terça-feira, 2 de janeiro de 2024

2 de janeiro: os 124 anos do historiador FRANCISCO TEIXEIRA CAMARGO

  

O historiador Zico Camargo


O historiador Francisco Teixeira Camargo, conhecido como Zico Camargo, completaria hoje, dia 2 de janeiro, 124 anos de nascimento. 

Seu nome está marcado em nosso município não só pelo legado de sua grande obra "BOM JESUS DO ITABAPOANA", mas pelo exemplo  de família que constituiu, que também seguiu os passos do patriarca na devoção à história e à cultura musical, em especial a pianística.

Em 2012, sua filha, a saudosa musicista Georgina Teixeira Melo, a Dona Nina, concedeu entrevista histórica ao jornal O Norte Fluminense e falou sobre seu pai.

Segundo ela, foi, no ano de 1943, que Zico Camargo passou a exercer a função de "avaliador do Banco do Brasil", por sugestão de José Francisco, seu genro, ao então gerente Sebastião Guerra. Exerceu tal função até 1979, quando se aposentou.

Segundo dona Nina, que sempre relembrou do pai com grande carinho e admiração, "foi a partir daí que meu pai desenvolveu o dom de
escrever sobre Bom Jesus, uma vez que visitava muitos lugares e diversas fazendas". Ressaltou, contudo, que, desde criança, Zico Camargo manifestava o "interesse pelas letras e pelas palavras".

Foi através dessas atividades profissionais que Zico Camargo descobriu, por exemplo, a "história do Padre Preto" e o "esconderijo de escravos", no distrito de Calheiros.

Detalhe curioso, em sua atividade como avaliador do Banco do Brasil, segundo dona Nina, foi o fato de que, como seu pai sabia aplicar injeções, passou a ser comum que, ao visitar lugares longínquos, muitas pessoas solicitassem que ele fizesse a aplicação nas mesmas. Isso revela o espírito de promoção de ação social que norteava o historiador em sua vida.

A obra de Zico Camargo constitui um livro precioso, que demandou pesquisas a cartórios, prefeituras, bibliotecas, escolas e Igrejas, assim como entrevistas com pessoas idosas e autoridades.

Seu livro foi lançado, em primeira edição, no ano de 2005. A terceira edição contou com prefácio de sua filha, Dona Nina.

Consta na monumental obra um importante estudo sobre a genealogia das famílias tradicionais que formaram nosso município, onde mostra que, em Bom Jesus,  somos todos uma grande família.

É a partir desse parentesco de todas as gerações de bonjesuenses que o amor à nossa terra natal surge,  é celebrado e fortalecido a cada dia.

No dia 17 de agosto de 2019, na memorável Tenda Cultural Elcio Xavier, o Secretário de Cultura, Bob Flávio, prestou merecida homenagem a Zico Camargo.

Os familiares do homenageado se fizeram presentes, por ocasião da solenidade. A neta, Maria Bernadete Teixeira, na oportunidade, discorreu sobre a vida e o trabalho do grande historiador, informando sobre os inúmeros desafios enfrentados e superados por seu avô.

O grande pesquisador e historiador bonjesuense faleceu em 1987, deixando um legado extraordinário e uma imensa saudade.

Nesta data tão significativa para todos os bonjesuenses, nos alegramos por ter Zico Camargo em nossos pensamentos e em nosso coração.

É emocionante perceber a força de Zico Camargo e seu admirável legado, que estão sempre presente entre nós. 

O jornal O Norte Fluminense se irmana aos familiares do nosso historiador e à comunidade bonjesuense, nas comemorações desta data histórica: 

Viva Zico Camargo para sempre!



A saudosa Dona Nina, filha de Zico Camargo 



Familiares de Zico Camargo marcaram presença na homenagem ao grande historiador, em 2019, na memorável Tenda Cultural Elcio Xavier 
   

A monumental obra de Francisco Camargo Teixeira, o Zico Camargo 



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