terça-feira, 30 de setembro de 2025

Galerias Dobra e ARTNOVA abrem coletiva na Fábrica Bhering, e Bom Jesus do Itabapoana marca presença com o fotógrafo Roulien Boechat

 

AGORA. Palavra que palpita. Palavra que não espera. Palavra que é instante, oráculo e urgência. Da ágora grega herda a praça, o lugar comum, onde se trocam ideias, onde o humano se faz coletivo. No português, ecoa como aviso, presságio e também como chama que arde no presente.

É esse o nome da exposição coletiva que as galerias Dobra e ARTNOVA abrem na Fábrica Bhering, transformando o espaço em arena crítica, palco de atravessamentos e diálogos, onde pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo e performance se encontram como vozes que dobram o tempo.

E nesse território de encontros está Bom Jesus do Itabapoana, representada pelo olhar de Roulien Boechat, fotógrafo que sabe colher o instante como quem recolhe luz. Suas imagens são pontes entre o que se foi e o que ainda será, entre a memória e a esperança.

Roulien não fotografa apenas paisagens ou rostos, fotografa o que palpita invisível, o que une, o que resiste. É, por isso, o fotógrafo do agora: do instante que não se repete e da eternidade que se abre em cada clique.

Sua participação em AGORA ecoa para além da mostra no Rio de Janeiro. Em breve, sua arte seguirá para São Paulo, levando consigo a marca de uma cidade que cresce, que se expande, que encontra na cultura uma forma de afirmar sua identidade e projetar o futuro.

Bom Jesus do Itabapoana, pelas lentes de Roulien, é mais que lugar: é gesto de beleza, união e esperança. E, ao ser projetada no cenário nacional, anuncia-se como cidade que constrói não só sua economia, mas também seu espírito, porque onde há arte, há sempre um novo mundo em gestação.





Francisco Amaro, a Banca do Rodolfo e a mensagem de Lincoln Penna ao Jornal O Norte Fluminense: laços entre Bom Jesus e o Rio

 


Às vezes, as grandes pontes não são feitas de ferro, nem de concreto. São erguidas de papel impresso, de letras e de mãos que se estendem com generosidade. Assim nasceu a ponte que une Bom Jesus do Itabapoana ao Rio de Janeiro.

O elo chama-se Francisco Amaro Borba Gonçalves, açoriano de coração largo, tão construtor de humanidade quanto Padre Antônio Francisco de Mello o fora em outros tempos. Por sua amizade e empenho, O Norte Fluminense encontrou morada na Banca do Rodolfo, na Tijuca, espaço que mais parece templo de leitores, onde as páginas ganham vida e os olhos brilham em busca de novidade.

E foi assim que o nosso jornal atravessou o mar de distâncias e chegou à capital, com o auxílio de duas mãos que não se cansam de erguer pontes: a de Francisco Amaro e a de Rodolfo, jornaleiro que transformou sua banca em território de cultura, resistência e encontro.

Um jornal é isso: um fio invisível que une cidades, um sopro que aproxima realidades, um instrumento que informa e forma. Quando circula, não carrega apenas notícias, carrega memórias, desperta consciências, fortalece laços de cidadania.

Ao recebermos o generoso e afetuoso e-mail do professor e historiador Lincoln Penna, doutor pela USP, conferencista honorário do Real Gabinete Português de Leitura, professor aposentado da UFRJ e docente da Universo, sentimos que essa ponte não é apenas entre Bom Jesus e o Rio, mas também entre gerações, saberes e sonhos.

Escreveu Lincoln:

“Como professor e historiador quero parabenizar O Norte Fluminense pela matéria alusiva ao amigo jornaleiro Rodolfo, que transformou sua banca de jornais na Tijuca, Rio de Janeiro, num espaço de leitores ávidos de novidades. Rodolfo é um exemplo de como divulgar a literatura e a cultura livresca. Merece todo incentivo e aplauso.”

Entre as palavras do historiador, o gesto do açoriano e a banca do jornaleiro, reconhecemos o sentido profundo do jornalismo: ser ponte. Ponte entre pessoas, ideias, cidades e mundos.

E, de repente, compreendemos que Bom Jesus do Itabapoana já não está distante do Rio de Janeiro. Está aqui, do outro lado da banca, dobrando-se em páginas, multiplicando-se em vozes, respirando entre os leitores.





EMOP-RJ: Restauro da Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, e perspectivas para o Palacete do Malvino Rangel, em Bom Jesus do Itabapoana



Em 05 de setembro, o velho casarão abriu de novo as janelas para a luz: restaurado pela EMOP-RJ, Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, a Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, recebeu  investimento de R$ 11,2 milhões, e o complexo renasceu. Não apenas como arquitetura preservada, mas como promessa de futuro: espaço de cultura e educação, aberto à comunidade.

