sábado, 13 de dezembro de 2025

Mariana Almeida Moreno: o Som da Vitória; Estudante de Bom Jesus do Norte Conquista Destaque Estadual na Educação

 


Com cadernos abertos e sonhos que cabem no coração de uma criança, Mariana Almeida Moreno, de apenas 11 anos, escreveu um capítulo de orgulho para a educação de Bom Jesus do Norte. Aluna do 5º ano A da E.M.E.I.F. Minervina da Silva Araújo, ela conquistou o primeiro lugar no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo, destacando-se entre tantos estudantes do estado.

Filha de Cristiane Almeida da Silva e Thiago Moreno Ribeiro, Mariana carrega no olhar atento e na dedicação diária a prova de que o aprendizado floresce quando há incentivo, cuidado e esperança. Sua conquista ecoa além dos muros da escola, alcançando professores, colegas e toda a comunidade que acredita no poder transformador da educação.

Como reconhecimento, recebeu uma caixa de som portátil, prêmio simples, mas simbólico, capaz de embalar músicas, risos e novos sonhos. Afinal, o verdadeiro som que se espalha é o da vitória, da persistência e de um futuro que começa a ganhar forma desde cedo.



Quando mi Abbraci

 



"Bom Dia Vida!", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*" Bom Dia Vida ! Velho é quem não tem mais espírito de jovem..."*


Um dia me disseram que eu estava velho demais, para me divertir. 


E, eu muito serenamente, respondi: 


Ninguém é velho quando se tem espírito de jovem.  Pois a velhice está na mente e não no corpo... A vida não termina com o passar dos anos, ela termina quando os sonhos morrem dentro da gente. Porque aquele que não têm sonhos, não têm mais vida pra viver...aí, sim. É o fim...


*"Não sou velho... sou um semi-novo com garantia estendida."*


*" ✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

PARA TUDO HÁ SOLUÇÃO


Aparecido Raimundo de Souza

OS DOIS HOMENS, o senhor Alceu e o senhor Moacir, conversam na porta do galpão. O galpão é de propriedade do senhor Alceu, que aparentemente parece furioso.  

Senhor Alceu:  

— Só me responda uma pergunta, senhor Moacir  

Senhor Moacir:  

— Se estiver ao meu alcance...  

Senhor Alceu:  

— Estará, com certeza. O velho Euclides, me deu a cunha. Seu Assis passou nos cobres o machado, seu Jânio, foi na feira de domingo e trocou os quadros por batatas, cenouras, melancias e bananas. Aquele baixotinho... Diabo, como era mesmo o nome dele?  

Senhor Moacir:  

— O Pero Vaz?  

Senhor Alceu:  

— Esse mesmo. Nome mais desgraçado!  

Senhor Moacir:  

— O que tem o senhor Pero Vaz?  

Senhor Alceu:  

— Vendeu a caminha onde dormia para meu filho Bisoião  

Senhor Moacir:  

— E lhe deu o dinheiro, certamente?  

Senhor Alceu:  

— Não. Botou no bolso e deu linha à pipa. O Silvio, que parecia ser o mais responsável, fugiu pra Santos. O Fernando, sabino que só ele, anoiteceu e não amanheceu, o Paulo, outro sem vergonha, me deixou um coelho. Nem sei o que vou fazer com o pobre bichinho. E o Guimarães, quase bati nele. Deu uma rosa para minha esposa. Carinha safada, esse um... afinal, nessa confusão toda, seu Moacir, quem me pagará o aluguel aqui do galpão que eu liberei pra vocês?  

Senhor Moacir:  

— Seu Cristóvão.  

Senhor Alceu:  

— E posso saber com quê?  

Senhor Moacir:  

— Claro Senhor Alceu:  

— Então diga ai...  

Senhor Moacir:

— Co lombo.

"Pirapetinga celebra um Natal cantado entre museu, praça e memória", por Adalto Boechat Júnior


Noite de Cantata começa no coreto da praça e transforma Pirapetinga em canção

Ontem, em Pirapetinga de Bom Jesus, o Natal chegou antes da meia-noite. Chegou andando devagar pela praça, espalhando luz pelos galhos das árvores, subindo as escadarias do coreto e tomando assento no coração de cada morador. A Cantata de Natal, este ano vestida com o tema “Um conto de Natal na terra da agropecuária”, transformou a vila numa história viva, dessas que não precisam de livro, porque já moram na memória de quem esteve lá.

