Ismélia Saad Silveira e a foto com Roberto Silveira |
No dia 19 de abril de 2014, em pleno sábado de Páscoa, o NORTE FLUMINENSE realizou entrevista
histórica com Ismélia Saad Silveira, a viúva do ex-governador Roberto
Silveira.
O local
da entrevista foi a bela residência, localizada na Praça Governador Portela, onde viveram os seus pais, o libanês Merhige Hanna
Saad e Alzira Sauma Saad, na década de 1950. Esse prédio foi sede do governo do
Estado nos anos de 1959 e 1960, pelo período de uma semana, por ocasião da
Festa de Agosto, quando o governador Roberto Silveira vinha a Bom Jesus do
Itabapoana trazendo toda a sua comitiva.
Foram
entrevistadas, ainda, as irmãs de Ismélia, Marian Saad Sauma e Maria
Cristina Saad Gomes, assim como Olga Borges Saad, falecida recentemente. Esta era viúva de José Antônio Saad.
A entrevista histórica foi publicada em três edições de O NORTE FLUMINENSE e está disponível no blog, nos seguintes endereços:
http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/07/entrevista-historica-com-viuva-do-ex_27.html
http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/11/entrevista-historica-com-viuva-do-ex_4.html
http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/07/entrevista-historica-com-viuva-do-ex_27.html
http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/11/entrevista-historica-com-viuva-do-ex_4.html
http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/11/entrevista-historica-com-viuva-do-ex.html
AS ENTREVISTAS COM MARIAN SAAD SAUMA, MARIA CRISTINA SAAD GOMES E OLGA BORGES SAAD
Seguem, agora, as entrevistas feitas, à época, com Marian Saad Sauma, Maria Cristina Saad Gomes e Olga Borges Saad.
Segundo
Marian, conhecida como Didinha, seu pai Merhige Hanna Saad nasceu no Líbano e
casou-se com Alzira Sauma Saad, oriunda de Santa Clara (MG), filha de
libaneses.
"Os libaneses procuravam conviverem entre si, o que
facilitava o matrimônio entre os descendentes. O
casamento de meus pais ocorreu em Tombos (MG), onde os pais de minha mãe residiam. Meu avô paterno se chamava José Sauma.
Meu pai era mascate e vendia mercadorias nas fazendas. Quando, contudo, veio para Bom
Jesus, estabeleceu um comércio, no local onde fica, hoje, a residência de Alda
Seródio", salienta.
Merhige
veio
a Bom Jesus por volta de 1906, e se estabeleceu primeiramente em
Matinada
(MG). Quando veio a Bom Jesus, se associou aos irmãos Karin, e Salim
Antônio.
Quirino é a forma abrasileirada de Karin. Dissolveram a sociedade e
Merhige dedicou-se à produção e comércio de café, que possuía nas
fazendas do Espírito Santo.
Marian
casou-se com Edmundo Sauma, em 1956, em Bom Jesus do Itabapoana, e possui três
filhos: Mônica, Simone e Renato. São 4 netos: Maria Antonia, Maria Clara, Maria
Carolina e Luís Edmundo.
Marian foi
a primeira rainha da Festa de Agosto de 1948. Com o dinheiro apurado, foi
possível que o Hospital São Vicente de Paulo adquirisse um aparelho de Raio X.
"Meu pai
amava Bom Jesus do Itabapoana. Sinto muita saudade dele. Era pai amoroso e marido exemplar.
Possuía uma visão extraordinária do mundo. Veio do Líbano analfabeto e, aqui,
esqueceu o idioma do Líbano. Ele só pensava no progresso de Bom Jesus do
Itabapoana. As pessoas sempre recorriam a ele quando necessitavam de auxílio e
ele nunca negava nada a ninguém".
Certa
vez, disseram a ele para fazer investimento no Rio de Janeiro. Meu pai
respondeu: "Eu invisto em Bom Jesus do Itabapoana, porque foi aqui que ganhei".
Merhige faleceu com 73 anos de idade, em 1973.
"Meu pai, certa vez, estava passando mal de saúde e resolvemos trazer um
médico de avião do Rio de Janeiro. Este médico recomendou a ida dele a
Niterói. Recuperou-se na casa de Ismélia. Papai ficou cerca de 3 meses até
receber alta.
Quando retornou a Bom Jesus, fez questão de ir ao Cine Monte Líbano e cumprimentar seus funcionários. Em seguida, foi até a sua casa e entregou um chinelo que trouxera de presente para a mamãe. Segurou-a, então, pela mão, e andou com ela em cada canto da casa. Ao final, ele disse à mamãe com emoção: '- É aqui que temos de ficar!". Em seguida, minha mãe foi preparar uma canja para ele. Papai foi tomar banho e, como de costume, não trancou a porta do banheiro. Passado algum tempo, mamãe chamou por ele, que não respondeu. Mamãe resolveu então entrar no banheiro e viu papai caído no chão, envolvido na toalha: ele teve um colapso cardíaco e faleceu. '.
Quando retornou a Bom Jesus, fez questão de ir ao Cine Monte Líbano e cumprimentar seus funcionários. Em seguida, foi até a sua casa e entregou um chinelo que trouxera de presente para a mamãe. Segurou-a, então, pela mão, e andou com ela em cada canto da casa. Ao final, ele disse à mamãe com emoção: '- É aqui que temos de ficar!". Em seguida, minha mãe foi preparar uma canja para ele. Papai foi tomar banho e, como de costume, não trancou a porta do banheiro. Passado algum tempo, mamãe chamou por ele, que não respondeu. Mamãe resolveu então entrar no banheiro e viu papai caído no chão, envolvido na toalha: ele teve um colapso cardíaco e faleceu. '.