É curioso pensar que, na mesma pedra que guardou memórias de cativeiro, agora ecoará o riso de crianças, o canto, a dança, o exercício da liberdade. O restauro foi delicado: uma das paredes da capela ergueu-se sem cimento, como antigamente, no gesto de reverência ao saber dos construtores do passado.

A EMOP-RJ, fundada em 1975, sempre foi mais que um órgão técnico: é uma espécie de tecelã de espaços públicos. De escolas rurais erguidas em tempo recorde a hospitais, estádios, bibliotecas e centros culturais, sua história é também a história das cidades que se reinventam. Agora, no resgate da Fazenda Colubandê, cumpre novamente sua vocação de unir memória e vida.

E se em São Gonçalo uma fazenda do século XVIII respira, por que não sonhar mais alto? Em Bom Jesus do Itabapoana, o Palacete de Malvino Rangel ainda aguarda. Sua fachada pede restabelecimento, sua memória clama por vozes. Um Centro de Memórias ali não seria apenas homenagem ao passado, mas semente para o futuro, porque cultura e economia caminham de mãos dadas, porque preservar também é desenvolver.

O tempo, afinal, não se mede apenas em datas e decretos. Mede-se na permanência daquilo que resiste. Nas paredes grossas que, restauradas, voltam a palpitar. Nos palácios e fazendas que, reerguidos, devolvem às cidades o direito de sonhar.

Talvez seja isso que a EMOP-RJ nos ensina: entre pedras antigas e gestos modernos, constrói-se não só edifícios, mas a própria alma do lugar.





A fachada do Palacete do Malvino Rangel pede seu restabelecimento em Bom Jesus do Itabapoana 


"Toda literatura é uma busca pelo sentido da vida'" (Andrei Gelassimov)

 

Andrei Gelassimov


https://www.brasil247.com/entrevistas/toda-literatura-e-uma-busca-pelo-sentido-da-vida-diz-andrei-gelassimov

Ouçam "Madrugada"!

 



https://open.spotify.com/track/474lpUUNaFlQSkP5Y7UdIc?si=8LgWpscTSVirwLxj5pojLw

ILA 2025: Uma noite de forte emoção e importância para a história da cultura Bonjesuense

 

                                                 Por Matheus Brazil 

 

Dra Nisia Campos, André Luiz de Oliveira e Matheus Brazil 

  No dia 26 de setembro, o Instituto de Letras e Artes (ILA), Dr. Ronaldo do Canto Cyrillo, realizou um evento memorável no plenário da Câmara Municipal de Bom Jesus do Itabapoana.

  A solenidade contou com os membros da Instituição que comemoraram 30 Anos de fundação do Instituto, data que também foi realizada a Premiação dos alunos participantes do Concurso ILA de Poesia 2025, com o tema: Dr. Oliveiro Teixeira e os 60 Anos (Jubileu de Diamante) da Institucionalização da Marcha a Bom Jesus, Brasão e Bandeira do Município. 

  A presença de Ana Maria, filha única do homenageado com filhos, netos e bisneto, transformou o evento em pura emoção, quando cantou e tocou na sanfona a marchinha composta com seus pais: “Bom Jesus tem de tudo”.

  A presidente, Dra. Nísia Campos Teixeira Kneipp, foi homenageada pelo Dr. Gino Borges Bastos, representado pelo Sr. André Luiz Oliveira, marcando a importância da liberdade promovida pela cultura, afirmando o trabalho de excelência com o qual Dra. Nísia preside a Instituição com sabedoria.

Os 10 anos da Academia Literária Castelense



 

 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Parabéns, Dra Nisia Campos, pelos 30 anos do ILA!



Dra Nisia Campos, André Luiz de Oliveira e Matheus Brazil 



No dia 26 de setembro, o Instituto de Letras e Artes “Dr. José Ronaldo do Canto Cyrillo” (ILA) comemorou seus 30 anos de fundação com uma solenidade marcada por cultura e reconhecimento, no salão da Câmara dos Vereadores.

Na ocasião, foi realizada a premiação do concurso literário cujo tema foi “Dr. Oliveiro Teixeira e os 60 anos de institucionalização da Marcha a Bom Jesus, Brasão e Bandeira do município”. O certame reuniu talentos literários que celebraram a história e as tradições locais.

Durante o evento, o jornal O Norte Fluminense concedeu um certificado de reconhecimento à Dra. Nísia Campos Teixeira Kneipp, fundadora da arcádia, por sua dedicação exemplar à valorização de artistas e escritores, além do estímulo ao surgimento de novas gerações de poetas e intelectuais.