A música não ficou parada no coreto. Fez-se caminho: tocou o museu, atravessou a fazenda, circulou a praça e ainda acompanhou o cortejo da serenata que descia do conjunto habitacional como um rio de vozes. A vila parecia respirar música.

E, entre tantas alegrias, duas cintilaram mais forte: dona Neuza, nossa anciã querida, que havia passado por dias difíceis e hoje chegou sorrindo; e Felipe, a nossa “criança grande”, que não deixou por nada de seguir a serenata com o entusiasmo de quem sabe que a vida é mais bonita quando se caminha cantando.

No presépio, ergueram-se vozes em agradecimento ao Menino Jesus: pelas colheitas fartas, pela chuva que alimentou o gado, por mais um ano do nosso Museu da Imagem, guardião das histórias de um povo que ri, chora e permanece de pé. O museu, aniversariante da noite, ganhou bolo, parabéns e a emoção de quem sabe que preservar memória é também um ato de fé.

Vieram de Bom Jesus os jovens músicos da Escola JEMAJ, de Anízia Maria Pimentel, abrilhantando o encontro. E chegaram também, com seus versos que atravessam cidades, os consagrados trovadores da União Brasileira de Trovadores, Seção Itaperuna: Antônio Rosélio Nunes Pacheco (Gogó Pacheco), Jane Moreira Bauer e Maria Lúcia Spadarotto. Uma grande honra para a nossa vila.

Os jovens músicos de Bom Jesus e os consagrados trovadores de Itaperuna fizeram da pequena Pirapetinga um ponto luminoso no mapa da cultura, privilégio raro, desses que só os lugares com alma conseguem receber.

Os seresteiros que cantaram pelas ruas foram até os acamados da Vilazinha do Pirapetinga. A cantata foi até eles.

A Vilazinha do Pirapitinga é a minha cidade-poesia, essa cidade que mora no diminutivo, mas sonha no superlativo. Ontem, estava especialmente bela. Vestiu-se de festa para acolher seus filhos: os que ficaram, os que partiram, os que vivem longe, mas deixaram o coração escondido em alguma esquina de terra batida.

Nada ali foi obra de uma só mão. Cada detalhe, cada canto, cada sorriso foi tecido por muitas pessoas, como uma colcha comunitária feita de boa vontade. Até a minha casa virou cenário de Casa do Papai Noel, e, naquele instante, não era apenas um lar, era parte da história.

O céu, cúmplice, acendeu fogos que coloriram a noite, encantando adultos e crianças. E, enquanto a festa acontecia, lembrei-me do menino que já fui, que sonhava em ser Papai Noel, mas achava que não daria conta de estar em tantos lugares à meia-noite. “Sou lerdo”, pensava. Mal sabia eu que a verdadeira magia não está na velocidade, mas na capacidade de tocar vidas, coisa que hoje se faz, letra por letra.

Dizem por aí que “antigamente os natais eram melhores”. Mas será? Ou será que deixamos de fazer o que tornava aqueles natais tão especiais? Talvez o segredo esteja justamente nisso: na coragem de reunir a vila, de cantar pelas ruas, de levar música aos acamados, de transformar noites comuns em noites inesquecíveis.

Se um dia o Papai Noel resolver voltar a Pirapetinga, não virá de trenó. Chegará montado num cavalo ou num carro de boi, porque aqui os caminhos pedem passo manso, pedem poeira levantada, pedem tempo de contemplar.

E quando tudo terminou, ainda havia espaço para as “saideiras”: os seresteiros sentados, cantando baixinho, como quem fecha o livro de um dia perfeito com páginas cheias de alegria.

Foi uma noite gostosa, dessas que não se repetem, mas que se revivem sempre, quando alguém as transforma em poesia.

E ontem, Pirapetinga virou canção.


