segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Imperdível: VIAGEM MUSICAL com José Antonio, dia 25 de setembro, às 19h, no ECLB

 


O Teatro Cinema Conchita de Moraes e a Orquestra Invisível da Esperança

 



Às quintas-feiras, quando o relógio marca seis da tarde, o velho Teatro Cinema Conchita de Moraes se enche de vida. Ali, a Escola de Música da Sociedade Musical da Usina Santa floresce sob a batuta do Maestro Alessandro Azevedo, e cada nota ecoa como promessa de futuro.

Os desafios são muitos: clarinetas que pedem conserto, saxofones que aguardam reparo, partituras que sonham com novos horizontes. Mas há também mãos estendidas, da comunidade, do presidente Betinho Milão, do jornal O Norte Fluminense, que sustentam o compasso da esperança.

E assim, entre dificuldades e coragem, a Sociedade Musical segue em frente. Mostra que a verdadeira sinfonia não nasce apenas dos instrumentos, mas da união dos corações que acreditam. É nessa harmonia de sonhos coletivos que a música resiste, renasce e se eterniza.



A Banca do Rodolfo

 


Na esquina viva da Tijuca, ergue-se um templo de papel e tinta: a Banca do Rodolfo.

Não é apenas banca, é ponto de encontro, farol de culturas que se cruzam e se reconhecem. Ali, o jornal O Norte Fluminense, de nosso município, encontrou abrigo, graças à amizade fiel de Francisco Amaro Borba Gonçalves, açoriano de raiz, bonjesuense de coração.

E assim, cariocas que ali passam e folheiam páginas, descobrem mais que notícias: descobrem memórias, histórias, a alma de um povo que respira entre montanhas e rios, mas que também ecoa no coração do Rio de Janeiro.

A Banca do Rodolfo é prestígio e tradição. É palco de culturas irmãs, açoriana e italiana, que se entrelaçam como vozes em coro.

Francisco Amaro, esse eterno construtor de pontes, une Bom Jesus do Itabapoana ao Rio, Açores ao Brasil, Itália ao Atlântico. Sua missão é clara: cultivar a união dos povos pelo gesto simples e grandioso da cultura.

Na banca florescem sonhos. Entre páginas abertas, semeiam-se esperanças.

O jornal O Norte Fluminense saúda Rodolfo, Francisco Amaro e todos os leitores que ali fazem da leitura um ato de comunhão.

Celebramos juntos um mundo mais culto, mais humano, mais próximo do amanhã que desejamos.



 

Os encantos da Baixa de Coimbra, por Rosane Brandão


Ao passear pela Baixa de Coimbra, zona central e histórica da cidade, em Portugal, entre fachadas antigas e calçadas gastas pelo tempo, há um encanto que se revela de forma inesperada.

Ali, quase sempre no mesmo recanto, está um músico português, discreto, mas atento ao mundo que passa.

Ao perceber que sou brasileira, o seu rosto ilumina-se com alegria. E, como por magia, os primeiros acordes de Roberto Carlos começam a soar.

A sanfona canta com doçura, e a melodia atravessa o Atlântico, trazendo-me lembranças do Brasil, da minha terra, dos afetos que ficaram lá.

Como eu gostava de parar ali...

De deixar que a música me embalasse, que Coimbra se tornasse ponte entre saudades e sorrisos.

Naquele instante, entre o fado e a ternura das ruas, sentia-me em casa.



Parabéns, Raul Travassos, O Arquiteto dos Sonhos

 


No palco invisível da vida, alguns homens não apenas caminham, mas deixam rastros de luz.

Raul Travassos é um desses raros artistas que souberam transformar o barro da existência em cenários de eternidade.

Do piano ao pincel, da psiquiatria às catedrais da televisão, sua obra se estende como um rio que abraça margens diversas, a música, a medicina, a cenografia, a fé.

Foi nos bastidores que sua magia se fez mais visível: em palcos de novelas que moldaram gerações, em espaços televisivos onde o Brasil inteiro se reconheceu.

Roque Santeiro, Terra Nostra, O Clone... nomes que habitam a memória coletiva e que carregam, silenciosamente, a assinatura de um cenógrafo que soube dar corpo à imaginação.

Mas não apenas na Globo se ergueram seus cenários: em Bom Jesus do Itabapoana, Raul plantou sementes de cultura, de solidariedade e de devoção. Da Feira da Providência às paredes da Capela de Nossa Senhora de Fátima erguida com fé, fez da arte também um gesto de entrega.

