sábado, 2 de dezembro de 2023

UM DEPOIMENTO SOBRE PADRE MELLO

 

FRANCISCO VERDAN CORRÊA NETO
(de Petrópolis/RJ)




Fiquei muito contente ao ler a notícia sobre o lançamento de "Obras de Padre Mello", no dia 7 de agosto. Espero poder estar presente pois tais obras me interessam muito. Há longo tempo eu sonhava que um dia fosse publicado.

Isto me lembra quando, ainda muito jovem, saíamos da zona rural do Cubatão, localizada no 1º distrito de Itaperuna (RJ), todos os anos, e íamos no dia 15 de agosto assistir a Festa de Bom Jesus, no início da década de 1940.

Havia um comerciante lá no Cubatão - Sr. Sebastião Máximo - genro de Castorino Bon (uma família de origem suíça) - que possuía um caminhão. Para a ocasião, ele colocava tábuas transversais na carroceria do caminhão e fazia um toldo de lona (para proteção contra o sol ou chuva), e nossa família enchia esse caminhão (entre os nossos primos, um grupo assinava Cordeiro de Mello), descendentes de um meu tio-avô - Antônio Corrêa Branco -  que era casado com u'a Mello, na Lomba de Maria, Ilha de São Miguel, Açores. Uma filha desse casal, sobrinha de um avô - Antônio Corrêa de Mello - veio morar na fazenda do meu avô, no Cubatão, e deixou descendência numerosa.

Naquela época, a estrada para Bom Jesus passava pelo Bambuí e a Serra do Himalaia, e entrávamos em Bom Jesus pelo norte. Ao chegarmos, a primeira coisa que fazíamos era ir à Sacristia cumprimentar o Padre Mello, e meu pai fazia questão que lhe beijasse a mão e fosse abençoado por ele.

Participávamos das alegrias da Festa e, já noite, retornávamos ao nosso lar.

Isto se repetia todos os anos e, num certo momento, essa viagem se interrompeu e eu nunca soube o porquê. Agora (estou com 82 anos de idade), posso imaginar o motivo: o falecimento do Pe. Mello. A motivação da viagem terminou.

Então, a minha presença em Bom Jesus a 7 de agosto, será a minha homenagem à memória de Pe. Mello.

(2016)

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