sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Um ano de renascimento do Conchita e a III FLICbonjê

 

O aniversário de um ano da reinauguração do Teatro Cinema Conchita de Moraes, celebrado durante a III FLICbonjê (Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana), coincidiu com um fato extraordinário: a primeira apresentação da reativada Sociedade Musical da Usina Santa Maria, composta por jovens músicos sob a batuta do competente maestro Alessandro Azevedo.

O que se viu naquele dia memorável foi a reverberação da alegria e do orgulho de ser santa-mariense.

Quando o teto e as paredes do Conchita ruíram, muitos pensaram que o sonho havia terminado. No entanto, o impossível aconteceu, graças à liderança de Betinho Milão e à união dos santa-marienses, com o apoio de Gino Martins Borges Bastos, André Luiz de Oliveira e Rosane Brandão.

Ver o prédio reerguido e vivamente utilizado pela comunidade, assim como o renascimento da Sociedade Musical da Usina Santa Maria, é um acontecimento que pode até não ganhar manchetes na grande mídia, mas isso pouco importa. O que importa de verdade é o que se sente: corações santa-marienses enriquecidos pela força de seus próprios sonhos.

Eduardo Rosa, eterno guardião do Conchita, foi lembrado com carinho. Sentiu-se sua presença, tal como a do saudoso maestro Sebastião Vitorino de Sá, representado por seus filhos Maria de Lourdes Sá Andrade e Paulo César Vitorino de Sá. Também foi lembrado o maestro José Primo. 

A emoção se fez ainda mais presente na saudade recente de Regina Maria Aparecida da Silva Souza (Duinha), esposa do vice-presidente do Conchita, Luiz Carlos Robiana. Ela foi homenageada com camisetas estampando sua imagem e a frase: "Saudades Eternas. Te amamos para sempre". Vilma Margareth Batista Pereira, filha de Sebastião Tavares Batista Pereira, também foi lembrada com um minuto de silêncio.

As saudades receberam homenagens com certificados entregues por Betinho Milão, presidente do Conchita de Moraes. Lembranças que permanecem vivas. Também foram homenageados os jovens músicos, seus familiares e todos que apoiaram a reconstrução da Sociedade Musical da Usina Santa Maria. Mereceram homenagens também os dirigentes do Conchita que zelam pelo espaço como cuidam dos filhos: Eva Rosângela da Silva Beral, Paulo Cesar Vitorino, Luiz Carlos Robaina e Adenilson Marinato Torres.

Mereceram homenagens ainda os que se dedicaram à organização da linda festa: Rosane Brandão, Eli Monteiro da Silva, Josilane Veniali de Oliveira Pereira, e Denis Lauro Possidônio.

Igual homenagem receberam as cozinheiras Silvia Helena Martinsn e Tanea Márcia de Jesus. Na sobremesa atuaram Maria de Lourdes de Sá Andrade, Juliana Ferreira da Silva Cerqueira, sobremesa, Adriana Ferreira, Olgani da Silva Possidônio, e Jô Doces.

Assim é a comunidade santa-mariense: resiliente em suas dores. unida, solidária e vibrante em suas alegrias.

Entre os ilustres presentes, estavam: Clério José Borges de Sant Anna, presidente da ACLAPTCTC; Alessandra Ribeiro de Abreu, organizadora da III FLICbonjê, seu pai José Carlos Borges de Abreu; os acadêmicos Zenaide Emília Thomes Borges e Luciano Máximo (presidente da Academia Linharense de Letras); Marcela Guimarães Neves, da Academia de Letras Jurídicas do Estado do Espírito Santo; Dr. Pedro Antônio de Souza, fundador da Academia Maria Antonieta Tatagiba; Francisco Amaro Borba Gonçalves, escritor e memorialista dos Açores; Valéria Fernande, escritora de Juiz de Fora; Dilma Yara, da Academia de Letras de Casimiro de Abreu; o cantor José Antônio Alvarenga Borges, André Luiz de Oliveira, presidente do Instituto de Menores Roberto Silveira; as memorialistas Cristina Borges, Cláudia Borges Bastos e Paula Borges Bastos; além de José Geraldo Morais, Secretário Municipal de Cultura, Turismo e Urbanismo de Bom Jesus do Itabapoana, que apoiou o evento juntamente com Mônica de Fátima Boechat Amil, Secretária de Educação e o prefeito Paulo Sérgio Cyrillo. Fabio Silva, do serviço de Comunicação Social da prefeitura, que atuou como cerimonialista. Isac Nascimento e seu filho Kayo Nicolas, da TV Alcance, que promoveram os registros históricos.

Neste dia grandioso, brilhou a jovem artista Brenda Alessandra, integrante do grupo GOTTA (Grupo Oficina de Textos Terra da Alegria), de Campos dos Goytacazes, dirigido por Simone Jardim. Com sua presença delicada e vibrante, Brenda encantou a todos, representando a semente de uma nova geração, que desabrocha em silêncio nas terras da aldeia.

O dedilhar sensível do pianista Luis Otávio Barreto, com sua arte viva, pulsante, emocionou todos os corações, trazendo o sentimento de que é possível construir uma sociedade culta e humanizada. Os acordes dos jovens músicos da Sociedade Musical da Usina Santa Maria fizeram, por outro lado, o público sorrir em silêncio, como quem contempla a aurora de uma nova era e reconhece a eternidade contida no instante.

O que parecia impossível há alguns anos agora se concretizava diante dos olhos que acompanharam a longa trajetória do Conchita. E o milagre se deu – como sempre acontece – quando corações puros, mentes visionárias e mãos firmes se unem em nome do presente e do futuro.

Uma delicada homenagem promovida por Betinho Milão e Rosane Brandão, com a concordância dos santa-marienses, resultou no descerramento de uma placa que nomeou o espaço cênico como Palco Dr. Gino Bastos. Isac Nascimento conduziu as intensas palavras da homenagem, que emocionaram Gino. Surpresas sinceras têm essa rara capacidade: nascem no coração e florescem no olhar.

Ao final da celebração, todos se reuniram na casa de Betinho Milão, onde compartilharam um saboroso almoço, em uma confraternização de afetos e sonhos.

A III FLICbonjê concluiu oficialmente sua programação ali, no Teatro Cinema Conchita de Moraes. Mas a impressão que ficou é de que tudo continua, como uma chama acesa dentro da Usina Santa Maria: casa feita de lutas, sonhos e amor por Santa Maria, por Bom Jesus do Itabapoana e pelo mundo.



























































































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