quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

A morte do rio


Ernani Antônio Lepre Teixeira 





Vejo-te morrendo sem nada poder fazer
Merecendo explicações não para mim
Para as outras gerações sim
Estás sem limites obedecer

Tecnologia falando alto
Com supervisão de autoridades
Interesse e dinheiro aos saltos
Dispersando grandes facilidades

Olhando para o passado e presente
Tenho dúvidas para enxergar o futuro
Belo e rico rio não sais da minha mente
Que a mim me parece tão obscuro

Me doem alma e coração
Vê-lo sendo destruído
Não consigo conter a emoção
Tornando o meu peito dolorido

Nome da bacia, cidades proclamada
Cuidem deste famoso nome, que nasce no Caparaó
Preservem o berço de tantas vidas roubadas
Nesta luta não o deixe só

Ouro vindo da montanha
Encontrando-se com o mar
Itabapoana querido
É nosso dever preservar!




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário