domingo, 1 de dezembro de 2013


A GUERRA DA INTRIGA (OU DE CANUDOS), de TARCÍSIO BORGES,  é aclamado no ECLB


Tarcísio Borges se desponta na literatura nacional


O bonjesuense Tarcísio Borges lançou, no ECLB, o romance histórico A GUERRA DE INTRIGA (OU DE CANUDOS), uma obra que revoluciona a concepção tradicional sobre os fatos ocorridos durante a conhecida Guerra de Canudos, no final do século XIX.


A Guerra da Intriga (ou de Canudos): obra revoluciona a concepão tradicional sobre o fato histórico

 O evento transcorreu com um produtivo bate-papo entre o autor e o público presente, que fez questão de adquirir a obra do bonjesuense. 

Ao final, Tarcísio Borges disse sentir-se realizado: " Impressionou-me a participação do público, e em especial dos jovens, com suas variadas perguntas. Tudo isso no ambiente do ECLB, que considero um poema", assinalou.







 







Claudia Bastos, diretora do ECLB, Tarcísio Borges, e Gino Bastos



O pianista bonjesuense Tadeu Almeida marcou presença, encantando o público com apresentação de músicas da época do episódio histórico.

O pianista bonjesuense Tadel Almeida apresentou músicas da época do conflito

 



 A GUERRA DA INTRIGA (OU DE CANUDOS) "É IMPACTANTE", DIZ CRÍTICA LITERÁRIA


A Guerra da Intriga (ou de Canudos), de Tarcísio Borges, é uma obra de ficção sobre o conflito que, no fim do século XIX, colocou frente a frente o exército brasileiro e os moradores da comunidade criada por Antônio Conselheiro, no interior da Bahia. A ideia de escrever o livro surgiu em 1997, quando o autor morava na Bahia. A Guerra da Intriga (ou de Canudos) é o segundo livro do escritor , autor também de Sem Defeitos.

O livro conta a história da Guerra de Canudos a partir da vida do comerciante Zé de Tonha. Além disso, o autor trata das quatro expedições a Canudos e das intrigas que levaram a um dos mais sangrentos conflitos da história do país – os boatos sobre a invasão de cidades vizinhas e de Salvador pelos seguidores de Antônio Conselheiro. A pressão dos coronéis por uma intervenção do governo; a atuação dos filhos desses homens, recém-chegados de Paris, como voluntários em Canudos, e a participação decisiva dos “heróis” da Guerra do Paraguai nas batalhas, são alguns dos destaques desse segundo livro escri to por Tarcísio Borges.
Para a professora Laeticia Jensen Eble, da Universidade de Brasília, responsável pela revisão do livro, A Guerra da Intriga (ou de Canudos) é impactante e permite uma análise profunda sobre episódios que aconteciam naquela época e continuam acontecendo ainda hoje. “O livro envolve pelo tema, pela perspectiva e pela habilidade narrativa. Revolver um caso como este permite também refletir sobre muita coisa que acontece ainda hoje, porque a ideologia e os preconceitos que vigoravam naquela época e que permitiram aquelas atrocidades ainda permanecem entranhados em nossa sociedade, sob a forma de racismo, hom ofobia e etc. O narrador não se ‘cola’ propriamente a nenhum personagem, e, no entanto, tem uma perspectiva bastante marcada por suas próprias reflexões críticas” – explica.

Para o escritor Ronaldo Cagiano, que assina o texto da orelha do livro, a narrativa de Tarcísio Borges permite desmantelar os (pre)conceitos que nortearam a opinião pública, a reboque das intenções ideológicas do governo e do oportunismo açodado de uma imprensa atrelada aos seus interesses. “Estava em jogo um projeto de nação que excluía justamente a grande massa de miseráveis representada por aqueles que se juntaram a Conselheiro nessa aventura, que nasceu de motivo fútil (um carregamento de madeira não entregue) e travestiu-se numa “revolução” que trazia seus ingredientes de nonsense e paranoia. Apesar da correlação de forças, o lado mais fraco seguiu sua sina pela manutenção de uma utopia irrealizável, confrontando a consciência positivista do poder constituído com a insanidade de um bando precar iamente armado tutelando a ideologia salvacionista de um líder carismático, que canalizou a revolta popular com certo grau de messianismo” – esclarece.


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