sábado, 6 de dezembro de 2025

ABIJAL Celebra Um Ano com o Presente de Instrumentos à Usina Santa Maria

 O Aniversário da ABIJAL e o Milagre Musical da Usina Santa Maria

Um Ano de ABIJAL: O Presente que Faz o Coração da Usina Palpitar 


O que se viu hoje pela manhã, no velho palco do Teatro Cinema Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria, foi grandioso, não em holofotes ou manchetes, mas em corações acesos e mãos generosas. Um exemplo para o mundo, silencioso como o palpitar de tambores que anunciam uma nova aurora.

Não espere ver essa cena estampada nos jornais da grande mídia. Mas, de fato, importa menos a página impressa que os gestos, gestos calados, porém profundos,  que, pouco a pouco, transformam. E algo de sublime brota, aqui, em Bom Jesus do Itabapoana.

Num gesto de esperança e confiança no futuro, a ABIJAL, Academia Bonjesuense Infantojuvenil de Artes e Letras, ao celebrar seu primeiro ano de vida, atravessou caminhos e chegou até a Usina Santa Maria. Lá, com humildade e alegria, entregou à Sociedade Musical da Usina Santa Maria instrumentos de percussão que faltavam, para completar seu quadro, mas sobretudo para acender vozes adormecidas, corações silenciosos, sonhos ainda tímidos de infância.

A ABIJAL, idealizada pelo ilustre campista Carlos Augusto Souto de Alencar, Senador do Congresso da Sociedade de Cultura Latina, ressurge este ano com força, como um sopro de vida. A cidade escolhida para sediar em 2027 o grande evento de premiação dos destaques culturais do Estado do Rio de Janeiro - Bom Jesus do Itabapoana - ganha não apenas reconhecimento, mas substância. Mais de um século depois da fundação do jornal “Itabapoana”, pelo campista Sylvio Fontoura, em 1906, a tocha da cultura continua acesa, alimentada por quem acredita que legado se cultiva, se reaviva, se dá de mãos abertas.

E quando se pensa em raízes,  raízes açorianas fincadas com coragem e suor pelas famílias Seródio, Borges, Silveira, Rezende e Dutra, é impossível não lembrar do espírito de fé e arte que brota de um passado distante, especialmente através do açoriano Padre-poeta Antônio Francisco de Mello, um gênio da civilização e da cultura. Aliando tradição e renovação, com o apoio do Governo dos Açores via Dr José Andrade, Diretor Regional das Comunidades, encontrou-se fertilidade para semear a arte de novo.

Lá estavam eles: Beatriz, presidente da ABIJAL; Djalma Campos Pereira, vice-presidente, que, com generosidade, doou exemplares do seu livro ao Teatro Cinema Conchita de Moraes; Francisco Ferrine; Felipe Barreto; Matheus Pimentel; Melissa; Ana Alice; Giselle; Anizia Maria. E cerca de catorze crianças e jovens da Sociedade Musical da Usina Santa Maria, pequenos portadores de grandes sonhos, subiram ao palco.

Presentes o vice-presidente do Conchita, Luiz Carlos Robaina de Souza, o tesoureiro Paulo Cesar Vitorino de Sá e Eva Rosângela da Silva. Betinho Milão, presidente do Conchita não pôde estar presente por questão de saúde. André Luiz de Oliveira, representante da Amizade Teatro Cinema Conchita de Moraes e Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, também se fez presente, juntamente com Paulino José Rocha da Silva.

Sob a regência do Maestro Alessandro Azevedo, com o apoio firme da comunidade santa-mariense, cada nota tocada ecoou como promessa, de mudança, de fé, de futuro. Um futuro onde a cultura não é luxo, é semente; onde o som das percussões não é ruído vazio, mas batida do necessário renascimento.

Há quem dizia que era impossível reviver o Teatro Cinema Conchita de Moraes, reacender a chama da música na Usina Santa Maria. Mas os fatos, discretos e intensos, provaram o contrário. Hoje, as mãos que seguraram os instrumentos estão perfumadas de generosidade. Hoje, os olhares das crianças brilham com promessa de um amanhã maior.

E essa é, talvez, a maior transformação: aquela que se dá no silêncio, no gesto simples, na entrega sem esperar holofotes. A verdadeira revolução não vem das manchetes: vem da alma de cada um, do amor que planta, do sonho que floresce.

Porque, no fundo, o maior presente que se pode oferecer não é plástico, nem ostentação. É esperança. É oportunidade. É acreditar que, por meio da arte, todo coração pode se elevar, e que toda comunidade pode renascer.

Sim, essas mãos estão perfumadas. E o mundo, quieto, respira um pouco mais bonito.

Que este primeiro aniversário da ABIJAL seja apenas o início de uma longa travessia luminosa.

Que cada gesto, cada palavra, cada instrumento entregue continue ecoando onde o silêncio ainda pede coragem.

E que essa jovem Academia,  tão cheia de alma, de futuro e de propósito, siga iluminando caminhos, elevando sonhos e plantando cultura onde antes havia apenas espera.

Parabéns, ABIJAL, pelo seu 1º aniversário.

Que venham muitos outros anos perfumados de esperança, generosidade e arte.





































 








































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