Ex-amor que Deus me deu Aos santos, tanto apego
é coxo, mas muito anda procissão,
subidas, ladeiras com o lenço digo-lhe adeus dão beijinhos, aconchego
quando estou na varanda. no convento, frades e freiras.
Nem sempre fartura na mesa O trigo é aloirado
dias, um pouco, mais que pitada o
do vento muito ondeia
não te queixes da pobreza por ceifeiras foi ceifado
pobre aquele que não tem nada. muito pão quando na ceia.
Jamais foi o meu desejo Ex-namorado José
meu namorado morreu entre nós, amor,
paixão
um outro, tanto, tanto beijo com outra casado e
e desejo não seja meu. eu, com outro, união.
Cama de ferro trepidava Devagar o caracol
o velhote Joaquim Bento por não ter muita energia
pela janela espiava bota os corninhos ao sol
a noitada do casamento. e carrega a moradia.
A viúva inda chora Praia das ondas tão
mansas
de luto o ano inteiro bravias se muito venta
tão cedo não vai embora... banham-se lindas crianças
dá carinhos ao coveiro! quando a maré não rebenta.
Soam sinos da igreja Sem
dúvida, popular jornal
os fieis ouvem sermão “o Norte Fluminense”
seja padre, também beija sou um poeta normal
a freirinha, o sacristão. e prazer de ser sourense.
Janeiro/2017 - Vila de Soure- Coimbra --- José Pais de
Moura
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