Fiquei comovida e abalada com essa história, por mim totalmente desconhecida.
Como nunca tivemos, em família, a cultura da discriminação, nem de religião, de raças nem de poder aquisitivo, nada havia percebido.
Apenas sabia das dificuldades dos meus bisavós maternos italianos em se adaptar às más condições que lhes foram oferecidas ao chegarem, no Vale do Paraíba.
Na infância em Resende-RJ, tínhamos amigos japoneses, filhos de amigos dos meus pais. Com muitos casos engraçados envolvidos, muitas estórias do convívio.
Nada diferente das amizades com italianos, pretos, árabes, chineses, finlandeses e alemães. Estes três últimos, poucos na cidade.
Estarrecedor como ainda esse ranço discriminatório veio à tona pelas redes sociais...
Peço, tardiamente, em nome do país, desculpas a todos que foram feridos por qualquer tipo de preconceito, sentimento inadmissível, expressão da insensibilidade e da ignorância em não se conhecer o outro.
Peço desculpas não como brasileira, mas como simples ser humano.
Nas últimas décadas tive o privilégio de ter uma vizinhança maravilhosa, por ser São Paulo também multirracial.
Nossos vizinhos Teresa, Leonel, Antônio, Felicidade, Albertina, Menino filhos e netos, portugueses da Ilha da Madeira. D. Júlia, Paco, espanhóis, Bo Raiang e Ana, coreanos, Jandira, italiana, Alfredo (tipógrafo) alemão, Abel e Mercedes, afrodescendentes e os também muito queridos Julia e Antônio, japoneses, juntamente com seus descendentes, igualmente queridos. Até hoje um convívio harmonioso... Agradeço ao produtor do vídeo acima, que nos traz um momento incrível de reflexão, de o quanto se perdeu no tempo o convívio amistoso com tantas pessoas, trocas de amizade, conhecimento, ajuda, amor...
Saudade dos que já se foram e muito carinho para todos ainda próximos...
Ana.
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