Gino Martins Borges Bastos
No dia 07 de fevereiro passado, às 07h:10min, enquanto meu pai
aguardava, na sala de visitas, a chegada de seu médico de confiança,
dr. Wagner, solicitou-me que trouxesse diante de si a antiga máquina
Remington, que lhe pus à frente, em uma pequena mesa.
Embora fragilizado fisicamente, mas com o espírito sempre altivo,
inseriu uma folha na máquina e se pôs a datilografar. Com a chegada do
médico, cessou a atividade, ocasião em que retirei da máquina o papel
e li o que meu pai escrevera: "Esta máquina tem sua história".
Certamente lembrava ele dos inúmeros atos por ele balizados relativos
ao seu querido Colégio Rio Branco e ao jornal O NORTE FLUMINENSE.
Foram as últimas palavras escritas por meu pai, em vida.
A máquina de escrever que sempre o acompanhou tem realmente sua
história, mas Luciano Bastos fez História, que futuramente será
adequadamente contada.
Espírito forte, forjado nos tempos típicos de sua época, em nenhum
momento esmoreceu. Personalidade com luz própria, sempre lutou
intransigentemente por aquilo em que acreditou. Nunca escondeu suas
posições e procurou honrar os nomes e os feitos dos antepassados.
Seus filhos Paula, Cláudia, Francia e eu atenderemos seu desejo que
era o de preservar o patrimônio do Colégio Rio Branco. No dia 13 de
agosto próximo, durante a Festa de Agosto, pretendemos inaugurar o
ESPAÇO CULTURAL LUCIANO BASTOS, para perpetuar o seu nome e fazer dali
um ambiente irradiador de cultura, incluindo um Museu, para o povo de
Bom Jesus, que ele tanto amava.
Luciano Augusto Bastos e Leny Borges Bastos presentes!
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