segunda-feira, 31 de julho de 2023

Todos os prefeitos de Bom Jesus do Itabapoana, desde 1890


Sede atual da Prefeitura Municipal de Bom Jesus do Itabapoana 


Em homenagem aos 133 anos de nossa 1ª emancipação, que ocorre, hoje, dia 25 de dezembro, e aos 85 anos de nossa 2ª emancipação, que sucederá no dia 1º de janeiro de 2024, o jornal "O Norte Fluminense" publica, a seguir, a relação de todos os prefeitos da história de Bom Jesus do Itabapoana. Trata-se da continuidade de nossos esforços para o resgate de nossa história. Como já disse um leitor, "Quem lê jornal sabe mais, quem lê o jornal O Norte Fluminense sabe muito mais!". 

PODER EXECUTIVO


1ª. EMANCIPAÇÃO (a partir de 25 de dezembro de 1890)


Prefeito (Presidente do Conselho de Intendência):

Pedro Gonçalves da Silva Júnior: de 25/12/1890 a 1º./12/1891

Cel Luís Vieira de Rezende: de 07/01/1892 a 02/05/1892, quando ocorreu o fim da 1ª. Emancipação
 


1º. Prefeito de Bom Jesus do Itabapoana (1ª. Emancipação). Ele exerceu a função de Presidente do Conselho de Intendência, equivalente ao de Prefeito), entre 25/12/1890 a 1º/12/1891


Cel. Luiz Vieira de Rezende, o 2º Prefeito de Bom Jesus do Itabapoana (1ª. Emancipação), de 07/01/1892 a 02/05/1892, quando ocorreu o fim de nossa emancipação 


2ª. EMANCIPAÇÃO (a partir de 1º. de janeiro de 1939)

José de Oliveira Borges (1º. Prefeito, após a 2a. Emancipação, em 1º de janeiro de 1939)


