sábado, 20 de abril de 2024

VÍDEO: Honra e Glória ao Instituto de Menores Roberto Silveira!


 
Ocorreu, na manhã deste dia 20 de abril, no Instituto de Menores Roberto Silveira, um memorável evento: a reinauguração da galeria de fotos dos ex-presidentes da entidade, com homenagem ao sr. Jorge Teixeira Azevedo e placas aos saudosos diretores Raul Pessoa Lopes e Dona Eliane Sales de Souza.

Destaque foi a presença do ex-aluno do Instituto, no setor da Marcenaria, sr. Luiz Carlos, hoje aposentado.
Sandra Helena de Faria Barbosa brilhou como cerimonialista.

Tratou-se de um acontecimento meritório e necessário, que promoveu o resgate dos heróis do Instituto de Menores Roberto Silveira e de Bom Jesus do Itabapoana.

A TV Alcance, de Isac Nascimento, realizou a cobertura da festividade.

O Instituto de Menores Roberto Silveira é presidido por André Luiz de Oliveira, que atua para o resgate da história da instituição, e tem como secretária a dinâmica Mirela Aparecida de Lima Curi.


Alcyr dos Reis Carvalho, Cláudia, David Augusto de Souza, Ismerie Sales de Souza Figueiredo, Gutemberg Sales de Souza, Gilda, Ivan de Souza, Isadora, 8, Clara, 9, e Diana, 5 e André Luiz de Oliveira 
 

André Luiz de Oliveira, o Sr. Luiz Carlos, ex-aluno de Marcenaria do Instituto, hoje aposentado, David Augusto de Souza, afilhado e ex-aluno do prof. Raul - filho de D. Eliane, que trabalhou com Raul na Instituição, também homenageada - e Tadeu Lopes de Oliveira




André Luiz de Oliveira, Zuleica Lopes de Oliveira, filha do sr. Raul, Tadeu Lopes de Oliveira, 
Zina Pessoa Lopes, filha do sr. Raul, e
Viviane Lopes de Oliveira 



Ademir Monteiro da Silva acumulou a presidência do Instituto de Menores Roberto Silveira e do Centro Popular Pro-Melhoramentos por 8 meses, em 2010


José Tebet Filho, Ana Maria de Lima Curi, supervisora 
 de merenda, quando 
Dona Eliane Sales era diretora, e 
Mirela Aparecida de Lima Curi, atual secretária.
O saudoso José Tebet Curi foi presidente do Instituto por dois períodos 
 


 Celso Ferreira de Almeida, presidente do Instituto de Menores Roberto Silveira, nos períodos de 
2010- 2012 e 2017- 2020 e 
 Rubens Soares de Oliveira,
tesoureiro nos mesmos períodos 


Isac Nascimento, da TV Alcance, e David Augusto de Souza, Procurador do Estado do Espírito Santo, filho da eterna Eliane do Instituto 

Isac Nascimento 

Tadeu Lopes de Oliveira e Sandra Bulhões 

Sandra Bulhões, a cerimonialista 

Badger Silveira representou o ex-governador Roberto Silveira, seu primo


André Luiz de Oliveira e Sandra Bulhões 

Celso Ferreira, André Luiz de Oliveira e Mirela Aparecida de Lima Curi

André Luiz de Oliveira e Ademir Monteiro da Silva





David Augusto de Souza



André Luiz de Oliveira 






















Eliane do Instituto 

Minervina Teixeira de Oliveira





Não era Eliane Sales de Souza, não era Eliane Sales, nem Eliane Souza. Não era Eliane do Lia Márcia, nem Eliane do Ivã e nem mãe de Ismérie, Davi e Guto. Era Eliane do Instituto, sabe o Instituto de Menores, instituição que por anos a fio sob a direção dessa mulher guerreira cuidou de crianças e adolescentes carentes. 

Eliane do Instituto, não sei exatamente quantos anos dedicou a essa nobre missão. Sei que aos 15 anos já estava no Instituto, como ela contava. Imagino que trabalhou ali aproximadamente uns 40 anos. Tive a rica oportunidade de ser professora do Instituto de Menores por 05 anos e ali iniciou a nossa amizade que estendeu até quando Deus a chamou.

Eliane, do Instituto, uma figura ímpar, atípica no pensar, no sentir, no agir, com hábitos e costumes peculiares. Estilo próprio de vida, maneira de vestir, de viver e conviver. Uma pessoa extrovertida, comunicativa, humorista crítica na essência, fazia de uma tragédia, uma peça teatral. Medo?! Nunca teve! Ousadia, irreverência?! Nunca lhe faltaram! Convenções sociais nunca fizeram parte de sua vida. Posição social, pódio nunca almejou; diálogo, democracia nunca foi adepta. Porém, era dela, alegria de servir, lealdade, caráter, determinação, inteligência, criatividade e, principalmente, amor ao próximo, sua marca registrada. 