No dia 24 de setembro, celebramos não só o aniversário de um dos maiores cenógrafos do Brasil, mas a vida de um homem que uniu beleza e generosidade, luz e devoção.

Raul, teu palco é o mundo, tua obra é infinita, e tua vida é uma canção que ainda ressoa, como naquela distante “Apostasia” que já anunciava o futuro.

Parabéns, mestre dos cenários e dos sonhos.

Que tua história continue sendo o espetáculo que inspira, entre terra e céu, entre arte e eternidade.





Padre Mello e Francisco Borba: o mesmo amor



Diante do túmulo do Padre Antônio Francisco de Mello, na Capela do Divino Espírito Santo, Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, o açoriano Francisco Amaro Borba Gonçalves ajoelha-se em reverência: dois filhos dos Açores unidos pelo mesmo amor a Bom Jesus do Itabapoana


O que une dois açorianos, separados pelo tempo, mas ligados pela alma?

Um nasceu em 1863, na ilha de São Miguel. O outro, em 1954, na ilha Terceira. Entre eles, o Atlântico inteiro. E, ainda assim, o mesmo destino: Bom Jesus do Itabapoana.

O Padre Antônio Francisco de Mello chegou primeiro, trazendo no coração a fé, a poesia e a claridade da terra natal. Aqui, ergueu paredes de pedra e de palavra: construiu igreja, fundou jornais, deixou versos. Fez-se engenheiro, músico, agricultor, político, mas, sobretudo, fez-se bonjesuense. Seu campinho açoriano floresceu no meio do Noroeste Fluminense, e até hoje sua memória é pão repartido.

Quase um século depois, Francisco Amaro Borba Gonçalves repetiu o gesto. Também deixou os Açores e atravessou o mar, trazendo consigo a música, o sotaque e o afeto. Fez-se comerciante, poeta, cantor. Ingressou na Academia Bonjesuense de Letras, compôs canções para a cidade, ofereceu ao povo o mesmo dom da partilha.

Dois homens. Dois Franciscos. Dois açorianos que aprenderam a chamar Bom Jesus de casa. O padre, com sua batina gasta e voto de pobreza. O outro, com seu violão e sua alegria sem idade. Ambos, na verdade, missionários do mesmo ofício: semear cultura, fé e amor por uma terra que os acolheu como filhos.

No calendário da cidade, há duas datas que se tocam como prece: 29 de janeiro, aniversário do amigo Francisco Amaro; 13 de agosto, a memória do Padre Mello. E entre uma e outra, o que se celebra é o mesmo: o encontro das ilhas de bruma com a planície de café, da pedra vulcânica com o barro fluminense, da tradição com o futuro.

Bom Jesus do Itabapoana não os esquece, porque os dois, cada um a seu tempo, souberam esquecer-se de si mesmos para viver por ela.

E assim, no coração bonjesuense, Padre Mello e Francisco Borba permanecem como irmãos. Um no silêncio da história, outro no canto que ecoa. Dois açorianos, um só amor: Bom Jesus.




A Poesia do Barro e as Esculturas da Alma



Andreia Campos, e o Ateliê Dama do Barro: moldando sentimentos em formas eternas


O que une o Ateliê Dama do Barro, de Andréia Campos, e o Mestre Daniel de Lima, criador do ateliê Filhos do Barro?

Une-os a argila viva, esse pó de eternidade que guarda em si o mistério da criação: o barro de que somos feitos, o barro a que retornaremos.

O Mestre Daniel, em sua sabedoria, moldou no barro uma metáfora da vida: frágeis e divinos, transitórios e eternos. Fundou os Filhos do Barro como quem ergue um altar de poesia e esperança. Ali, com mãos generosas, não formou apenas peças, mas seres: filhos e filhas da argila, filhos do sonho, filhos da delicadeza.

E, entre esses filhos, estava Andréia. Aprendiz aplicada, bebeu da fonte do barro e transformou a matéria em canção. Hoje, já não apenas filha, tornou-se Dama do Barro: águia que abre as asas para além da oficina, para além da terra, alcançando os céus do mundo.

No bairro Cantagalo, em Rio das Ostras, cidade de mares e ventos, onde a poesia do litoral se mistura ao silêncio das ondas, Andréia ergueu seu ateliê. Ali, cada peça que nasce de suas mãos é poema concreto: pedaço de si mesma, fragmento de dor e de recomeço, gesto de amor transformado em forma.

Andréia conta sobre si: "me perco quando trabalho o barro, esse momento é lúdico pra mim... Me encontro e me perco... a peça nasce, nasce como um poema... Tudo de mim está ali, meus momentos, sentimentos... O fruir... Influir... Nasce o poema concreto... Um pedaço de mim...

