O jornal O Norte Fluminense restaurou prédio histórico no centro de Bom Jesus do Itabapoana, há 7 anos |
Há 7 anos, o jornal O Norte Fluminense inaugurou a restauração do prédio histórico das janelas gêmeas construído pelo Capitão João Manoel Teixeira, na década de 1920. Não fosse a intervenção de nosso jornal, a infiltração que atingiu o prédio já teria ocasionado sua demolição.
É com alegria que o jornal O Norte Fluminense resgatou não apenas esse prédio histórico, mas a sede do Usina Santa Isabel FC, participou da construção do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, colaborou com a construção da Praça Três Irmãos, no distrito de Calheiros, doou o monumento em homenagem ao Padre João Mendes Ribeiro, em Calheiros, doou o terreno e os gastos com a restauração do forno indígena de Calheiros, e está colocando o teto metálico no prédio do Cine Teatro Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria.
Deve-se salientar ainda que a Editora O Norte Fluminense lançou vários livros de escritores bonjesuenses, dentro da Coleção Literatura Bonjesuense, e 3 CDs de músicas bonjesuenses, num grande investimento para o desenvolvimento da cultura de nosso município.
O blog do Jailton da Penha noticiou a inauguração do prédio das janelas gêmeas, como se verifica ao final desta matéria.
Veja, a seguir, passo a passo, o registro histórico dos atos que levaram à restauração do prédio histórico.
30 de agosto de 2014
JORNAL PRESERVARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO AMEAÇADO
Prédio com janelas gêmeas bonjesuenses caminhava para desabamento |
JANELAS GÊMEAS DO CASTELINHO DO FLAMENGO
O Castelinho do Flamengo é um prédio tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
A construção, datada de 1918, foi obra do arquiteto italiano Gino Copede, para se tornar a residência de um comendador.
( da internet)
(Do jornal O Globo de 5 de janeiro de 2014) |
JANELAS GÊMEAS DE BOM JESUS DO ITABAPOANA
Em Bom Jesus do Itabapoana, uma pérola arquitetônica localizada na Rua Buarque de Nazareth, foi construída no início do século XX, com janelas gêmeas assemelhadas às do Castelinho do Flamengo.
Este prédio pertenceu ao libanês Elias Melhin Chalhoub, que fixou-se em Bom Jesus do Itabapoana na década de 1930.
Como os proprietários alegam que não possuem condições de reformar o imóvel, e tendo em vista que não há notícia de que o poder público municipal estivesse interessado em realizar alguma medida para preservar tal patrimônio, o jornal O NORTE FLUMINENSE, através de seu diretor, Gino Martins Borges Bastos, resolveu realizar um contrato com os proprietários do prédio objetivando impedir que este rico patrimônio se perca.
Rui Lima Garcia |
A assinatura do contrato foi realizada ontem, em uma solenidade que contou com o cerimonialista o jornalista e locutor Jailton da Penha.
Estiveram presentes ao ato Tarcísio Antônio Gomes de Oliveira, Roberto Cavichini Salim, Isaac Velasco de Souza e André Luiz de Oliveira.
Contrato fará com que o prédio que pertenceu ao libanês Elias Melhin Chalhoub seja preservado |
12 de setembro de 2014
Prédio histórico não corre mais o risco de desabamento
Jacira Barroso de Oliveira: "Um povo sem passado é um povo sem história" |
Quando O Norte Fluminense registrava os trabalhos de preservação do prédio histórico que está localizado na rua Buarque de Nazareth, a sra. Jacira Barroso de Oliveira indagou: "Vocês estão realizando esta obra de preservação deste prédio?". Diante da resposta positiva, ela afirmou: " Que Deus os abençoe por preservar este prédio histórico. Quando eu era criança, meu pai Mário Barroso costumava me trazer na parte inferior do prédio, já que ele era amigo do sr. Alexandre, que administrava uma oficina de conserto de bicicletas. Eu sempre achei lindo este prédio e, certa vez, perguntei ao meu pai como eles conseguiam fazer as flores da fachada. Meu pai respondia que era obra de estucador, um especialista", explica.
Jacira prossegue: "O primeiro prefeito de Bom Jesus, Zezé Borges, foi padrinho do casamento de meus pais ( Mário Barroso e Maria Gomes Marques). Nasci em Iuru, distrito de Apiacá (ES), mas fui criada em Bom Jesus do Itabapoana, que é a melhor cidade do mundo. Aqui é um paraíso. O povo daqui é educado e gentil. Após viver no Rio de Janeiro e criar meus filhos, estou retornando a Bom Jesus, que merece o nome que tem. E estou feliz com a preservação deste prédio, porque um povo sem passado é um povo sem história", finalizou.