Didinha revelou preocupação com o futuro de nosso município. Diz que escreveu carta para o governador Pezão, solicitando a criação de um
centro profissional para dar emprego aos jovens de Bom Jesus do Itabapoana.
"Sonho, por exemplo, com cursos profissionalizantes de bombeiros, eletricistas, de culinária, entre outros, para os
jovens bonjesuenses. Acho, ainda, que a quadra do Aero Clube deveria ser
destinada aos jovens, para que realizassem a prática de esportes", finaliza.
Maria Cristina foi professora do Colégio Estadual da Polícia Militar entre 1973 e 1981. Posteriormente, trabalhou no Colégio Estadual Joaquim Távora até o ano de 2006, quando se aposentou.
Foi casada com o desembargador Luís Roldão de Freitas, do TJ/RJ, já falecido, que era requisitado para ministrar palestras sobre Direito em várias partes do mundo. Acompanhou o marido em várias dessas viagens, inclusive Roma, Lisboa e Belgrado. Possui três filhos: Luís Roldão de Freitas Gomes, Procurador de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, casado com Beatriz Veiga de Freitas Gomes, Paulo Valério Saad de Freitas Gomes e Lívia Maria Saad de Freitas Gomes, casada com Claudio Daniel Domingues. Possui três netos: Daniel, Mariana e Maria Luiza.
MARIA
CRISTINA SAAD GOMES
Maria Cristina Saad Gomes e o antigo piano de calda alemão |
Maria Cristina foi professora do Colégio Estadual da Polícia Militar entre 1973 e 1981. Posteriormente, trabalhou no Colégio Estadual Joaquim Távora até o ano de 2006, quando se aposentou.
Foi casada com o desembargador Luís Roldão de Freitas, do TJ/RJ, já falecido, que era requisitado para ministrar palestras sobre Direito em várias partes do mundo. Acompanhou o marido em várias dessas viagens, inclusive Roma, Lisboa e Belgrado. Possui três filhos: Luís Roldão de Freitas Gomes, Procurador de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, casado com Beatriz Veiga de Freitas Gomes, Paulo Valério Saad de Freitas Gomes e Lívia Maria Saad de Freitas Gomes, casada com Claudio Daniel Domingues. Possui três netos: Daniel, Mariana e Maria Luiza.
Falecida recentemente, viúva
de José Antônio Saad, trabalhou por 12 anos no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói, ligado à FAN (Fundação Niteroiense de Artes). Foi ali que a nova geração da década de 1980, como Adriana Varejão, expôs suas obras e, posteriormente, foi consagrada internacionalmente. Aposentou-se trabalhando como coordenadora do Salão José Cândido de Carvalho, localizado no Ingá, em Niterói.
Foram 4
filhos: José Merhige, Ricardo José, Elizabeth Maria e Patrícia Maria, com oito netos e um bisneto.
Ela
nasceu na Fazenda Vista Alegre, em Bom Jesus do Norte (ES). Francisco
Pereira Borges, nascido na Barra do Pirapetinga, e Áurea da Silva Borges são seus pais.
Seu avô
paterno era Messias José Borges, irmão de Anacleto Borges e Ernesto Borges. Sua avó paterna se chamava Francisca Pereira Borges.
Os avós
maternos eram Amélia Moreira de Faria e Teófilo Pereira da Silva. Seu tio-avô era
Eurico Moreira, irmão de Amélia, importante fazendeiro da região.
Ela fez questão de destacar os genros: Carlos
Alexandre Baldaque Guimarães, diretor da Sulamerica; Eraldo
Márcio Gomes, engenheiro, casado com Elizabeth; Ellen
Franco,
de Bom Jesus do Itabapoana, casada com o empresário José Merhige e
Cristiane França, casada com o empresário Ricardo José.
Seguem outras imagens relativas à entrevista histórica
Preciosidade arquitetônica da Praça Governador Portela foi preservada por Merhige Hanna Saad |
Sala da residência de Merhige Hanna Saad e Alzira Sauma Saad |
Prédio inaugurado por Merhige Hanna Saad em 14 de agosto de 1950 possuía cinema com capacidade para cerca de mil pessoas
|
Marian Saad Sauma, Maria Cristina Saad Gomes,
Olga Borges Saad, André Luiz Ribeiro, Gino Martins Borges Bastos e Ismélia
Saad Silveira, viúva do governador Roberto Silveira: entrevista histórica para O NORTE FLUMINENSE, no dia 19 de abril de 2014
|
Sugestão:Que tal postar as histórias do Batistinha.
ResponderExcluirSugestão:Que tal postar as histórias do Batistinha.
ResponderExcluirEncontrei essa matéria e fiquei muito feliz! Minha mãe conviveu com essa família no passado e gostou muito de relembrar as histórias e fatos aqui relatados e ver as fotos das amigas do passado e da casa onde esteve por tantas vezes. Parabéns pela matéria!
ResponderExcluirEncontrei essa matéria e fiquei muito feliz! Minha mãe conviveu com essa família no passado e gostou muito de relembrar as histórias e fatos aqui relatados e ver as fotos das amigas do passado e da casa onde esteve por tantas vezes. Parabéns pela matéria!
ResponderExcluir