Entre tantas dores, recomeços, sonhos... Surge então Dama do Barro... esse ateliê que me realiza plenamente..."

O barro que, em Daniel, era origem, em Andréia tornou-se voo. E como todo Mestre que se orgulha dos passos dos discípulos, Daniel reconhece na águia que parte a beleza de sua própria semente.

Ambos permanecem ligados pelo mesmo barro, pela mesma lição: do pó nascem flores, da argila se erguem sonhos. A Dama do Barro voa, mas leva consigo a marca do Mestre. E o Mestre sorri, porque sabe: sua obra é mais que barro. É vida.


























domingo, 21 de setembro de 2025

Reação ao assassinato de Kirk indica divisão irreversível nos EUA, aponta Dugin


Aleksandr Dugin diz que o episódio mostra que existem dois EUA atualmente, e entre eles há um a linha divisória irreversível.

A reação ao assassinato do ativista de direita Charlie Kirk indica uma divisão irreversível na sociedade norte-americana, que se encontra em um estado de "confronto severo", afirmou neste domingo (21) o filósofo russo Aleksandr Dugin, em entrevista à Sputnik.

Apoiador do presidente dos EUA, Donald Trump, Kirk, de 31 anos, foi morto a tiros em 10 de setembro, em um evento na Universidade de Utah Valley. Em sua trajetória, Kirk se opôs à ajuda à Ucrânia, chamando Vladimir Zelensky de "obstáculo à paz" e "fantoche da CIA". Ele também enfatizou que a Crimeia sempre fez parte da Rússia.

Dugin observa que um número sem precedentes de pessoas compareceu ao funeral de Kirk, incluindo todo o governo norte-americano liderado por Trump. "Toda os EUA, a [gestão] que atualmente está no poder, compareceu ao funeral de Charlie Kirk, a quem Trump chamava de seu filho político. Aquele que elegeu Trump, que insistiu em sua agenda, que superou seus oponentes e que agora é lembrado como um homem que foi uma figura simbólica."

"Esta é uma verdadeira divisão na sociedade norte-americana, onde há pessoas que se alegram com a morte e o assassinato de Charlie Kirk, que riem dele, que dizem: 'Pegue uma granada, fascista'. E que dizem que aqueles que defendem a identidade norte-americana, os valores cristãos, as tradições, a cultura, a identidade, todos estão sujeitos à destruição. Entre esses dois EUA hoje, existe uma linha divisória irreversível."

Segundo o filósofo, os presentes no funeral de Kirk no Arizona representam os "EUA profundo" pelo qual a maioria da população votou.

"Estes são os EUA em um momento decisivo para estabelecer seu próprio caminho completamente diferente, uma alternativa ao globalismo. Um EUA que podem renunciar à hegemonia global, mas que, em vez disso, encontrarão a si mesmos, seus valores, sua grandeza, sua glória, que foi simplesmente reduzida a nada pelas elites globalistas que efetivamente corromperam a outra metade do país", afirmou.

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CRIANÇAS DA RECHE ESCOLA VISITAM A ACEFE


Pequenos viajantes, grandes descobertas!


No dia 17, do corrente mês, a Associação Cultural e Educacional Flor de Esperança recebeu uma visita muito especial! As crianças da Creche Escola Professor Francisco Bastos Procópio embarcaram em uma verdadeira viagem pela história de Laje do Muriaé.

Conheceram a trajetória dos Três Josés, desbravadores do nosso município, e a emocionante história de José do Arrastado. Um dia de alegria, aprendizado e gratidão a todos que fizeram parte dessa visita!

Entre curiosidade, encantamento e muitas perguntas, nossos pequenos exploradores floresceram ainda mais este espaço que agora também é deles! Entre passos leves, corações atentos e na simplicidade da infância, plantaram flores de imaginação em cada canto com olhares curiosos que iluminam a história de Laje do Muriaé. Encerramos a visita com muita animação ao som da Turma do Balão Mágico (Superfantástico).

Agradecemos de coração aos professores que acompanharam nossos pequenos viajantes nesta visita guiada a ACEFE. A dedicação de vocês torna cada descoberta ainda mais especial!

A cultura vive e cresce quando compartilhada com os nossos pequenos.





MARIA BEATRIZ RECEBE PRÊMIO NORDESTE DE LITERATURA

 


A poetisa Maria Beatriz foi homenageada com Prêmio Nordeste de Literatura 2025, um reconhecimento de grande relevância cultural que celebra talentos que fortalecem a identidade, a memória e a diversidade literária do nosso país.