Busto do Cel. Alfredo Ribeiro Portugal, em Carabuçu, prefeito eleito em 1946


–  PREFEITOS E VICES
1939/1946 - José de Oliveira Borges 
No dia 3 de abril de 1947, Oliveiro Teixeira foi nomeado prefeito pelo Governador Coronel Edmundo de Macedo Soares e Silva, exercendo o cargo até a posse do prefeito eleito, Coronel Alfredo Ribeiro Portugal, que ocorreu no dia 04 de outubro de 1947. 
1947/1951 – Coronel Alfredo Ribeiro Portugal
1951/1955 – Gauthier Pontes Figueiredo  (1º. mandato)
1955/1959 – José de Oliveira Borges
1959/1960 – Gauthier Pontes Figueiredo (2º. mandato). Faleceu no exercício mandato, após a queda do avião onde se encontrava
Vice - Augusto Cesar Perissé Portugal
1960/1963 - Assumiu o mandato Augusto Cesar Perissé Portugal
1963/1967 - Oliveiro Teixeira
Vice - Jorge Assis de Oliveira
1967/1971 - Jorge Assis de Oliveira (1º. mandato)
Vice - Carlos Borges Garcia
1971/1973 – Carlos Borges Garcia (1º mandato)
Vice - Miguel Ângelo Barbosa Motta
1973/1977 - Noé da Silva Vargas
Vice - José Teixeira
1977/1981 - Jorge Assis de Oliveira (2º. mandato) - faleceu no exercício do mandato.
Vice – Adílio Teixeira Pimentel
1981/1982 - Assumiu o mandato o vice Adílio Teixeira Pimentel
1983/1988 -  Paulo Roberto Duarte Portugal
Vice - Jacinto Seródio Boechat
1989/1992 - Carlos Borges Garcia (2º. mandato)
Vice - Adílio Teixeira Pimentel
1993/1996 - Álvaro Moreira
Vice - Gilson Figueiredo
1997/2000 - Carlos Borges Garcia (3º. mandato)
Vice - Nino Moreira Seródio
2001/2004 - Miguel Ângelo Barbosa Motta
Vice - Ogando Luiz Pereira da Silva
2005/2008 - Carlos Borges Garcia (4º. mandato).  Governou de 1º/01/2005 a 22/10/2006, ocasião em que se afastou do cargo por motivo de saúde
Vice - Paulo Sérgio do Canto Cyrillo, assumiu o cargo de Prefeito entre 23/10/2006 e 08/05/2008
João Batista Chaves Magalhães, na condição de Presidente da Câmara Municipal, ocupou o cargo de Prefeito, no período de 09/05/2008 a 26/05/2008
José Ary Loureiro Borges assumiu o mandato de Prefeito de 26/05/2008 a 28/06/2008
Paulo Roberto Duarte Portugal, numa eleição indireta para o cargo de Prefeito, realizada na Câmara Municipal, passou a ocupar o cargo de Prefeito, no período de 29/06/2008 a 31/12/2008
2009/2012 – Maria das Graças Ferreira Motta (1º mandato)
Vice – Adelson Hilário de Souza
2013/2016 - Maria das Graças Ferreira Motta (2º mandato)
Entre 10/07/2014 a 17/07/2014, assumiu a prefeitura Roberto Elias Figueiredo Salim Filho junto com o Vice-Prefeito Paulo Sergio Travassos do Carmo Cyrillo, em decorrência de decisão do Tribunal Regional Eleitoral. Após uma semana, Maria das Graças foi reconduzida ao cargo de prefeita por decisão liminar e, posteriormente, consolidada, pelo Tribunal Superior Eleitoral
Vice - Jarbas Teixeira Borges Júnior
2017/2020 - Roberto Elias Figueiredo Salim Filho
Vice - Paulo Sergio Travassos do Carmo Cyrillo
2021/2024 - Paulo Sergio Travassos do Carmo Cyrillo
Vice - Otávio Amaral
Fontes: Jornal O Norte Fluminense e Blog do Polaca 


Os 85 anos de Francisco Luiz Vieira

Francisco Luiz Vieira, seu sobrinho André Luiz de Oliveira e o sobrinho-neto Miguel 


Completou 85 anos, no dia 29 de julho, Francisco Luiz Vieira, casado com Altamira Maria Guimarães Vieira, há 46 anos. Francisco possui 4 filhos, 9 netos e 9 bisnetos.

Parabenizamos "seu" Francisco, com votos de felicidades e muitos anos de vida!

 








sábado, 29 de julho de 2023

Olivia Tebaldi, jovem pianista de 12 anos, neta de professora de piano bonjesuense, conquista 1o. lugar no Concurso Internacional de Piano em Portugal (VÍDEO)

 



A jovem pianista Olívia Tebaldi, 12 anos, que apresentou memorável  recital no Espaço Cultural Luciano Bastos no dia 17 de junho, conquistou o 1o. lugar no Concurso Internacional de Piano Santa Cecília, realizado em Porto, Portugal.

Olívia nasceu em uma família musical, pois sua avó, a bonjesuense Regina Ribeiro Silveira, era professora de piano. Seus pais, Glauber Tebaldi e Laura Silveira, são seus grandes apoiadores. 

Olivia já tinha conquistado premiações em vários concursos nacionais e internacionais, mas esse foi seu maior desafio musical.

Parabenizamos Olívia, seus pais e professores por este feito histórico, que enche de orgulho nosso município e o Vale do Itabapoana!

Assistam à notável apresentação de Olívia Tebaldi em Portugal!

