quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Cartas enviadas ao jornal O Norte Fluminense

 



Chegam pelo correio de tempos antigos, em papel que quase guarda o cheiro da memória, as cartas de Aristides de Azevedo Raggi, lá do município mineiro de Ipanema.

Ele escreve como quem conversa na varanda, entre um gole de café e um fiapo de saudade.

“Continuo gostando bastante do jornal”, diz. E acrescenta: “é verdadeiramente um banho de história e nostalgia, discorrendo sempre sobre os cidadãos antigos e políticos de valor daí de Bom Jesus e da região.”

Não é a primeira vez que Aristides nos escreve. Em outra carta, sua voz já ecoava calorosa:

“Eu sou apaixonado por História. E vejo todos os meses no nosso jornal a preocupação com os grandes homens do passado, as famílias tradicionais, os feitos de outrora.”

E assinava como quem sela um pacto: “contem sempre com o meu apoio.”

Em suas palavras há um fio invisível que nos liga. Aristides não está apenas elogiando um jornal; está reconhecendo um gesto de resistência, de memória, de fidelidade à cultura. Ele enxerga no jornal aquilo que, muitas vezes, o próprio tempo tenta apagar: a lembrança dos que construíram, sonharam, lutaram.

O Norte Fluminense nasceu com esse compromisso. Não de correr atrás da pressa dos dias, mas de resgatar o que permanece. Nossa linha editorial é um rio de cultura, de história, de presença constante nos eventos que celebram a memória.

Se Aristides nos lê em Ipanema, é a prova viva de que o jornal encontra seu destino: cantar e pintar a nossa aldeia, como ensinou Tolstói, até que o mundo a reconheça.

O jornal O Norte Fluminense acredita, com a firmeza dos que se guiam pela história, que a cultura é instrumento de união e de libertação.

Por isso, guardamos cada carta de Aristides como quem guarda uma relíquia. Porque nelas está a confirmação de que vale a pena seguir, escrevendo, resgatando, lembrando.

E respondemos com gratidão: um abraço, Aristides, até a próxima.








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