A conquista representa não apenas a valorização de uma trajetória literária marcada pela sensibilidade e compromisso com a palavra, mas também a exaltação da força criativa nordestina, que ecoa tradições, histórias e vozes plurais.

O Prêmio Nordeste de Literatura é um marco na cena cultural brasileira, e esta homenagem a Maria Beatriz reforça sua contribuição para a literatura contemporânea, inspirando novos leitores e escritores a acreditarem no poder transformador da arte da escrita.

Que essa conquista seja mais uma semente lançada no vasto campo da literatura, florescendo em novos caminhos e horizontes.




ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DO PRIMEIRO SEMESTRE




Encerramos o nosso primeiro semestre, na Associação Cultural e Educacional Flor de Esperança, com uma visita muito especial: recebemos os pesquisadores do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores da UERJ para um bate-papo cheio de histórias, afetos e descobertas. Falamos sobre a importância de preservar a memória, especialmente a dos imigrantes que ajudaram a construir nossa identidade e enriqueceram nossa cultura. Foi um momento de grande aprendizado e troca de saberes, fortalecendo ainda mais nossa missão de preservar, valorizar e difundir a memória e a cultura da nossa cidade.

Agradecemos em especial a Dra Julianna Costa, estendendo a nossa gratidão a toda a equipe de pesquisadores pela visita e a todos que vêm caminhando conosco nessa jornada cultural. Que o próximo semestre seja ainda mais rico em encontros, descobertas e memórias vivas!

"Os imigrantes trouxeram mais que malas, trouxeram histórias que hoje são nossas."



POSSE NA ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS, ARTES, CULTURA E HUMANIDADES

 


Com o coração cheio de gratidão, compartilho um momento marcante da minha jornada: No dia 01 de agosto, fui oficialmente diplomada e empossada como membro da AULACH - Academia Ubaense de Letras, Artes, Cultura e Humanidades, assumindo com honra à cadeira de nº 15, cujo patrono é Clara Francisca Gonçalves Pinheiro (Clara Nunes). A cerimônia foi um encontro de afetos, ideias e amor pela literatura um verdadeiro rito de compromisso com a cultura e a palavra escrita.

Este é um novo capítulo na minha trajetória, que agora faço parte de um seleto grupo de intelectuais e artistas comprometidos com o fomento à cultura e ao conhecimento e ao mesmo tempo é, celebração e responsabilidade. Sigo com entusiasmo para contribuir com os valores que movem a literatura, a memória e o pensamento. Agradeço imensamente a AULACH, aos confrades e confreiras, à minha família, aos amigos e a todos que estiveram presentes ou me acompanharam com carinho e palavras de incentivo.

 Maria Beatriz Silva, natural de Laje do Muriaé (RJ), nascida aos 13 de maio de 1962, Graduanda do Curso de Letras da UFF/CEDERJ - Polo Itaperuna (RJ), Graduanda do Curso de Pedagogia/ Estácio de Sá, Concluiu o curso de Habilitação Profissional de Magistério Para o 1º Grau em 1982 e Curso Técnico em Contabilidade. Funcionária pública há 42 anos, na área da saúde, exercendo, no momento, o cargo de Assessora de Secretaria. É poetisa, trovadora, Aldravista e ministra oficinas de poesia e incentivo a leitura. Dama de Honra da Obra Poética e Literária Brasileira, Dama Comendadora Pedagoga, Delegada Cultural, Assessora da Senadoria da Cultura pelo Estado do Rio de Janeiro, Membro do Conselho Estadual de Política Cultural RJ - 2016/2018, Membro Correspondente e fundador das Academias de Letras: de Búzios, São Pedro da Aldeia, dos Intelectuais e Escritores do Brasil em São Paulo, da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes Rio de Janeiro, Academia Ubaense de Letras, Artes, Cultura e Humanidades. Homenageada com o Prêmio Nordeste de Literatura pela Editora Mágico de Oz. Autora do livro Trovas ao Luar. Presidente da Associação Cultural e Educacional Flor de Esperança, Organizadora nacional do Circuito Cultural Arte Entre Povos, Membro do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa – Portugal. Teve seu projeto em Exposição no Museu Dom Diego Braga Portugal. Tem e-books publicados e hospedados em Portugal. Participações em várias Antologias, nacionais e internacionais. Detentora de vários títulos literários nacionais e internacionais pelos relevantes serviços prestados a Cultural e a Educação.