sábado, 22 de agosto de 2020

Há 486 anos, uma carta de D. João III eleva à categoria de cidade a vila de Angra, na ilha Terceira.

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«D. João, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber que vendo eu como na Ilha Terceira de N. S. Jesus Cristo a Vila de Angra é agora tão acrescentada em povoação e assim enobrecida, N. S. seja louvado, onde bem merece ser cidade, havendo a isso respeito e assim aos muitos serviços que dos moradores da dita vila tenho recebido assim nos socorros e provimentos que dão às minhas armadas e naus da India quando ao porto da dita vila vão ter, como em outros serviços em que me sempre servem quando deles é necessário, como bons e leais vassalos que são: e tendo por mui certo que sendo feita cidade e tendo os privilégios e liberdades que tem as outras cidades de meus reinos ainda muito mais enobrecerá, por onde eu receberei dos moradores dela muitos mais e querendo acrescentar assim por os ditos serviços que deles tenho recebido como pelos que ao diante espero receber e por lhe fazer graça e mercê eu de meu próprio motu, certa ciência, poder real e absoluto, sem eles m’o requererem nem outrem por eles, hei por bem de a fazer, e por esta faço, a dita Vila de Angra cidade e quero e me apraz que daqui em diante seja cidade e se chame cidade de Angra», etc., etc.


Foi Angra a primeira cidade açoriana. Pela sua posição geográfica e pela disposição da sua baía ou angra, era o refúgio das naus e caravelas que demandavam as Índias, o seu comércio era grande, afluindo de todas as outras ilhas, do continente e do estrangeiro, muitas embarcações a comercias


In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 258, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.


Enviado por Antonio Soares Borges

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