sábado, 24 de setembro de 2016

ROMIL LAURINDO NETO, UM DOS HERÓIS DA 2ª GUERRA MUNDIAL (II)


José Francisco Melo Laurindo

                                
“Diploma do Rei Netuno”, uma espécie de diploma oferecido pelas Forças Armadas Norte-Americanas, que certificava a travessia da linha do Equador pelo militar presenteado


Com o afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães, o Brasil declara estado de guerra em 31 de agosto de 1942. Com a guerra declarada entre o Brasil e as forças do Eixo (aliança político-militar composta pela Alemanha, Itália e Japão), Romil Laurindo Neto foi transferido para o Forte de Santa Cruz (RJ) e, com a criação FEB (Força Expedicionária Brasileira), ele partiu para Itália no Quarto Escalão.


A Força Expedicionária Brasileira (FEB), sob o comando do General João Batista Mascarenhas de Moraes, foi composta por 25.334 combatentes, e seu efetivo foi subdividido em 1º Escalão –­­ 5.075, 2º e 3º Escalões – ­­­­­­10.375, 4º Escalão – 4.691, 5º Escalão – 5.082 homens e 111 enviados por via aérea, incluindo 67 enfermeiras.


Romil Laurindo Neto, fazendo parte do primeiro contingente do Depósito de Pessoal da FEB (quarto escalão de embarque) que estava sob o comando do Coronel Mário Travassos, deixou o Brasil em 23 de novembro de 1944, transportado pelo navio americano General Meighs, desembarcou em Nápoles no dia 07 de dezembro de 1944 e, na Itália, permaneceu até o final do conflito.


É interessante ressaltar que a viagem de navio até a Itália durava em média 15 dias. Durante esse período, a tropa sofria inúmeros problemas como enjoos, calor escaldante, apreensão, saudades, medo e muitas outras privações. Para minimizar esses sofrimentos, dentro do navio, acontecia uma espécie de teatro onde um militar fantasiado de rei Netuno, acompanhado de toda sua corte, abençoava os soldados brasileiros. Esses festejos aconteciam quando os navios cruzavam a linha do equador e, nesse momento, alguns poucos soldados eram premiados com o “Diploma do Rei Netuno”, uma espécie de diploma oferecido pelas Forças Armadas Norte-Americanas, que certificava a travessia da linha do Equador pelo militar presenteado. Romil Laurindo Neto foi um dos poucos soldados que conseguiu obter essa relíquia.






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