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lX Palavras, não num segundo Palavras
curtas compridas Palavras com sentimento
Não
faladas com afeto Tantas e tantas no mundo Faltando peso e medida E
quantas sem fundamento! Não
seguem caminho certo.
II
IX
Palavras de
muito amor Palavras há, sem sentido
Palavras de
muita esperança Palavras sem expressão
Umas de frio,
sem calor Não soam claro no ouvido
Sem terem paz,
aliança. Não
tocam no coração.
III X Palavras a doce criança Palavras boas, ou más
Se belas, seja qual dia Palavras com certo medo
São ternas, têm bonança Que dizem: sabe se lá!
Infiltradas de harmonia! Ao
ouvido, em segredo.
IV XI Palavras com coração Palavras apaixonadas Palavras
fundamentais São
palavras cativantes
Se, com três pedras na mão Nos
leitos, são adornadas
Machucam como punhais. Expressivas, dos amantes.
V
XII
Palavras que andam ao tempo Palavras balbuciadas
Algumas tão corriqueiras Ditas são na meninice
Correm ao sabor do vento Muita candura, mimadas
Sem nunca terem canseira. Recheadas de meiguice.
VI
XIII
Palavras vãs e sem nexo As palavras por sonantes
Remexidas, muito loucas Palavras pura amizade
E tantas cheiram a sexo
Da família, se distantes Não só ditas por jovens bocas. São ternura, de saudade!
VII
XIV
Há palavras que são puras Palavras seriam belas
Citadas pra gente amiga De um amor que muito quero
Sinceras, não de agruras Há
tanto espero por elas
Já outras, de pura intriga. Mas jamais eu, desespero!...
Novembro/20/02/2010 José Pais de Moura
P. S.– Esperei sim, hoje, não, não, / parou de vez,
seu coração! Jan./2017
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