silva do Canto: júbilo durante a Oferenda Floral

Reginaldo Teixeira Chalhoub, neto da capitão João Manoel Teixeira, e filho de Amália Teixeira Chalhoub e Elias Melhim Chalhoub, prosseguiu, então, lendo, emocionado, o discurso que segue.


A emoção de Reginaldo Teixeira Chalhoub: "quase retorno ao útero materno"






SENHORAS, SENHORES TODOS MEUS AMIGOS:


Estar aqui hoje, em momento tão especial, é mais especial ainda para mim, que sou bonjesuense, nascido e criado até a adolescência neste pedaço da chão, neste prédio, que a gente chamava de "sobrado"; nesta calçada, que além de ser a calçada da alfaiataria do meu pai, era também a da venda do velho tio Nacif, da "Mina de Ouro" e do Jogo do Bicho do "Seu" Viana,  do "Café em Pé" do Geraldo Santiago e de tantos outra motivos para relembrar e chorar.


Estar aqui hoje é, para mim, um quase retorno ao útero materno. Neste sobrado, moraram meus avós. o bondoso e caridoso Capitão João Manoel Teixeira, farmacêutico e fundador do Centro Espírita "Bom Jesus", falecido prematuramente aos 50 anos de idade, vítima de uma violento ataque cardíaco em plena praça Governador Portela. E a não menos generosa Dona Regina de Carvalho Teixeira.


Com  eles, é claro, moraram seus filhos Napoleão Teixeira, posteriormente referência internacional na Medicina, no Magistério e na  Literatura Médica Mundial, nome de rua em nossa cidade, tão ilustre filho daqui que o foi. - E Amália, a doce Amália -  por quem se apaixonou o intrépido libanês Elias. Amália, a doce Amália dos versos do Padre Mello, e que foi figura exponencial da intelectualidade e do ensino de sua época em Bom Jesus, com o nome imortalizado na simpática praça aqui ao lado.



De toda essa história, nasci eu, pelas mãos da dona Lilica, a mais competente parteira da época, assistida pelo Dr. Columbino Teixeira de Siqueira, primo da minha mãe e meu padrinho depois. Acho até, e que me perdoem todos pela imodéstia, que a obra mais perfeita da grande professora e sua maior façanha foi exatamente o seu filho orgulhoso, descendente dos velhos Teixeiras, ilhéus açorianos, e dos bravos e tradicionais Chalhoubs, resistentes cristãos da linda terra dos majestosos e seculares cedros do Líbano. 


Brincadeira é claro! 


Foi por isso que me chamaram aqui, porque eu e minha irmã Aparecida,  que lamentavelmente não pôde comparecer, somos o que restou da história deste SOBRADO, que a inteligência, o dinamismo e o amor â nossa terra, contidos no coração generoso do Dr. Gino Bastos buscou resgatar, homenagear e fazer chorar. 


Também, pudera, amigos, queridos saudosos amigos, Leny e Luciano foram os "culpados" por gerarem essa alma generosa e figura dinâmica do Gino, a quem Bom Jesus, por todos os serviços que lhe vêm prestando, deve agradecer e aplaudir com muito calor, E DE PÉ! 


Obrigado a todos!


Dr. Gino Martins Borges Bastos: "sentimento de dever":


Ao após, utilizou da palavra o dr. Gino Martins Borges Bastos, que falou que, diante das recentes demolições de prédios históricos, e tendo em vista a inércia do poder público, "sentia-se no dever de colaborar para preservar este prédio e sua história ".

Após um breve relato sobre as duas emancipações de Bom Jesus ocorridas em 25 de dezembro de 1890 e em 1o. de janeiro de 1939, e apontar diversos imóveis históricos que correm o risco de perecimento, consignou que "este não é o final, mas o início de um movimento para o resgate do  rico patrimônio histórico e cultural do nosso município". 

Distribuiu, em seguida, folheto sobre a vida do Capitão João Manoel Teixeira e entregou livros sobre a história de Bom Jesus e de poesia de autores bonjesuenses, publicados pela Editora O Norte Fluminense, para ficarem à disposição dos visitantes no Bar do Rui.

Aproveitou a oportunidade para lançar, ainda, uma campanha pelo tombamento do Aero Clube que, segundo ele, corre o risco de ser demolido. Deu início, outrossim, a uma campanha para o estabelecimento de um Museu do Poder Judiciário no município de Bom Jesus do Itabapoana, restabelecendo-se a fachada do antigo Fórum da década de 1930 [ver matérias nesta edição].

Posteriormente, assinalou: "Estes movimentos não objetivam apenas a discussão sobre os temas específicos, mas pretendem ser um uma instância para discutir, com amplitude, sobre nosso passado, nossa história. Não existe hoje sem ontem".


Acir Tinoco do Carmo, um dos proprietários do prédio






Rui Lima Garcia, o outro proprietário


Paulo César Dutra Domingues comandou a equipe de obras



Prosseguiram-se nas falas os atuais proprietários do imóvel, Rui Lima Garcia e Acir e Tinoco do Carmo, que manifestaram sentimento de agradecimento e alegria. Utilizou a palavra, em seguida, o responsável pelas obras de preservação e restauro, Paulo César Dutra Domingues, informando sobre os trabalhos realizados por sua equipe.








Ao final, Jailton da Penha convidou todos os presentes a apreciarem as fotos históricas do Capitão João Manoel Teixeira e sua família, assim como dos governadores Roberto e Badger Silveira e do irmão José Teixeira Silveira, deputado federal pelo Paraná, que foram fixadas no Bar do Rui, localizado na parte inferior do prédio.


Público marcou presença

Fotos históricas foram fixadas em parede do Bar do Rui