 

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Foto Histórica de Jorge Assis e Jorge Pereira Pinto, na Usina Santa Maria




Foto histórica, na Usina Santa Maria, entre 1935 e 1940: Em pé: Jorge Assis, Eduardo Xavier e (?). Sentados: Cardosinho, Jorge Pereira Pinto, sr Nelson e Jovino Costa (foto do acervo de Tácito Jr, neto do ex-prefeito Jorge Assis e sobrinho de Jovino Costa, enviada através da memorialista Maria Cristina Borges)

Quando Bom Jesus do Itabapoana emancipou-se, no dia 1º de janeiro de 1939, José Carlos Pereira Pinto era o Diretor-presidente, Jorge Pereira Pinto era o Diretor-gerente, enquanto Nelson Rezende Chaves era o Diretor-secretário.

O lema da Usina era "labor omnia vincit", máxima do poeta romano Virgílio, segundo o qual, "o trabalho vence tudo".


Usina Santa Maria, em 1939


FESTAS DE AGOSTO: 366 ANOS DE TRADIÇÃO


 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Quem foi Maria da Conceição Pereira Pinto, a matriarca da família Pereira Pinto?

 


Maria da Conceição Souto Maior Pereira Pinto 


Maria da Conceição Soutto Mayor Pereira Pinto nasceu no ano de 1865, em Campos dos Goytacazes (RJ). Era irmã dos doutores José e Vicente Souto, este último médico de renome em seu tempo.

Esposa do dr. José Pereira Pinto, e conhecida como Vovó Sinhá, enviuvou em 1901, com seis filhos: José Carlos (com 21 anos de idade) e em sequência: Mercedes, Francisco, Rita de Cássia (casada com Waldir Pinto da Cunha,, e morreu, já casada, e com 4 filhos, ainda jovem, de tuberculose adquirida do seu cunhado, possuidor da mesma doença de quem cuidava), Laura e Jorge, então, com cerca de seis meses de idade. Por esse motivo, José escreveu carta para José Carlos, que trabalhava como vendedor de carne seca, para ser padrinho de Jorge.

Em 1902, Maria da Conceição fundou e presidiu a Loja Maçônica Anita Bocaiúva com mais de trinta mulheres, e que durou até 1906, quando foi extinta por ação dos homens maçons da época.

Seu filho José Carlos Pereira Pinto tornou-se usineiro com mais de 50 sócios da Cia. Agrícola Santa Maria e, mais tarde, dono da Usina sozinho. Foi político e senador.

Jorge Pereira Pinto, por sua vez, começou como bancário do Banco do Brasil e, depois, gerenciou a Usina de José Carlos até que, em 1932, tornou-se fazendeiro, vereador, usineiro e político (candidato a prefeito em 1950).

Laura, já aposentada, foi morar na Usina com seu marido Nelson Chaves, que era diretor comercial.

Francisco ficou viúvo, enquanto Mercedes faleceu em 1948, deixando filhas e filhos. 

Maria da Conceição Pereira Pinto foi uma mulher guerreira, pois, mesmo viúva, era forte e enérgica disciplinadora, dando a todos os filhos esmerada educação. Faleceu em 1931.

Foi por suas qualidades de educadora, farol para as novas gerações, que seu nome foi eternizado na Escola Estadual Maria da Conceição Pereira Pinto, na Usina Santa Maria, em Bom Jesus do Itabapoana.

terça-feira, 25 de julho de 2023

DIA NACIONAL DO ESCRITOR, por Rogério Loureiro Xavier

 

Elcio Xavier, o Príncipe dos Poetas 


Olá 👋 pessoa amiga e do bem.


*"DIA NACIONAL DO ESCRITOR"*

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*"In Memoriam ao Élcio Xavier - Poeta, Escritor  e  Memorialista - O Principe dos Poeta Bonjesuenses - Falecido em 17 de fevereiro de 2.023 com 102 anos."*


O Dia Nacional do Escritor é dedicado para homenagear todos os escritores brasileiros e toda a produção literária no Brasil.


No dia 25 de julho de 1960, após a realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores – tendo João Peregrino Júnior na presidência, e Jorge Amado, como vice-presidente - foi criado o Dia do Escritor. Uma justa homenagem a todos aqueles que receberam o dom de transcrever em palavras, relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências.

