O BOM DE BOM JESUS
(versos despretensiosos)
Helton de Oliveira Almeida |
Eu me lembro com saudade
da velha ponte de madeira
do nosso Itabapoana
interligando a fronteira.
Suas águas claras e limpas
permitindo nos banhar
saltando da velha ponte
e bem fundo mergulhar
Rua Buarque de Nazareth
também Rua da Estação
duas cidades ligava
mostrando a grande união
O Zé Mansur, o Zé Bastos
Daúde, Salim, Alexandre,
Abdo, Michel e Salomão
são do comércio a lembrança
dos velhos na direção
Na nossa cidade vizinha
muita coisa preocupava
com uma policia "panaca"
tinha que ser comportado
evitando bater de frente
com Oitocentos, Josias e Jararaca
Da charrete do Zebinho
aos velhos Ford vinte e nove
Nenelo, Rosa e Chiquinho
vou mostrando nesta história
Genaro com sua roleta
aos quitutes da Custódia
Rosa Branca e Recreio das Flores
com seus desfiles na praça
o
Olympico e o Progresso
mostrando no campo a raça
Na praça o nosso encontro
com a reunião de estudantes
dos passeios todas as noites
entre namoros e músicas
e os velhos alto-falantes
A nossa Lira Operária
em sua apresentação
a gente nunca esquece
o grande maestro Bastião
O nosso bom Hospital
com Jair e Anselmo Amil
fazendo de tudo um pouco
a boa causa serviu
A nossa Festa de Agosto
com visitantes queridos
nunca podemos esquecer
aqueles dias vividos
O imortal Pe. Mello
o que de melhor deixando
foi aquilo que nos legou
a obra: "Morrer Sonhando"
Da nossa Festa de Agosto
como primeira Rainha
da Colônia Libanesa
saiu a jovem Didinha
A primeira a suceder
foi Dilah Firmo Ferola
com sua meiga beleza
sem desfazer das demais
foi a grande realeza
Na prefeitura tivemos
como primeiro Prefeito
foi Alfredo Portugal
o candidato eleito
E como seu sucessor
pra um correto mandato
numa acirrada eleição
Gauthier foi empossado
Do Rio Branco, que saudade!
apesar da escravidão
enfrentar Dona Camita
juntamente com a Lenita
e o Rozendo de Vilão
Rua da Ilha e Laginha
era nossa opção
para matar uma aula
mas sempre com punição
O Cine São Geraldo
com baile de vesperal
tinha boa relação
Carlos Hirsch no violino
com a ajuda do Pedro Lino
antes de toda sessão
Para uma boa saúde
evitando a poluição
nunca se dispensava
a nossa água Brandão
O Aero Clube de antes
sem gravata, recusavam
com a falsa sociedade
de moças com vaidade
os "pés no chão" não
entravam
O nosso Tiro de Guerra
em matéria de instrução
era enfrentar a "brabeza"
com toda a "delicadeza"
de um Raul "Capitão"
Nossa grande diversão
de tudo que mais gostava
era a famosa "pelada"
que na rua se jogava
Hoje lembro com saudade
dos momentos de alegria
e confesso com tristeza:
"era feliz e não sabia!"
Linda! Como descreve bem uma época o Sr. Heltinho!
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