terça-feira, 22 de março de 2016

A AGONIA DA VIOLA DE ARAME

 
A agonia da viola de arame

A Casa da Farinha constitui um prédio emblemático na vida da Família Silveira, uma vez que foi na propriedade onde a construção foi erguida, que Antônio Ignácio da Silveira, avô dos futuros governadores Roberto e Badger Silveira, se instalou, no final do século XIX, assim que veio para Bom Jesus, onde as terras eram férteis e atrairam muitos açorianos.

Badger Silveira e Ana Maria Silveira, filhos do ex-governador Badger Silveira visitaram, em 2014, o cômodo que restou do casarão onde residiram seus bisavós


Antônio Ignácio veio para Bom Jesus no século XIX, após a morte de seu pai, Manuel Ignácio Silveira, português do arquipélago dos Açores, trazendo uma viola de arame presenteada por ele, além de uma quantia em dinheiro. Ao se fixar nesta propriedade, costumava participar de reuniões festivas onde se dedicava a tocar sua viola. 

Badger Silveira e Ana Maria Silveira visitaram também o interior da Casa da Farinha, contígua à residência de seus bisavós

A professora Maria Borges da Silveira, esposa de Antônio Ignácio, veio posteriormente, de Niterói, juntamente com os filhos, entre os quais Boanerges, pai dos governadores.


Foi Antônio Ignácio, por outro lado, que participou ativamente na luta pela 1ª emancipação de Bom Jesus, que ocorreu no dia 25 de dezembro de 1890. Essa índole política foi transmitida naturalmente a Boanerges que, por sua vez, repassou-a a seus filhos Roberto, Badger e Zequinha Silveira, sendo certo que Roberto Silveira estava em caminhada certa para ocupar a presidência do país.

A preservação deste prédio, portanto, é relevante não só para a história de nosso município, mas para a história do nosso estado e do Brasil.

O fato é que o tempo passa e não se tem notícia de qualquer movimentação das autoridades para encontrar uma saída para a preservação deste prédio.

Estaremos condenados a assitir a agonia derradeira da viola de arame?



Como era a Casa da Farinha












3 comentários:

  1. Quantas fazendas desabam e o povo faz vista grossa.

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  2. Quantas fazendas desabam e o povo faz vista grossa.

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  3. Boa tarde

    Alguém sabe algo mais sobre Manuel Ignácio Silveira, açoriano referido neste texto? Tenho antepassado açoriano com esse nome e que pode ser o mesmo.

    Cumprimentos,
    Jorge de Brito

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