O Grupo Musical Amantes da Arte anuncia seu retorno ao coração de Bom Jesus do Itabapoana. O palco? Um lugar que guarda histórias, passos, encontros e despedidas: o trecho onde o Café Bistrô se aninha entre a rua Tenente José Teixeira e a rua Expedicionário Paulo Moreira. Ali, onde o cotidiano se desenrola entre conversas e cafés, a música volta a erguer suas asas. Há momentos em que uma cidade inteira parece prender a respiração, não por medo, mas por expectativa.
O Musical de Natal renasce como quem reacende uma chama antiga, mas jamais apagada. Desta vez, não vem só: traz consigo vozes e presenças que iluminam a noite como constelações diversas. O Grupo Corre Coxia chega com sua vibração cênica; o Coral Eber Figueiredo Teixeira empresta sua harmonia precisa; o grupo FAMESC +60 oferece a sabedoria que só o tempo lapida; o Salt adiciona energia jovem e palpitante; e o Coral Santa Rita, vindo da Igreja Matriz, espalha devoção em forma de canto.
Cada grupo carrega um pedaço do que somos. Cada voz, um fragmento da memória coletiva. E quando todos se reúnem, algo maior se forma, algo que ultrapassa o palco improvisado, os fios de iluminação e os limites da rua.
O restabelecimento deste Musical, somado a tantos outros que têm despontado no município - como a Inauguração das Luzes Natalinas, dia 30 de novembro, Concerto de Natal da Lira 14 de Julho, dia 5 de dezembro, Recital de Natal da JEMAJ MUSICAL, dia 9 de dezembro, Cantata de Natal em Pirapetinga de Bom Jesus, dia 13 de dezembro, e Celebração Natalina, na Usina Santa Maria, no dia 14 de dezembro - não é obra do acaso. É sinal. É sintoma. É prova silenciosa, embora nada discreta, de uma força cultural que cresce em Bom Jesus do Itabapoana: firme, persistente, teimosa, construída com passos mansos e determinação constante.
Enquanto as luzes se acendem e as primeiras notas tomam o ar, a cidade parece lembrar de si mesma. Lembra que é feita de gente que cria, canta, resiste e celebra. Que é palpitação, encontro, arte, e que a arte, quando retorna, não retorna sozinha. Leva consigo tudo o que fomos, somos e ainda seremos.
E assim, entre duas ruas e diante de um café, Bom Jesus torna-se novamente palco. E o Natal, outra vez, vira música.
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