Prédio que pertenceu ao libanês Elias Melhin Chalhoub, na década de 1930, não corre mais o risco de desabamento |
19 de setembro de 2014
TEM INÍCIO A RESTAURAÇÃO DA FACHADA DE PRÉDIO HISTÓRICO
Após as obras que impediram o desabamento do prédio histórico localizado na Rua Buarque de Nazareth, inicia-se a fase da restauração da fachada.
O prédio foi construído no início do século XX, com janelas gêmeas assemelhadas às do Castelinho do Flamengo e pertenceu ao libanês Elias Melhin Chalhoub, que veio para Bom Jesus do Itabapoana na década de 1930.
As obras que impediram o desabamento do prédio e a restauração da fachada estão sendo custeadas pelo jornal O Norte Fluminense, diante da iminência do desmoronamento do prédio, da impossibilidade dos proprietários em arcarem com os gastos, e levando-se em conta a inércia do poder público diante do seu dever de preservação do patrimônio histórico e cultural.
17 de outubro de 2014
UM ROSTO PARA UM NOME
Leonan Degli Esposti, Rui Lima Garcia, Reginaldo Teixeira Chalhoub, Acir Tinoco do Couto e Rosineia Maria da Silva do Canto: oferenda floral na Praça Amália Teixeira, em 17/10/2014
A Praça Amália Teixeira Chalhoub está localizada em área central de Bom Jesus do Itabapoana. Por ela passa a famosa rua Buarque de Nazareth, onde se instalaram os libaneses na década de 1930 e à qual estava direcionada a antiga ponte de madeira que unia o município às terras capixabas.
Na Praça Amália Teixeira está localizado, ainda, o prédio do Aero Clube, patrimônio cultural de nosso município e palco de grandes eventos.
O que a maioria das pessoas desconheceu ao longo dos anos, contudo, era informações sobre Amália. Quem foi ela? Como era sua fisionomia?
O livro "Roberto Silveira, a pedra e o fogo", de José Sérgio Rocha, nos informa que Amália foi professora do ex-governador Roberto Silveira. Foi ela, também, professora de dos dois outros irmãos do governador, o governador Badger Silveira e José Teixeira Silveira, o Zequinha, médico que fez exitosa carreira política no Paraná, antes do trio estudar no Colégio Rio Branco.
Por outro lado, as pesquisas para se obter a história do prédio localizado na rua Buarque de Nazareth, que foi objeto de obras de preservação e restauro por parte do jornal O Norte Fluminense, nos meses de setembro e outubro de 2014, acabaram levando a reportagem a Reginaldo Teixeira Chalhoub, filho de Amália Teixeira Chalhoub.
O prédio onde nasceu Amália Teixeira, preservado e restaurado por Norte Fluminense
Graças a ele, ficamos sabendo que foi neste prédio, construído pelo capitão João Manoel Teixeira, pai de Amália, na década de 1920, onde a mesma nasceu. E que o capitão construiu outro prédio, na Praça que levou o nome de sua filha, para que Amália estabelecesse sua escola, na parte superior do prédio. Foi ali onde estudaram os irmãos Roberto, Badger e José Teixeira Silveira.
A escola da professora Amália Teixeira Chalhoub funcionou na parte alta do prédio construído pelo capitão João Manoel Teixeira
Reginaldo cedeu, então, à nossa reportagem, a tão esperada foto de Amália Teixeira Chalhoub.
Finalmente, um rosto para um grande nome.
Leonan Degli Esposti, Rui Lima Garcia, Reginaldo Teixeira Chalhoub, Acir Tinoco do Couto e Rosineia Maria da Silva do Canto: oferenda floral na Praça Amália Teixeira, em 17/10/2014 |
A Praça Amália Teixeira Chalhoub está localizada em área central de Bom Jesus do Itabapoana. Por ela passa a famosa rua Buarque de Nazareth, onde se instalaram os libaneses na década de 1930 e à qual estava direcionada a antiga ponte de madeira que unia o município às terras capixabas.
Na Praça Amália Teixeira está localizado, ainda, o prédio do Aero Clube, patrimônio cultural de nosso município e palco de grandes eventos.
