Entre os fios que atravessam a rua, sustentando o céu com seu emaranhado invisível, havia um papelão suspenso. O vento o fazia oscilar, como se fosse um recado hesitante, entre o risco de se perder e a urgência de ser lido.
Foi ali, na Gonçalves da Silva, bem perto da Arca de Noé, ponto de encontro e de memória para tantos, aquele pedaço de papel destoava do concreto e do barulho dos motores.
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