HONRA E GLÓRIA AOS IRMÃOS PEREIRA PINTO (I)
Conhecer nossa história, tomar consciência de nossas raízes culturais, constitui fator importante para a afirmação da identidade de nosso povo.
Neste sentido, urge resgatar aqui a memória de dois irmãos que trouxeram a Bom Jesus do Itabapoana um período de grande desenvolvimento econômico, com repercussão em todo o país: o Senador José Carlos Pereira Pinto e seu irmão Jorge Pereira Pinto.
O texto que segue foi baseado em duas obras: uma, encontrada no acervo da biblioteca particular de Luciano Bastos, intitulada "De Campos aos Fluminenses", editada na década de 1940, cujo autor se identificou apenas com as iniciais "A.G.". A outra, trata-se da obra "Quem quebrou a casa de meu pai", de Antonio Carlos Pereira Pinto, 2004.
Senador José Carlos Pereira Pinto ("De Campos aos Fluminenses") |
Jorge Pereira Pinto ("Quem quebrou a casa de meu pai?") |
Nos dias 5 e 6 de dezembro de 1953, uma caravana de onze Senadores visitou a Usina Santa Maria, de propriedade dos irmãos José Carlos e Jorge Pereira Pinto.
Participaram da comitiva os seguintes Senadores: Napoleão Alencastro Guimarães e Hamilton Nogueira (Distrito Federal), Aluísio de Carvalho (Bahia), Plínio Pompeu e sra. (Ceará), João Vils Boas e Mario Mota (Mato Grosso), Luiz Tinoco (Espírito Santo), Waldemar Pedrosa (Amazonas), Alfredo Simch (Rio Grande do Sul), Ezequias da Rocha (Alagoas) e Kerginaldo Cavalcanti (Rio Grande do Norte).
Na ocasião, ocorreu uma sessão solene e inédita no interior do estabelecimento.
O Senador Pereira Pinto foi recebido, no Vaticano, pelo Papa Pio XII ("De Campos aos Fluminenses") |
Após o retorno ao Distrito Federal, o Senador Hamilton Nogueira comentou o que viu:
" Não vimos o paternalismo nem o dinheiro dado como se fosse uma condescendência, mas o reconhecimento de um grande industrial do direito dos trabalhadores permitindo-lhes as interferências na gestão da empresa, assegurando-lhes participação direta nos lucros, e inúmeras obras de assistência social. Vimos realizada a democracia de base humana econômica, em que existe a preocupação de valorizar o homem, de mostrar que o mais humilde operário pode ser, amanhã, o diretor da usina".
Quanto a isso, Antonio Carlos Pereira Pinto, em sua obra "Quem quebrou a casa de meu pai?" relembrou as palavras de seu pai Jorge Pereira Pinto: "Minhas Usinas, enquanto ganharem dinheiro, meus operários também vão ganhar" (p.24).
Cine Teatro Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria: movimento cultural e empresarial deseja restaurá-lo e homenagear os irmãos José Carlos e Jorge Pereira Pinto ("De Campos aos Fluminenses") |
" os problemas sociais - verdadeiras dificuldades noutras regiões, se encontram naquele recanto, praticamente a obra fluidez (sic) e a significação sociológica-cristã do nosso honrado companheiro é notável."
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