Diego Flórez de Valdés foi um almirante espanhol que, servindo à armada da União Ibérica em terras brasileiras, expulsou os franceses da capitania da Paraíba. Em 1582, após uma missão militar no estreito de Magalhães, sua tripulação foi assolada por uma peste (provavelmente escorbuto) e ele decidiu atracar emergencialmente no Rio de Janeiro. Seus marujos receberam os cuidados do Padre José de Anchieta, que levantou um tosco barracão coberto de palha, primórdios do que hoje em dia é a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Com ervas e frutos silvestres, Anchieta conseguiu salvar a maioria da tripulação. Durante todo o ano de 1583 os espanhóis protegeram a capitania do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Vicente da presença de corsários ingleses. Já em 1584, o Almirante recebe um convite do governador da Bahia Manoel Teles de Barros para comandar uma nova expedição à capitania da Paraíba, assolada pelos ataques dos índios potiguaras e pela presença de franceses. Imediatamente, o General Diego Flórez aceita a oferta de chefiar tal expedição.
Em Abril 1584, após missa de Domingos de Ramos, a armada parte para da Bahia composta de nove navios, sendo sete castelhanos e dois portugueses, um deles leva o Ouvidor Geral Martim Leitão, a quem o governador confiara a organização da expedição e de todas as providencias para a fundação da Paraíba. O ataque da armada foi fulminante, os franceses, na sua maioria traficantes de pau Brasil, pouco puderam fazer para se defenderem, tendo todos as duas naus queimadas. Após nomear o forte que protegerá a foz do rio Paraíba “Forte de São Filipe”. Foi do nome desse forte que viria a ideia de Frutuoso Barbosa de nomear a capital da capitania Felipeia de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa) em Homenagem ao Rei Dom Felipe II. Fonte: Anais do Museu Histórico Nacional/ Novos olhares sobre as Capitanias do Norte do Estado do Brasil: História Colonial; Brasil; América Portuguesa/
Enviado por Antônio Soares Borges
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