Na madrugada em que o silêncio deveria velar a memória, houve quem tentasse atear fogo ao nome gravado na 1ª placa biográfica de rua de Bom Jesus do Itabapoana, inaugurada no dia 10 de agosto de 2024, por ocasião da 2ª FLICbonjê, Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana. Não tentaram queimar apenas a placa, tentaram apagar um pedaço daquilo que somos.
É a rua que carrega Paulo Moreira, expedicionário bonjesuense, jovem que não voltou da 2ª Guerra Mundial senão na lembrança de seu povo. A placa com letras de história foi forjada com reverência, escrita por mãos do historiador José Francisco Melo Laurindo e honrada pelo sangue de família presente na solenidade, representada por Cláudio Moreira Pilar, sobrinho de Paulo Moreira.
Ainda que o fogo atingisse seu objetivo, ainda que fosse destrutivo, não consumiria aquilo que arde por dentro. A chama que tentaram acender contra a memória não encontrou combustível na indiferença. Ao contrário: reacendeu em nós a certeza de que a aldeia só existe porque seus heróis não se deixam esquecer.
Cada rua tem um destino. Esta, gravada com coragem, seguirá de pé. E cada passo sobre o calçamento lembrará que nenhum ataque é capaz de silenciar a grandeza dos que deram a vida por todos nós.
Que a placa permaneça, não como um objeto vulnerável, mas como símbolo de um povo que sabe: sua história, quando defendida com amor, é incombustível.
Vejam como foi a inauguração da 1ª placa biográfica de Bom Jesus do Itabapoana, no dia 10 de agosto de 2024.
Nenhum comentário:
Postar um comentário