A praça Amaral Peixoto e a Vontade Política

A praça Amaral Peixoto hoje, à tarde: um problema que atravessa gestões 

A praça Amaral Peixoto, localizada no centro da cidade, está ladeada da Rodoviária, da Câmara dos Vereadores, do ponto de táxis e do Espaco Cultural Luciano Bastos (ECLB).

O fato de estar localizado ao lado da Rodoviária e do ponto de táxis, mencionado espaço público constitui também local de referência turística a quem chega à nossa cidade.

Toda praça é relevante à sociedade, por si mesma, pois valoriza o meio ambiente, civiliza e proporciona lazer aos cidadãos e aos turistas. Se ela possui referências históricas, seu valor se multiplica.

O português Manuel Gomes Alves, que veio a Bom Jesus do Itabapoana em 1842, juntamente com Antônio José da Silva Neném e Manuel da Silva Fernandes, estabeleceu seu humilde rancho onde está situado o ECLB. A 1ª igreja do município foi construída exatamente no largo de Santa Rita, dedicada a Santa Rita. Ela foi edificada por outro português, Francisco das Chagas de Oliveira França, entre 1852 e 1854.

Por outro lado, Amaral Peixoto foi o nome do interventor do estado do Rio de Janeiro que proclamou a nossa emancipação, que se consumou em 1º de janeiro de 1939.

Não obstante tudo isso, a praça vem sendo negligenciada há várias gestões.

E o "modus operandi" é sobejamente conhecido. A comunidade constata o acirramento do abandono da praça e denuncia o problema, como no presente caso. Em seguida, o poder público faz intervenção e toma algumas medidas. Passado algum tempo, tudo volta à situação de abandono de sempre.

Amanhã, o consagrado escultor Valdieri Martin estará em Bom Jesus do Itabapoana, no Espaço Cultural Cafézin, às 17h, para apresentar à sociedade, para discussão, um projeto de revitalização da praça Amaral Peixoto.

Trata-se de uma iniciativa louvável e digna de aplausos, por um profissional renomado, que realizou gratuitamente o projeto e se propõe a apresentá-lo à comunidade, através do Espaço Cultural Cafézin, mantido pelo genial Adilson Figueiredo 

O problema existe. Um projeto será apresentado como solução. Se o poder público municipal não concordar com o mesmo, que apresente outro. O que importa é a vontade política para resolver definitivamente o problema.

A vontade política haverá?