Esta data é uma homenagem aqueles que se dedicam às palavras escritas. Sejam nos textos científicos ou fictícios, os escritores precisam ter a grande habilidade de entreter os leitores. Para isso, é necessário um vasto conhecimento de vocabulários, da gramática e ortografia, além de uma boa dose de criatividade e conhecimentos gerais do mundo.


A nível internacional, os escritores são homenageados em 13 de outubro, data conhecida como o Dia Mundial do Escritor.

Um escritor pode nos fazer chorar, rir, ter medo. Um escritor pode nos fazer repensar, mudar de ideia. Um escritor nos leva a viver ou partilhar emoções e experiências, conhecendo lugares e costumes, sem que precisemos sair de casa ou do conforto da cabeceira. 


Um escritor é aquele profissional que trabalha escrevendo livros ou outras obras. Existem pessoas que consideram como escritores apenas aqueles que escrevem romances. Porém, os autores de livros de outros tipos, como de autoajuda, e de textos jornalísticos, também são escritores. 


No Brasil existem escritores famosos, como Machado de Assis, Clarice Lispector, e Monteiro Lobato. Tem também alguns poetas como Carlos Drummond de Andrade, Cora Coralina, Mário Quintana e Vinícius de Moraes, ... Adonias Filho, Otávio de Faria, Lúcio Cardoso, Delton de Mattos, Élcio Xavier, entre muitos outros. 


Projetos no Brasil


O Brasil conta com mais de trinta projetos de incentivo à leitura, bem como diversas bibliotecas públicas e com acervos riquíssimos. O Plano Nacional do Livro e Leitura é um dos projetos mais importantes no meio literário, pois, ele oferece apoio a novos escritores, defende os direitos autorais, investem em traduções, além de outros benefícios para os Escritores e para a literatura brasileira como um todo.


Atualmente


Hoje em dia, os escritores têm tido muitas dificuldades na publicação de seus livros, pois, com o advento da internet e das redes sociais, os livros perderam espaço em meio aos jovens e as crianças. É necessário então, buscar novos meios de se manter a literatura viva nas novas gerações e permear a necessidade de se ler livros.


  Os escritores têm o dom de fazer os dias mais felizes, proporcionar viagens até os lugares mais remotos e momentos de muita emoção. Fundamentalmente, um bom escritor nos deixa profundamente tristes quando a história termina.


Fonte: Internet 

Elaboração de :


✍ ...Rogério Loureiro Xavier


















Bom Jesus não tem representante na disputa pela coroa de Miss do estado do Rio de Janeiro



Nesta segunda-feira, 24 de julho, o governador Cláudio Castro recebeu as candidatas dos municípios do estado do Rio de Janeiro que concorrem à coroa de Miss estadual. Todas as misses entregaram ao governador um presente dos municípios de origem. Nao se tem notícia de que alguma delas seja bonjesuense.

Governador Cláudio Castro recebe artesanato de presente e FAERJ festeja

Governador Cláudio Castro recebeu da Miss do estado do Rio de Janeiro, artesanato de Xica Sales, aluna do Mestre Artesão Daniel de Lima, ambos filiados à FAERJ (Federação do Artesanato do Estado do Rio de Janeiro)


O governador Cláudio Castro recebeu, na segunda-feira, dia 24 de julho, por ocasião da reunião com as candidatas a Miss do estado do Rio de Janeiro, um presente de artesanato lindíssimo da atual Miss Brasil, que é de Campos dos Goytacazes: um terço em cerâmica produzido pela artesã Xica Sales, aluna e esposa do Mestre Artesão Daniel de Lima, que são  filiados à FAERJ (Federação do Artesanato do Estado do Rio de Janeiro). A FAERJ é dirigida por Nea Mariozz.

