domingo, 8 de janeiro de 2012

Artista Peruano expõe obras na Tenda Cultural



Richard José Bolivar nasceu em Arequipa, ao sul do Peru. Recebeu a influência artística da Escola Arequipenha Aquarela e da Escola Cuzquenha, de forte influência no país. É casado com a artista plástica, também peruana, Diony Gallegos, e possui uma filha: Paula Libertad, de 17 anos de idade.

Richard Bolívar especializou-se em "muralismo", que consiste em criação de obras com formatos maiores para serem expostas, por exemplo, em paredes. Trata-se, segundo ele, de uma tradição na América Latina, especialmente no Méxio, no Chile e na Bolívia.

Ensina o artista, que há duas vertentes de muralismo: a) antiga, com abrangência nos mexicanos e chilenos, e b) contemporânea, enfatizada por bolivianos, que procuram retratar temas atuais, partindo da realidade.

Bolívar mudou-se para o Brasil no ano de 1993, fixando-se inicialmente em São Paulo, onde teve contato com grafiteiros. Posteriormente, mudou-se para Belo Horizonte, onde reside até hoje, onde procurou especializar-se em trabalho de restauração de obras de arte na UFMG ( Universidade Federal de Minas Gerais), "insituição com os melhores restauradores da América Latina".

Segundo o artista, o Grafite constitui uma outra vertente do Muralismo. Os painéis receberam influência do grafite, sendo utilizados, outrossim, spray e pincel. Esclarece o peruano que o Cartacismo surgiu recentemente como outra corrente, englobando temas políticos, cinematográficos, com inserção de letras e palavras nos cartazes. Uma novidade, já que no muralismo não há palavras.

Segundo Bolivar, o muralismo atual utiliza em sua confecção materiais leves e baratos, que sejam de fácil transporte, objetivando ocupar espaços públicos e modificar a paisagem urbana, mesmo que provisoriamente.

Ao se colocar um painel em uma parede, por exemplo, as pessoas passam a ter curiosidade, passando a indagar sobre as mensagens artísticas.

Richard Bolívar integra o movimento Brigadas Populares, criado por ele, Pedro Otoni, Sarah Otoni, Flavio Badarot, Silvania Rosa, Flavia Nolasco e Eunice, buscando fazer da arte um instrumento de conscientização das pessoas.

Esteve em Bom Jesus do Itabapoana pela primeira vez, trazendo três obras inéditas que encantaram o público. Suas obras percorreram outros 12 municípios que integraram o Circuito Cultural Arte Entre Povos.

(PUBLICADA NA EDIÇÃO DE 17 DE SETEMBRO DE 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário