A tarde de 15 de agosto vestiu-se de glória na Praça Governador Portela.
O desfile cívico-militar já havia cumprido seu cortejo de honra, quando o silêncio se abriu em reverência. Era a hora da música que sela a história.
A Lira 14 de Julho, de Rosal, ergueu seus clarinetes e trompetes como estandartes invisíveis. No sopro dos metais, parecia ecoar a voz de um povo. No compasso dos tambores, marchava o próprio coração de Bom Jesus.
Cada acorde era saudação.
Cada nota, memória.
E na cadência da banda, a cidade se via mais forte, mais unida, mais orgulhosa de si mesma.
Naquele instante, entre vozes e aplausos, não era apenas música que ecoava: era a certeza de que a tradição continua a pulsar, firme como hino que nunca se esquece.
A Lira 14 de Julho não apenas encerrou o desfile.
Ela coroou o 15 de agosto com o som da eternidade.
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