Daniel de Lima foi o artesão que presenteou o Secretário-Geral do Trabalho de Portugal, através da FAERJ, com uma peça em cerâmica, na Fia (Feira Internacional de Artesanato - Lisboa/ Portugal). O patrocínio da  Fecomercio, através do presidente Antônio Queiroz, transformou a vida de vários artesãos. Daniel de Lima foi convidado a realizar atividades no Ateliê Gaia em São Paulo. Esse é o objetivo da FAERJ: promover, fortalecer, capacitar e transformar o artesão no empreendedor. As parcerias são importantíssimas para a realização dos projetos que ajudam na economia do estado do Rio de Janeiro. 

Parabenizamos a FAERJ e Nea Mariozz, que está sempre pensando grande e agindo como pensa. O Brasil necessita de gestores assim, comprometidos com a implantação de projetos destinados a desenvolver a economia e a cultura.

sábado, 22 de julho de 2023

Francês impulsionou a Usina Santa Maria, no final do século XIX

 

Usina Santa Maria, em 1939



Foi o francês André Richer quem impulsionou a Usina Santa Maria no final do século XIX.

A área, de cerca de 625 alqueires, pertencia a Virgílio Basílio dos Santos e Leônidas de Abreu Lima e contava, em 1895, com um engenho de açúcar. Nessa época, André Richer assumiu a função de auxiliar da propriedade e, cinco anos depois, instituiu a firma Santos & Richer, ocasião em que Leônidas de Abreu Lima se retirou da parceria com o antigo sócio.

Posteriormente, capital francês foi investido na região e Richer fundou a Societé Sucrerie Santo Eduardo, fazendo com que a Usina Santa Maria se desenvolvesse com a importação de máquinas modernas.

Uma crise no setor fez com que a empresa Farah & Irmãos se estabelecesse na Usina, se tornando os principais fornecedores e credores da firma francesa.

Cinco anos mais tarde, uma disputa judicial  fez com que a Usina passasse às mãos de Farah & Irmãos.

Em 1915, a empresa foi adquirida por Coelho Fernandes & Cia.

José Carlos Pereira Pinto


Jorge Pereira Pinto

Nelson Rezende Chaves
 
Em 1917, José Carlos Pereira Pinto assume a empresa e dá-lhe extraordinário desenvolvimento, fazendo com que a mesma produzisse, além de açúcar, álcool,  café, arroz, milho e feijão.


Paralelo a isso, foi estabelecida uma escola, uma instituição hospitalar, um gabinete dentário, um cinema, uma banda de música e uma praça de esportes.

Escola da Usina Santa Maria


Instituição hospitalar na Usina Santa Maria



Quando Bom Jesus do Itabapoana emancipou-se no dia 1º de janeiro de 1939, José Carlos Pereira Pinto era o Diretor-presidente, Jorge Pereira Pinto era o Diretor-gerente, enquanto Nelson Rezende Chaves era o Diretor-secretário.

O lema da Usina era "labor omnia vincit", máxima do poeta romano Virgílio, segundo o qual, "o trabalho vence tudo". 


 (Fotos e informações extraídas da publicação Libertas, de Porphirio Henriques Filho, em março de 1939)

sexta-feira, 21 de julho de 2023

"Amanheceu", por Rogério Loureiro Xavier


 Olá 👋 pessoa amiga e do bem. 


*"Amanheceu..."*


E pra hoje desejo um dia de infinita Gratidão a Deus, um recomeçar cheio de luz, paz e amor. Que a vida brote em nosso coração trazendo um novo ânimo e revigorando nossas forças para continuarmos trilhando o caminho do bem, sem perder a fé e a esperança em dias melhores. Que Deus esteja conosco cada segundo e nos proteja de todo mal...Amém! 🙏


✍ ... amigo Roger LX

CARTA SOBRE MONTEIRO LOBATO



Octacílio de Aquino





Amigo e Chefe:

Ponhamos a esta carta, por lhe falar melhor, um título: A carta das coincidências. Vá contando.
Mal havia eu sido entregue do mais recente estudo biográfico sobre Monteiro Lobato, o rádio nos trazia a contristadora notícia de sua morte. Essa coincidência torna mais interessante e mais oportuno o livro.

