Cedo, bem cedo, perderei a vida,
planta ferida no mimoso pé.
Teu desengano perecer me ordena,
na idade plena de esperança e fé.
Porém a morte, me é suave e doce
como se fosse uma ilusão de amor;
embora eu sinta que uma luz se apaga
outra me afaga de eternal fulgor.
Morrer sonhando! Como é doce a morte!
Que vale a sorte que esta vida tem?!
A vida é sempre uma fugaz mentira,
a morte aspira a realidade além.
Morre este corpo de servil matéria,
baixa à miséria de funéreo pó,
porém minha alma sempre viva sonha
vida risonha não mereço dó.
Beijo-te a mão que me assassina e creio
que ela veio me libertar ao fim.
Morrer sonhando é despertar na glória;
eis a vitória! Morrerei assim.
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