terça-feira, 30 de dezembro de 2014

NOVAS HISTÓRIAS DE JOÃZINHO BORGES




Joãozinho Borges

João Batista Ferreira Borges, conhecido como Joãozinho Borges, é filho de José de Oliveira Borges, o Zezé Borges, 1o. prefeito de Bom Jesus do Itabapoana por ocasião da 2a. emancipação, ocorrida no dia 1o. de janeiro de 1939.

Mais uma vez, na Panificadora Família Borges, ele relatou novas histórias a Gino Martins Borges Bastos, no dia 20 de novembro passado.


ARISTEU TALIULI

Aristeu Taliuli era motorista de meu pai, na época em que ele era prefeito. Ele levava papai a todos os lugares e, a partir desta experiência, passou a considerar que papai era conhecido por todos.

Certa vez, meu pai estava em Niterói e Aristeu foi de ônibus até a antiga capital fluminense. Ao chegar à Praça Araribóia, próximo às Barcas, ele parou um transeunte e perguntou de imediato: - "Onde mora o Zezé Borges?" - "Quem é Zezé Borges?" questionou o transeunte. Aristeu replicou, então, com ares de ironia: - "Você é engraçadinho, hein... não conhece Zezé Borges?!?"


ROLDÃO


Seu Roldão era sapateiro. Tinha um filho chamado Zezito. A família de meu pai, na época, mandava todos os sapatos dos dez filhos para Roldão fazer a meia-sola. Às vezes, quando Roldão precisava de algo, procurava meu pai, que lhe emprestava dinheiro. A família de Roldão, sabendo disso, era muito grata à família de meu pai. Assim, Zezito ficou muito amigo nosso. Zezito formou-se em contabilidade e foi para o Rio de Janeiro. Lá, recebia os bonjesuenses que não retornavam sem um corte de tropical inglês (tecido para terno) ou um litro de uísque.



DONA CARMITA 


Meu irmão Antônio Fereira Borges fez o ginásio no Colégio Rio Branco, mas era sempre chamado atenção por Dona Carmita, por suas estrepolias.

Certo dia, quando choveu muito, a rua do Colégio ficou cheia de barro, uma vez que a mesma não tinha calçamento. Antônio e alguns colegas entraram pela porta dos fundos do colégio e encheram de barro vermelho os vasos sanitários, até a boca dos mesmos. Dona Carmita logo descobriu quem foi o autor da travessura e o colocou  de castigo por várias horas, até à noite.


JORJÃO

Jorjão era um parente distante de minha família. Por volta de 1944, ele faleceu. Meu pai foi ao velório, em sua casa. Lá, a viúva chorava inconsolável. Em certo momento, ela lamentou: "Jorjão nunca vestiu um paletó!". Ao ouvir isso, meu pai não pensou duas vezes. Retirou o seu paletó e o vestiu imediatamente no corpo de Jorjão.

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