Mas não fica aí a coincidência.

O autor - Alberto Conti - morreu antes de concluída a obra. Temos, pois, um desdobramento de impressões. Dias atrás era a morte glorificando a vida, a glória póstuma automaticamente assegurada ao escritor imenso, o maior do Brasil do nosso tempo, um dos mais completos do mundo.

Agora é a paz das sombras que nos fala, dizendo sobre as qualidades mestras de quem soube viver intensamente, através de um estilo que não cede ao de ninguém e através de um patriotismo que chegou até ao sacrifício próprio, até aos mais fundos sofrimentos da alma, no considerar as questões essenciais da terra e do povo brasileiro.

Monteiro Lobato não pertencia à família nem a São Paulo nem ao país: pertencia ao patrimônio universal dos valores humanos. Lobato foi propriamente uma luta na guerra, que ainda hoje se desenvolve, pela emancipação intelectual e econômica do Brasil, foi ele uma das mais bem pelejadas batalhas. Marcou um episódio gigantesco em nossa história.

Todas essas coisas, amigo e chefe, já eu meditava na imprensa quando ele ainda estava vivo. Essa dívida da minha admiração amortizava-se, portanto, em muito, quando o publicista ilustre ainda se consagrava de todo à herculana tarefa de transmudar os métodos literários, fundo e forma, até então seguidos entre nós, tarefa que, de algum modo lembrava alguma coisa de Eça de Queiroz.

Mas o que me acode à memória, antes de tudo, é a noite grandiosa em que Ruy, no Teatro Lírico, iniciava a sua anunciada e esperadíssima conferência sobre a questão social, representando o Jeca Tatu, do livro Urupês. Que alvoroços não tive! Eu era Ruy até à medula. A paixão liberal que empolgava o país era a minha escola. Andava eu aturdido com as primeiras idéias, ainda à procura de uma expressão e de contornos exatos.

Ao contrário de Barthou, que via no Direito uma porta aberta para a política, batia eu às portas do Direito, animado pelos mais santos impulsos das propagandas de então. Tais eram os gestos do meu espírito, na ocasião em que o país, conheceu melhor, sob o prestígio incontestável de Ruy, a criação incomparável do Jeca Tatu. Não me habituava ao ostracismo que os confabuladores da política oficial votavam ao maior dos nossos concidadãos.

Parecia-me estranho que Ruy Barbosa precisasse de pleitear a Presidência da República, ele, advogado exímio dos escravos, ele, que abalara o trono, Ruy, o expoente da segunda Conferência de Haia, o lidador incansável que acabava de conseguir, nos meios nacionais, um reviramento completo da opinião, conduzindo e levando a bom termo a jornada civilista. Ruy - com a palavra João Mangabeira -, o estadista da República.

Pouco depois as livrarias estrelejavam, ostentando a 4ª edição dos Urupês. Corri à Garnier, donde saí sobraçando, solene, preciosidade. Daí para cá, Monteiro Lobato, definitivou-se em minha admiração. Ensebei-lhe o livro, de tanto que li e consultei, respingando-lhe vocábulos e locuções, modismos, torneios de linguagem, construções refertas de novidade e gosto, e, mais do que tudo, a maneira de representar os temas quer os de profundeza, quer os de simples artigos ou contos leves (das Bucólicas, por exemplo).

O mundo continuou a dar voltas. Ruy não chegou ao Catete, Lobato não chegaria à Academia Brasileira de Letras: pela derrota, na primeira vez, pela desistência, na segunda, pela recusa formal na terceira e última. O espírito também cria calos, como as mãos dos que trabalham no eito...

