Gino Martins Borges Bastos |
Uma das imagens do meu tempo de infância, que me acompanham até hoje, se refere a de "seu" Eurico, um negro idoso e que andava com bengala, em decorrência de um AVC.
Minha, avó Vivaldina Bastos, depois que enviuvou, passou a morar com meus pais, na casa localizada em frente, na mesma rua 15 de Novembro.
Certo dia, apareceu em nossa casa o "seu" Eurico, que havia trabalhado para meu avô Olívio Bastos, e solicitou que pudesse morar numa habitação que havia na parte de trás da antiga casa.
O pedido de "seu" Eurico foi atendido. E, sempre quando eu ia pegar a fruta abil no quintal onde ficava a habitação, ele costumava se dirigir a mim, de maneira carinhosa, me chamando de "patrãozinho", o que me causava surpresa.
Sua voz meiga e sua imagem apontando a bengala para algum lugar, no meio de uma conversa, nunca saíram da minha memória.
Um dia, alguém veio e anunciou: " - 'seu' Eurico faleceu!".
A tristeza e a saudade começaram na minha infância.
"Seu" Eurico morreu, mas não se foi! Ele habita em meu coração e em minha mente, desde quando o conheci!
Que doce lembrança.👏👏👏👏👏👏
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