sábado, 18 de outubro de 2025

Dra. Samira Vitório Menezes Seródio


 “Cada passo dessa caminhada tem sido moldado por desafios que me ensinaram, conquistas que me motivaram e escolhas que reforçaram o propósito de seguir em frente.

Não foi fácil, mas cada momento vivido trouxe lições que carrego comigo, fortalecendo a pessoa e a profissional que estou me tornando.” Agradeço a Deus pelo apoio e carinho que recebi de toda família e amigos nessa caminhada, tornando-a mais leve e na certeza da vitória.

Com o coração repleto de gratidão e alegria, venho lhe

convidar a celebrar a conquista de um grande sonho:

a minha Formatura em Medicina! 🩺💚Colação de Grau

📅 Data: 05 de dezembro de 2025

🕢 Horário: 19h30

📍 Local: Parque de Exposição Cavil

Bom Jesus do Itabapoana – RJ

Sua presença tornará esse momento ainda mais especial! 💫

Obs: Após a colação receberei meus convidados no nosso espaço localizado em Apiacá.

OS LANÇADORES DE PUAIA


 

Gino Martins Borges Bastos 

O amigo Alcyr Carvalho dos Reis, esse farol de ironia generosa e humor lapidado, amante confesso das boas conversas e das puaias bem lançadas. teve a fineza de sugerir-me o presente tema. Disse-me ele, com a costumeira elegância, que eu seria “o maior craque mundial na arte da puaia oficial, aquela que o agraciado sabe que é puaia, mas recebe como honraria e briga se alguém disser que é puaia”.

Atendo-o com prazer, pois quem lança puaia, se o faz com arte, não ofende: ilumina.

Se existe o lançador de dardos, o atirador de flores e o jogador de charme, existe também o lançador de puaia, espécie rara e preciosa no bioma bonjesuense da convivência.

A puaia é o comentário envolto em seda, o elogio que traz um leve travo de espelho, a piscadela travessa que revela mais do que diz. É o troféu do espírito leve, o confete verbal dos que pensam rápido demais para se ofenderem.

O verdadeiro sinal da inteligência bonjesuense, essa que mistura humor com percepção, ternura com malícia, está na arte sutil da puaia.

O lançador de puaia é um ser raro, híbrido de poeta e estrategista. Não fala por malícia, mas por precisão. Tem o olho clínico do observador e a pena leve do humorista. Lança sua puaia como quem lança uma flor no ringue, com graça, sem jamais perder a compostura.

A puaia oficial, essa que Alcyr tão bem identifica, é a obra-prima do gênero. É aquela que o agraciado sabe, lá no fundo da alma, que é puaia, mas a recebe como honraria. E, o que é mais notável, defende-se dela como quem defende um título de nobreza: “Quem ousa dizer que isso é puaia?!”

Eis aí o triunfo da arte: transformar o alvo em cúmplice, o gracejo em glória.

Há, porém, os aprendizes de puaia, que confundem ironia com grosseria, ou zombaria com espírito. Esses não são lançadores, são arremessadores. A puaia, quando mal lançada, volta como bumerangue e acerta o autor na testa da própria pretensão.

O verdadeiro mestre da puaia conhece a medida e o ritmo. Sabe que a puaia não se improvisa: amadurece como fruta de estação. E, quando vem, vem redonda, saborosa, impossível de resistir.

Nada mais verdadeiro, e mais perigoso, do que uma puaia oficial. Ela é um artefato de precisão: o autor lança-a com a serenidade de um diplomata e o sorriso de quem oferece uma medalha. O alvo, por sua vez, orgulha-se de tê-la recebido, ajeita o colarinho e passa a exibi-la como se fosse título de mérito.

O milagre da puaia é justamente esse: transformar o espinho em flor e o gracejo em distinção.

Mas nem todos os que falam com humor são lançadores de puaia. Há os que confundem ironia com grosseria e sarcasmo com espírito. Esses são, no máximo, arremessadores de pedrinhas.

A puaia verdadeira exige talento e tato, duas virtudes que raramente moram na mesma casa.

O verdadeiro lançador de puaia não destrói reputações; adorna-as com pequenas cintilações de vaidade e riso. Ele não ri de alguém, mas com alguém, e é nesse “com” que reside a diferença entre o humor e o veneno.

Há quem diga que a puaia é prima distante da pilhéria e sobrinha elegante da troça. Mas não.

A puaia é o haicai da malícia bonjesuense, curta, precisa e sempre com uma fragrância de gentileza.

Ela não se improvisa: amadurece na observação e nasce na hora exata em que o momento pede graça. O puaísta genuíno, se me permitem o neologismo, não força a cena. Apenas percebe o detalhe, dá-lhe um leve brilho verbal, e o mundo ri.