Adalto Boechat Júnior é pirapetinguense
































"Homenagem aos Aposentados", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem.


*"Homenagem aos Aposentados."*

“Hoje eu dedico o dia para agradecer a quem, com trabalho contribuiu para um presente mais digno, deixando o legado da ética, da competência e da garra. A vocês, queridos aposentados, meu muito obrigado pelos ensinamentos.”

Após uma vida inteira de lutas e superações, nada melhor para um idoso do que se aposentar e ter a tranquilidade de saber que todo mês você terá em sua conta um valor garantido para seu sustento.

Algumas pessoas se deprimem porque é a finalização de uma etapa; há uma despedida, queiramos ou não, de algo que teve uma importância, profissional ou mais que isso, pessoal, e é claro que também, financeira. Há um adeus e todo adeus é dolorido.

É HORA DE CONTEMPLAR. De ver, que tudo não foi em vão, que as sementes lançadas ao vento, produziram alimentos para o corpo, e para o espírito. É hora de se orgulhar, e de refletir... A sua contribuição, dia após dia, foi registrada no tempo, e nem mesmo o vento, poderá apaga-la. Peças encaixadas com maestria, no grande quebra-cabeça da vida, exposto a todos aqueles, que em algum dia também irão dizer: EU VENCI!!!”

“Amigo aposentado aproveite com muita alegria sua aposentadoria.”

Devemos continuar jovens e renovar a cada dia o sonho de um Brasil melhor e mais justo. Não percamos nunca nossa juventude. 

*"Parabéns aos aposentados do Brasil!"*

*" ✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

O Forno que Nasce das Lições do Mestre Artesão Daniel de Lima

A um artesão não basta a habilidade de moldar a figura no barro. Não basta o gesto paciente que afaga a argila e lhe empresta contornos de vida. Não. Para que a obra exista por completo, é preciso atravessar o fogo, o rito que amadurece a matéria e sela a vontade humana em forma duradoura.

A queima das figuras de barro, etapa decisiva no processo cerâmico, é o momento em que o frágil deixa de ser refém do acaso. Antes do forno, a peça ainda é barro: vulnerável, desmancha-se ao toque da água, parte-se com facilidade. No calor intenso, porém, reações químicas silenciosas transformam a argila em cerâmica, resistente e estável, capaz de atravessar décadas, às vezes séculos, como tantas peças arqueológicas que sobreviveram justamente porque conheceram o fogo.

É nesse instante que a forma se fixa, que o artista sela seu gesto. A chama também colore, textura e ilumina: cada temperatura, cada atmosfera de queima molda um destino visual, mais claro, mais escuro, vitrificado ou poroso. Por isso se diz que queimar é uma arte dentro da arte.

No Sítio El Shaday, em Casimiro de Abreu, essa ciência ancestral ganha novos contornos com Dona Ivanilda, uma das mais dedicadas alunas do Mestre Artesão Daniel de Lima. Ao lado do marido, ela ergue o forno com orientação do Mestre Daniel, que integrará seu futuro ateliê. Não é apenas uma estrutura de tijolos; é a porta simbólica de sua autonomia artística. Quando o fogo começar a trabalhar, suas peças poderão nascer completas, e, com elas, virão os visitantes, os curiosos, os turistas atraídos pela força discreta da cerâmica artesanal.

O apoio do marido torna-se alicerce, assim como as oficinas do Mestre Daniel de Lima, que têm reacendido vocações e alimentado sonhos. Ali, vários ateliês começam a despontar, ainda embrionários, mas firmes, como sementes lançadas na terra fértil da Fazenda Viscondi. Crescem no tempo do coração, no ritmo lento e preciso de quem cultiva tanto o solo quanto a própria expressão.

É uma revolução silenciosa: agricultores que também são artistas, artistas que não deixam de ser agricultores. No encontro entre a terra e o fogo, surge o grande legado do Mestre Daniel, um chamado para que o mundo volte a aprender com o simples, com o artesanal, com aquilo que nasce das mãos e da paciência.

Essa, talvez, seja a lição que ecoa para além das fronteiras de Casimiro de Abreu: a arte pode ser chama, pode ser barro, mas sempre será transformação.