domingo, 22 de fevereiro de 2015

AGOSTINHO BOECHAT E IRACEMA SERÓDIO BOECHAT


Da Série Famílias Tradicionais

FAMÍLIAS TRADICIONAIS DE BOM JESUS DO ITABAPOANA







Agostinho Boechat nasceu na fazenda Novo Oriente, em 20 de julho de 1905, e é o único filho vivo de Norberto Emilio Boechat e Amélia Lemgruber Boechat, ambos descendentes dos imigrantes suíços que chegaram ao Brasil em 1819.

Criado na fazenda, aprendeu cedo a experimentar a luta do trabalhador do campo, principalmente no cultivo de café do qual era um apaixonado. Com cerca de 20 anos, mudou-se para Pirapetinga, então Vargem Alegre, de onde nunca mais saiu, tornando-se o líder comunitário e político que todos conhecem, tendo sido eleito, consecutivamente, por seis mandatos para a Câmara de Vereadores, sendo um dos que lutou para a elevação da vila à categoria de Distrito.


Casou-se em 1941, com Iracema Seródio Boechat, professora recentemente formada, filha de Laudelina Frias Seródio e Jacinto Vieira Seródio, este tendo chegado ao Brasil no princípio do século, proveniente da Ilha de São Miguel, território português, nos Açores. 

Ele, lutador intransigente e total pelos interesses de sua comunidade e ela, mestra inigualável , prepararia para a vida de várias gerações de pirapetinguenses, tendo também manifestado na luta política, ao lado do marido, e com sensibilidade rara marcou presença na sociedade acadêmica, tento publicado um livro de poemas, além de ter sido eleita para a Academia Bonjesuense de Letras.


Nunca se afastou de sua querida Pirapetinga e já com as limitações da idade ainda era senhor da Praça, onde se assentava diariamente e recebia a atenção e carinho de todos os seus conterrâneos.


O casal teve 4 filhos: Jacinto, professor, político e líder comunitário, à imagem do pai; Maria Lúcia, professora e advogada, também com atuação importante na comunidade Norberto e Agostinho, ambos médicos.


Agostinho e Iracema, após João Catarina, são a expressão mais vibrante da história de Pirapetinga, pelo exemplo de trabalho e pelo conjunto da obra realizada.


Faleceu no dia 18 de abril de 1999, aos 93 anos de idade.

(Do livro "Resgatando o Passado. Importante Documentário de Bom Jesus. Lembranças e Recordações", de Helton de Oliveira Almeida e João Batista Ferreira Borges, edição de 2000)

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