Na república informal dos bons espíritos, os lançadores de puaia ocupam lugar de honra. São eles que salvam as conversas do tédio e as solenidades do ridículo.

Um jantar sem puaia é como uma orquestra sem violino: há som, mas falta melodia.

E quem nunca foi alvo de uma boa puaia, dessas que fazem corar e rir ao mesmo tempo, ainda não viveu o ápice da convivência civilizada.

O que define um mestre da puaia não é apenas a língua afiada, mas a intenção benevolente. O lançador verdadeiro nunca busca humilhar; busca iluminar.

E, quando bem-sucedido, deixa o outro melhor do que estava, mais espirituoso, mais consciente de si e, quem sabe, até um pouco mais vaidoso da própria graça.

A puaia é, em última análise, uma forma de amor verbal.

Porque só se lança puaia a quem se estima.

E só entende uma puaia quem tem o coração suficientemente leve para rir de si mesmo.

Ser lançador de puaia é, afinal, exercer a mais difícil das virtudes humanas: rir com os outros, e não dos outros.

E se, por acaso, alguém disser que isto é puaia, que seja, porque, no fundo, é mesmo.




Parabéns, Drª Stephanie Rezende Alvarenga Moulin Mares, por seu dia!

 


Hoje, a médica bonjesuense Drª Stephanie Rezende Alvarenga Moulin Mares realizou sua primeira entrevista numa rádio! E no Dia do Médico, a convite da Sociedade São Vicente de Paulo!

Parabéns Dra Stephanie!






Feliz dia do médico!

 

Foto: Dário Gabriel


O Interior

 

Lincoln de Abreu Penna

        O federalismo foi o sistema político implantado pelos constituintes de 1891, quando o regime republicano foi implantado no Brasil. Convém lembrar que ao mandonismo local, mais conhecido pelo nome de coronelismo, acabou se impondo quando da denominada Proclamação da República. Até aí, a novidade consistia no reconhecimento de que as novas instituições políticas iriam dar protagonismo à cidadania, ou seja, à participação de indivíduos que não eram meros súditos do imperador.

         Houve quem preconizasse que esse sistema político tenderia a dar às cidades interioranas maior projeção e, quem sabe, mais assistência aos interioranos quase sem apoio algum até então. Passaram-se os tempos e o que vemos é a mesmice das autoridades responsáveis pela gestão pública dos estados federados, onde as capitais continuam a ser privilegiadas no aporte de recursos e nas ações públicas de seus governantes.

         O interior do estado do Rio de Janeiro, estado que teve a capital do Brasil e que após a unificação que integrou o então estado do Rio após a transferência da capital do distrito federal para Brasília, não só em nada se beneficiou como se mantém até hoje um primo pobre resistindo à concentração de poder econômico e dos recursos públicos destinados em maior parte à capital.

         O interior do estado do Rio de Janeiro tem história, tradição e um povo que merece mais atenção de governantes que têm passado na governança do estado. Conhecedor do interior, conheci bem Vassouras, cidade histórica do ciclo cafeeiro, hoje também um centro universitário, cidade na qual tive pessoalmente ocasião de trabalhar, assim como Itaperuna, onde participei de evento acadêmico, sem falar de Petrópolis e Teresópolis, região serrana que desfrutei desde a adolescência. E agora, mais recentemente, o contato indireto com Bom Jesus do Itabapoana.

        Nessa cidade do extremo norte do estado ainda não tive ainda ocasião de conhecer, mas que desde já conta com o meu afeto e apoio, sobretudo ao conhecer os responsáveis pelo jornal O Norte Fluminense e a bela reportagem relativa ao trabalho exemplar do amigo jornaleiro Rodolfo, no bairro da Tijuca onde moro.

         Como historiador e jornalista, costumo sempre que posso ressaltar o papel que exerce numa comunidade a imprensa. Sobretudo em se tratando de cidades do interior cuja importância deve ser ressaltada, pois tal como os órgãos do corpo precisam ser bem tratados. E num espaço representativo de um estado, o interior tem de ser visto como parte inalienável de uma comunidade de destino.


Lincoln de Abreu Penna

(Historiador e Jornalista)

A Banca do Rodolfo e os Laços da Leitura entre Bom Jesus e o Rio de Janeiro

 


No coração da Tijuca, entre o vai e vem apressado dos moradores, a Banca do Rodolfo tornou-se um ponto de encontro entre o interior e a capital. Desde que passou a oferecer o jornal O Norte Fluminense, de Bom Jesus do Itabapoana, os exemplares ganharam lugar certo nas mãos e no interesse dos leitores cariocas.