Eliane, minha amiga, poderia falar muito desse seu jeito, passaria tempo escrevendo sobre suas qualidades, sobre a mãe Eliane (cada tirada... kkkk), a linda família que formou e o orgulho que tinha desses filhos. Poderia falar da nossa amizade, quanta história vivida, quantas alegrias, gargalhadas, episódios fatídicos. Sou grata a Deus pelo que vivemos, grata por essa amiga de tantos anos (quase uma irmã). Mas, não quero falar sobre isso nesse momento de sua partida. Gostaria de falar apenas da Eliane do Instituto.

Eliane do Instituto, uma mulher com defeitos como todas nós mulheres, mas com qualidades de poucos seres humanos. Uma mulher que dedicou sua vida ao Instituto de Menores e a nossa comunidade. Fez do Instituto a sua casa e lá morava. Chegava bem cedo, ainda antes das 7h da manhã, por lá almoçava e voltava por volta das 17h30min, era diretora, psicóloga, advogada, médica, juíza e mãe. Defendia de “unhas e dentes” o que acreditava diante do Governador, do Prefeito, do Juiz e do Presidente. Em defesa de seu alunos, “filhos” era capaz de qualquer sacrifício, desde enfrentar as autoridades, até plantar a roça de arroz e feijão lá em Rosal para matar a fome de suas crianças (época que nem existiam programas sociais).

Eliane do instituto, nunca se interessou pela literatura pedagógica, porém era uma pedagoga inata, especialista em pedagogia do amor. Quando nem se falava em diversidade cultural da escola, Eliane respeitava e valorizava a cultura de seus alunos. Desfile escolar, na Festa de Agosto, apresentações festivas do Instituto de Menores... Nos anos 90, lá vinha o Michael Jackson, o Rei do Pop, em coreografias exuberantes apresentadas pelos seus meninos. Quando nem se usava a terminologia comunidade escolar e comunidade local, ela sabia muito bem o que era e sua abrangência, para ela sem limites. Conhecia todas as famílias de seus alunos, visitava as casas, providenciava a comida, o remédio, participava da briga do casal (não havia Lei Maria da Penha) ela mesma aplicava a sentença. Sempre presente nas festas, casamentos aniversário e também nos hospitais, nas delegacias, nos velórios e nos presídios. Andava no seu bairro e onde moravam seus alunos. Em noite fria, tirava a família desconhecida do relento da praça e abrigava em sua casa. A grávida rejeitada e abandonada pela família, pelas ruas vagava, ela a recolhia e o filho em sua casa nascia. (Assim mesmo, eu presenciei).

No domingo, após uma semana de exaustivo trabalho, ela fazia uma visita proposital no bairro, na casa dos amigos. Esse hábito fazia parte de sua rotina. A visita tinha objetivos bem definidos e em seguida estabelecia o plano de ação. O alvo da visita era sempre os amigos que estavam atravessando algum tipo de problema, como doença, crise financeira, conjugal e tantos outras. As providências eram tomadas imediatamente, ela conseguia articular pessoas, recursos e matar a fome, a sede, amenizar a dor da alma, o sofrimento alheio. 

Encerro com a citação de Padre Paulo Antônio Vieira “Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras.” . Eliane do Instituto, a mulher que falou ao coração de muitos, guardada em nossa memória pelo seu amor ao próximo.

                             
                                                                        24/04/2020




Raul Pessoa Lopes: o inesquecível diretor do Instituto de Menores Roberto Silveira

                  Lúcia Helena Lopes


Raul, a esposa Odete e a criança Lutero


Meu avô nasceu no dia 23 de janeiro de 1910. Casou-se com 19 anos, em 1929, com Odete Pessoa Lopes, e tiveram sete filhos: Zuma, Zilar, Zilda, Humberto (nasceram em Muriaé, o último faleceu com seis anos de idade). Nesse período, mudaram-se para Bom Jesus, onde nasceram Zuleica(BJN), Zina(BJI) e Adilson (Muriaé). Em 1958, a família se mudou para Muriaé com os filhos Zilda, Zuleica, Zina e Adilson. Zilar trabalhava fora e a Zuma casou-se. Raul começou a trabalhar no Instituto de Menores como jardineiro. Pouco a pouco, foi se revelando um funcionário de grande valor e de confiança, o que fez com que fosse crescendo nas funções administrativas. Raul chegou a morar, por um período, em uma das casas construídas no Instituto. O meu avô continuou em Bom Jesus do Itabapoana, trabalhando no Instituto de Menores Roberto Silveira, e passou a ser conhecido como o Professor Raul. Foi, também, maestro da banda do Instituto, e passou a ser um nome inesquecível, vinculado ao Instituto de Menores até se aposentar. Infelizmente, faleceu dia 9 de setembro de 1987, há 34 anos.



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