O que a maioria das pessoas desconheceu ao longo dos anos, contudo, era informações sobre Amália. Quem foi ela? Como era sua fisionomia?
O livro "Roberto Silveira, a pedra e o fogo", de José Sérgio Rocha, nos informa que Amália foi professora do ex-governador Roberto Silveira. Foi ela, também, professora de dos dois outros irmãos do governador, o governador Badger Silveira e José Teixeira Silveira, o Zequinha, médico que fez exitosa carreira política no Paraná, antes do trio estudar no Colégio Rio Branco.
Por outro lado, as pesquisas para se obter a história do prédio localizado na rua Buarque de Nazareth, que foi objeto de obras de preservação e restauro por parte do jornal O Norte Fluminense, nos meses de setembro e outubro de 2014, acabaram levando a reportagem a Reginaldo Teixeira Chalhoub, filho de Amália Teixeira Chalhoub.
O prédio onde nasceu Amália Teixeira, preservado e restaurado por Norte Fluminense |
Graças a ele, ficamos sabendo que foi neste prédio, construído pelo capitão João Manoel Teixeira, pai de Amália, na década de 1920, onde a mesma nasceu. E que o capitão construiu outro prédio, na Praça que levou o nome de sua filha, para que Amália estabelecesse sua escola, na parte superior do prédio. Foi ali onde estudaram os irmãos Roberto, Badger e José Teixeira Silveira.
A escola da professora Amália Teixeira Chalhoub funcionou na parte alta do prédio construído pelo capitão João Manoel Teixeira |
Reginaldo cedeu, então, à nossa reportagem, a tão esperada foto de Amália Teixeira Chalhoub.
Finalmente, um rosto para um grande nome.
17 de outubro de 2014
Capitão João Manoel Teixeira e família
Ele foi farmacêutico numa época em que Bom Jesus do Itabapoana contava com apenas dois médicos: Dr. José Vieira Seródio e Dr. Colombino Teixeira Siqueira.
O Capitão João Manoel Teixeira construiu dois prédios.O primeiro foi o que acabou de ser restaurado e serviu de sua residência. O segundo é o que se encontra contíguo a este e onde foi estabelecida uma escola para ser administrada por sua filha, Amália Teixeira Chalhoub, que lecionou para o ex-governador Roberto Silveira.
Em 1938, Amália Teixeira casou-se com o libanês Elias Melhim Chalhoub. Com o falecimento de Amália em 1940, o prédio passou a pertencer ao viúvo.
O Capitão João Manoel Teixeira era considerado "o maior amigo da pobreza", uma vez que atendia prontamente a todos que o procuravam quando se encontravam em situação de aflição.
O NORTE FLUMINENSE, ao impedir o iminente desabamento de parte do prédio e promover o restauro da fachada do mesmo, deu sua contribuição para a preservação de nossa rica história.
Bom Jesus do Itabapoana, 17 de outubro de 2014
GINO MARTINS BORGES BASTOS
Diretor de O Norte Fluminense
Do blog do Jailton da Penha
http://jailtondapenha.blogspot.com.br/
O EX-PROPRIETÁRIO E ATUAL COLOCAM FLORES EM HOMENAGEM À PROFESSORA AMÁLIA TEIXEIRA CHALHOUB.
OS ATUAIS E EX-PROPRIETÁRIOS DO PRÉDIO RESTAURADO.
OS PRESENTES PRESTIGIANDO O EVENTO
ERALDO REZENDE, MARGARETE MUSQUIM E ELMA CARDOSO.
OS PRESENTES PRESTIGIANDO O EVENTO
O VISUAL DO PRÉDIO RESTAURADO.
O PEDREIRO PAULO CESAR DUTRA DOMINGUES FALANDO EM NOME DA EQUIPE QUE FEZ O SERVIÇO NO PRÉDIO.
A PLACA DO CENTRO HISTÓRICO RESTAURADO PELO JORNAL O NORTE FLUMINENSE
Ele foi um farmacêutico numa época em que Bom Jesus do Itabapoana contava com apenas dois médicos: Dr.José Vieira Seródio e Dr. Colombino Teixeira Siqueira.
O capitão João Manoel Teixeira construiu dois prédios, sendo que em um foi estabelecido uma escola para ser administrada pela sua filha Amália Teixeira Chalhoub, que lecionou para o ex-governador Roberto Silveira.
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