A aproximação nasceu de um gesto amigo: o açoriano Francisco Amaro Borba Gonçalves, bonjesuísta de alma e promotor dos laços culturais entre as regiões, foi o responsável por essa ponte simbólica. Graças a ele e ao acolhimento de Rodolfo, a banca transformou-se num pequeno centro de convivência literária, onde o papel ainda resiste, e as conversas sobre cultura encontram abrigo.

A recepção não tardou. O professor e historiador Lincoln Penna, doutor pela USP e conferencista honorário do Real Gabinete Português de Leitura, enviou uma mensagem que traduz o sentimento de muitos leitores:

“Como professor e historiador quero parabenizar O Norte Fluminense pela matéria alusiva ao amigo jornaleiro Rodolfo, que transformou sua banca de jornais na Tijuca num espaço de leitores ávidos de novidades. Rodolfo é um exemplo de como divulgar a literatura e a cultura livresca. Merece todo incentivo e aplauso.”

Dias depois, outra mensagem chegou, desta vez, do leitor Armando Verçosa, também morador do Rio de Janeiro:

“Gostaria de louvar a iniciativa da distribuição de um periódico do Norte Fluminense na capital. É uma forma de nos inteirarmos do que acontece numa região de tamanha importância para o estado e pouco noticiada. Também registro meu contentamento com o serviço prestado pela Banca do Rodolfo, uma das poucas na região e que ainda nos oferece uma livraria com excelentes exemplares.”

As palavras de Lincoln Penna e Armando Verçosa reafirmam a importância de pequenos gestos que fortalecem a cultura e a leitura.

A Banca do Rodolfo, entre jornais e livros, segue unindo caminhos, mostrando que o papel ainda é um território fértil, onde o interior e a capital se encontram, linha por linha, notícia por notícia.






Os hábitos simples que ajudarão seu cérebro a permanecer jovem por toda a vida

 Várias descobertas apoiam a ideia de que a saúde mental não apenas é preservada, mas pode ser ativamente fortalecida à medida que envelhecemos.


Manter a mente ativa e saudável à medida que envelhecemos não é um sonho, mas uma meta cientificamente alcançável. De acordo com pesquisas recentes em neurociência cognitiva, o segredo está em cultivar hábitos que fortaleçam o cérebro ao longo da vida, conhecidos como reserva cognitiva.

De acordo com o professor Benjamin Boller, especialista em neuropsicologia do envelhecimento na Universidade de Quebec em Trois-Rivières (UQTR), desenvolver hábitos intelectuais , sociais e emocionais saudáveis pode fazer a diferença entre o envelhecimento passivo e o envelhecimento cognitivamente gratificante.


O conceito de reserva cognitiva descreve a capacidade do cérebro de suportar os efeitos do envelhecimento e de doenças neurodegenerativas sem perder a função. Um relatório da Comissão Lancet sobre Demência estima que até 45% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ou retardados pela modificação de fatores de risco como inatividade física, depressão, isolamento social ou baixo nível educacional .

Em qualquer fase da vida

A educação tem sido tradicionalmente considerada o principal indicador da reserva cognitiva, pois incentiva a exposição prolongada a atividades intelectualmente exigentes. No entanto, estudos atuais indicam que a reserva cognitiva pode ser construída e expandida em qualquer fase da vida por meio do aprendizado contínuo e de atividades como tocar um instrumento , aprender um idioma ou jogar jogos de estratégia que estimulam a plasticidade cerebral, favorecendo a criação de novas conexões neurais.

A idade inesperada em que o cérebro atinge seu potencial máximo

As descobertas mais recentes do Laboratório de Neuropsicologia do Envelhecimento da UQTR mostram que aprender novas estratégias e habilidades de memória pode modificar a atividade cerebral e melhorar o desempenho cognitivo. Programas como o Engage , do Consórcio Canadense sobre Envelhecimento e Neurodegeneração, combinam treinamento cognitivo com atividades recreativas, como música , videogames ou voluntariado com idosos.

Para Boller, o engajamento intelectual pode gerar benefícios mensuráveis, mesmo quando iniciado mais tarde na vida. As descobertas corroboram a ideia de que a saúde mental não só é preservada, mas também pode ser ativamente fortalecida por experiências significativas e estimulantes

As descobertas mais recentes do Laboratório de Neuropsicologia do Envelhecimento da UQTR mostram que aprender novas estratégias e habilidades de memória pode modificar a atividade cerebral e melhorar o desempenho cognitivo. Programas como o Engage , do Consórcio Canadense sobre Envelhecimento e Neurodegeneração, combinam treinamento cognitivo com atividades recreativas, como música , videogames ou voluntariado com idosos.

Para Boller, o engajamento intelectual pode gerar benefícios mensuráveis, mesmo quando iniciado mais tarde na vida. As descobertas corroboram a ideia de que a saúde mental não só é preservada, mas também pode ser ativamente fortalecida por experiências significativas e estimulantes.


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