sábado, 16 de setembro de 2023

LUZES E ESCURIDÃO NO ENERGIA PARA LER

 


Luzes e escuridão marcaram o evento ENERGIA PARA LER, durante quatro dias promovido pela ENEL (Energia Nacional de Eletricidade), entre 10 e 13 de setembro.

A festa dos livros trazidos na praça Governador Portela, as homenagens às patronas Ana Maria Teixeira Baptista e Dra Nisia Campos, a apresentação do "Piano e Voz" com Pedro e Martha Salim, o Café Literário com os escritores Valdemira Pereira e Rony Sabóia, a capoeira com a agremiação do Mestre Matamba e as atividades com os alunos foram momentos de luz.

Quais os momentos de escuridão?

Em um movimento de grande envergadura como o ENERGIA PARA LER, cuja proposta é a de movimentar a literatura e a cultura locais, seria de esperar que os livros dos escritores bonjesuenses e bonjesuistas pudessem ser disponibilizados para o público. 

Ocorre que em nenhum dos estantes foi possível encontrar qualquer obra literária local.

Segundo o site energiaparaler.com, 

         "O ENERGIA PARA LER é um evento cultural e educativo que traz em seu escopo o estabelecimento de uma itinerância que dialogue com as peculiaridades locais dos municípios fluminenses, a fim de promover e estimular a regionalização da produção cultural, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais por meio da literatura e das manifestações artísticas."

O ENERGIA PARA LER poderia ter cumprido com seus objetivos. Bastaria promover, sem qualquer dificuldade, a reunião de livros de autores locais em seus estandes. Poderia, também, disponibilizar outros momentos para que mais escritores locais pudessem expor suas obras, além dos dois convidados. 

Em relação às culturas populares, o evento poderia tê-las dinamizado de modo mais adequado. A capoeira, arte praticada por três grupos importantes em nosso município, restou representada por apenas uma agremiação. 

Em relação às Folias de Reis, a situação foi pior. Não obstante o município conte com três folias, nenhuma delas se apresentou na praça Governador Portela. Segundo foi informado, na ocasião, isso teria ocorrido em decorrência da ausência de transporte.

Houve desencontros também na própria abertura. Marcada para ter início às 15h20min do dia 10 de setembro, a mesma teve de ser adiada para às 20h, por ausência de público. A mobilização da comunidade é tarefa dos organizadores e a mesma não ocorreu.

Os desencontros continuaram, e a exposição de livros, na praça, prevista, no cartaz, para ocorrer até o dia 13, foi finalizada no dia 12. 

Além disso, sem qualquer justificativa oficial, restaram canceladas as apresentações do pianista bonjesuense Luís Otávio Barreto e do carnavalesco carioca Milton Cunha.

Um projeto dessa envergadura, com 4 dias de duração, merecia uma organização à altura.


3 comentários:

  1. Ainda estou esperando a resposta do Sr. Prefeito, sobre o cancelamento. O que sabemos, por entre linhas, eh de extrema gravidade. Surge, ainda, outra pergunta: "Por que privilegiar um determinado seguimento, em detrimento de outro?!" Quais são os argumentos?! E logo nós, bonjesuenses, que tanto gostamos de cantar, com a voz de peito, "Oh, Bom Jesus, terra de hospitalidade..." Uma vergonha! É um absurdo que tenhamos de engolir essa afronta. Aliás, não engoliremos.

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  2. Estive no evento - inclusive na abertura (que não teve... foi adiada para a noite!). Triste pelos cancelamentos e para falta de divulgação!

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