Tempos depois ninguém falava em petróleo sem pensar em Lobato (o escritor) e em Lobato (a terra, a primeira a nos dar um poço). Outra coincidência, que o próprio Lobato ressaltava - O meu poço, dizia jovialmente referindo-se àquele trato do território baiano.

E publicou exaustivos trabalhos sobre o petróleo. Apaixonou-se. Foi além das medidas. Resultado: processo, condenação, cadeia, desalento, exílio na Argentina, regresso à pátria. Por fim, ei-lo completamente envolto na questão social. Comunista?

Dizia-se... Talvez não, suponhamos, desejamos que tenha sido apenas um socialista a seu modo, como chegou a ser, sem tirar pelos figurinos, um estilista elegante e sóbrio, um pensador eminente, um contista original e primoroso.

Terminemos a carta, fixando mais uma coincidência, a maior de todas. Ei-la. Centralizando-o no exórdio de uma conferência notável, a questão social apresentou a glória de Monteiro Lobato. A questão social havia também de lhe apresentar a morte. A conferência esperou a vida. E 29 anos depois, Monteiro Lobato, que lhe havia sido o exórdio, formava-lhe a peroração. Morreu quando devia morrer? Difícil a resposta. O certo é que parece ter sido para si mesmo que ele escreveu um dia: "tristes os que aprendem nos livros, dentro dos gabinetes! Um só livro existe: a vida; um só gabinete: a natureza". Se perguntarem qual o melhor livro de Monteiro Lobato, responderei: a sua vida. Vida que refletiu a natureza de sua terra, da cidade aos sertões, e, sobretudo e sobremodo, até certa altura, a alma do Brasil.

E é quanto lhe pode dizer, glorificando o passado, o seu atento admirador, Octacílio.

Maio de 1949



(páginas 120/123)



Uma recomendação de Otacílio de Aquino

 

Delton de Mattos 




Ao mudar-me para São Paulo, em março de 1947, embora estivesse politicamente em posição antagônica à União Democrática Nacional (UDN) bonjesuense, a que pertencia Otacílio de Aquino, não tive dúvida em procurá-lo para despedir-me, pois minha admiração e respeito pela sua personalidade cultural pairavam acima de quaisquer eventuais divergências de ordem política. Pediu-me ele, naquela oportunidade, que fizesse o possível de entrar em contato com o escritor Monteiro Lobato, de quem era profundo admirador, já tendo mesmo escrito em A Voz do Povo sobre a sua obra "Urupês". 


Inicialmente, tal aproximação parecia impossível, pois não podia imaginar de que maneira um obscuro e desconhecido bonjesuense, que ainda não tinha sequer iniciado os estudos do segundo grau, poderia ter a oportunidade de tão ousada aventura. 


Mas na verdade, fazia eu tábula rasa de tudo que poderia acontecer na vida daquela grande metrópole e do poder aglutinador das suas realizações culturais, que sempre estiveram à disposição de qualquer forasteiro. Como tinha chegado em São Paulo depois de encerradas as matrículas no segundo grau, passei a frequentar, desde o primeiro dia, a imensa biblioteca Mário de Andrade, que ficava à disposição do público nos sete dias da semana, isto até altas horas da noite, sem falar das constantes palestras literárias que se realizavam no seu majestoso auditório. Mas além disso, essa biblioteca era o principal ponto de encontro dos intelectuais de São Paulo e não demorou para que eu conhecesse ali, a romancista Rosália Simonian que era, amiga de Monteiro Lobato e logo me levou à sua presença no apartamento em que ele residia ali bem perto. 


Dessa maneira, foi surpreendentemente fácil cumprir a recomendação de Octacílio de Aquino, que entretanto, na sua proverbial modéstia, já tinha recebido do consagrado autor de "Urupês" palavras elogiosas, e até de agradecimento sobre apreciação crítica da sua citada obra.

Recentemente, chegou às minhas mãos, cópia de uma pequena carta escrita por Monteiro Lobato em 5.10.1943, dirigida ao seu amigo Bruno de Martino, então jornalista em Miracema (outra surpresa!), nos seguintes termos: "Em mãos sua carta de 29 setembro e o número de "A Voz do Povo", em que vem o seu nobre devaneio filosófico "Concepção Gratuita", que li com o prazer que me causam todas as coisas pensadas, e também o belo artigo de Octacílio de Aquino a meu respeito. Muita coisa vem aparecendo sobre o meu livro URUPÊS neste tempo de suas bodas de prata, mas o artigo de Octacílio de Aquino é dos que mais dizem e mais penetrantemente. Peço transmitir a ele o meu abraço de agradecimento. E vão aqui esses retratos, a única lembrança que posso mandar destes distintos amigos. Com a maior cordialidade, Monteiro Lobato". Bruno de Martino, que nos deixou o romance "Saias de Bronze", enviou cópia dessa carta ao seu amigo bonjesuense, com a seguinte observação: "Este é o meu presente de Natal e de Ano-Bom! Fraternalmente do seu Bruno de Martino". 


Em maio de 1949, republicava eu na revista Alliance, de São Paulo, um artigo de Octacílio de Aquino, sob a forma de "carta" e que constitui um belo resumo já escrito a respeito da vida e obra de Monteiro Lobato. Esse artigo reaparecerá em breve no 4º volume da coleção "Série Literatura Bonjesuense". É só esperar.



11 de julho de 2004

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Dr Antônio Carlos Pereira Pinto foi homenageado na Usina Santa Isabel

 



Dr Antônio Carlos Pereira Pinto Júnior e a eterna saudade 


No dia 8 de julho, o saudoso médico Dr. Antônio Carlos Pereira Pinto Júnior foi homenageado por ocasião da festa da Usina Santa Isabel.

Ele faleceu em 26 de setembro de 2021, deixando  uma imensa saudade e um legado de honradez e dignidade, típicos da família Pereira Pinto, sempre preservando a memória da família.

A homenagem foi realizada pela Secretaria Municipal de Educação e Esporte, através do projeto "Das Memórias 'Se Faz' História", e contou com a presença da viúva Regina Célia de Carvalho Pereira Pinto.

 Em janeiro de 2016, os cineastas Phillip Johnson e Rocio Salazar realizaram entrevista com o Dr. Antônio Carlos Pereira Pinto Júnior, para um documentário sobre as Usinas Santa Isabel e Santa Maria intitulado "Santas, Usinas e Sonhos".

O documentário foi lançado no dia 6 de agosto de 2017, e lotou a Sala de Cinema do Espaço Cultural Luciano Bastos, por ocasião do Circuito Cultural Arte Entre Povos.



O médico dr. Antônio Carlos Pereira Pinto se emocionou ao ler uma carta de seu avô, o usineiro Jorge Pereira Pinto, enviada por ocasião de sua formatura










Maria Creuza Gomes foi telefonista e agente administrativo das Usinas


Jailton da Penha foi um dos entrevistados


Os cineastas Rocio e Phillip realizaram a 2ª rodada de filmagens para o documentário


Dr. Antônio Carlos, sua esposa Regina, André, Leninha, Jailton da Penha, Rocio, Phillip e Gino


Phillip Johnston e as filmagens na antiga sede social do Usina  Isabel F.C.


















Dr. Antônio Carlos Pereira Pinto e Gino Martins Borges Bastos


O casal Jacira Coelho Pereira e Evaldo Luiz de Souza Pereira acolheu em sua residência Alejandro e seus pais, os cineasta Rocio e Phillip Johnston, na Usina Santa Maria



O documentário "Santas, Usinas e Sonhos" foi lançado em agosto de 2017, e lotou a Sala de Cinema do Espaço Cultural Luciano Bastos