A celebração reafirmou o papel do ILA como espaço de promoção da arte, da literatura e da memória cultural da região.




domingo, 28 de setembro de 2025

O Palacete que Ainda Mora em Nós

 


Havia um tempo em que Bom Jesus do Itabapoana se erguia mais altiva. Entre ruas e sonhos, um palacete de 1918 guardava não apenas paredes, mas a memória viva de uma cidade que aprendia a crescer. Era o Palacete do Malvino Rangel, obra eclética com sopros de art nouveau, testemunha de julgamentos, encontros e visitas ilustres.

Ali, Getúlio Vargas Filho foi recebido. Ali, o primeiro júri se desenrolou sob a defesa de Boanerges Borges da Silveira, pai dos ex-governadores Roberto e Badger Silveira. 

O edifício não era apenas pedra e cal, era gente, era história, era pertencimento.

Quando chegou o dia do adeus, antes da demolição, a despedida foi solene. Servidores, juiz, promotor e cidadãos se reuniram como quem segura a respiração diante do inevitável. Não se chorava apenas a perda de um prédio, mas de uma parte de nós mesmos.

Estiveram presentes no adeus ao Palacete do Malvino Rangel e estão eternizados em nossas história: José Borges Filho, Dr. Elcy de Souza, Ronaldo Almeida, Yolle Mello Teixeira, Helvio Almeida, Ronei Almeida, Elói, Filhinho Barreto Loretti, Dr. Sebastião Freire Rodrigues, Dr. Geraldo Batista, Carlos Quintino, Dr. Francisco Batista de Oliveira, Braz Cyrillo (trabalhou na empresa que construiu o novo prédio), Leonides Catharina, Dr Guth Gallo, Dr. Nivaldo Valinho, João Batista Vieira (Bulaia), Dr. Luiz Alberto e Paulinho Lupinha.

Quando o novo prédio deixou de funcionar como Fórum, o salão do júri virou biblioteca, e as salas se abriram a tantas vozes de interesse comum. 

Por isso, é justo desejar que sua fachada retorne, como um espelho onde possamos nos rever. Que ali se erga um Centro de Memórias, para que as novas gerações saibam que o futuro só floresce quando tem raízes.

A arquitetura clássica não é capricho de estilo. É respiro, é permanência, é beleza que resiste à pressa do mundo. Ela nos devolve harmonia, nos ensina proporção, nos convida à contemplação. Diante dela, a alma se eleva e a vida parece mais justa, mais plena, mais digna de ser sonhada.

O Palacete do Malvino Rangel pode ter sido demolido, mas ainda habita a memória e o desejo de quem não aceita ver a história se apagar. Que sua presença seja restabelecida, não apenas em pedra, mas em espírito. Porque todo desenvolvimento econômico precisa caminhar de mãos dadas com o desenvolvimento cultural. E porque uma cidade que esquece seu passado arrisca perder o brilho do próprio futuro.


O adeus ao Palacete do Malvino Rangel: José Borges Filho, Dr. Elcy de Souza, Ronaldo Almeida, Yolle Mello Teixeira, Helvio Almeida, Ronei Almeida, Elói, Filhinho Barreto Loretti, Dr. Sebastião Freire Rodrigues, Dr. Geraldo Batista, Carlos Quintino, Dr. Francisco Batista de Oliveira, Braz Cyrillo (trabalhou na empresa que construiu o novo prédio), Leonides Catharina, Dr Guth Gallo, Dr. Nivaldo Valinho, João Batista Vieira (Bulaia), Dr. Luiz Alberto e Paulinho Lupinha


Rita Côgo e a Chama da Infância Que Nunca se Apaga

 



Há pessoas que, com o passar dos anos, nunca deixa de ser criança. Rita de Cássia Côgo é uma delas. Seus livros, suas palavras e seu olhar carregam a delicadeza de quem ainda acredita em encantos escondidos no cotidiano. E talvez por isso as crianças a reconheçam tão facilmente: não como uma adulta que fala a elas, mas como uma amiga que fala com elas.

Nascida em Muniz Freire e radicada em Guaçuí, Rita espalha seu brilho por onde passa. No Espaço Cultural Luciano Bastos, em Bom Jesus do Itabapoana, na manhã do dia 25 de setembro, ela não apenas contou histórias. Ela abriu portais. Com a voz, a expressão e o coração, Rita fez de cada palavra um fio de luz que bordou sorrisos nos rostos pequenos que a ouviam.

Naquele instante, não havia tempo, não havia pressa. Só a pureza de uma chama acesa dentro dela, a mesma que iluminava sua sala de aula nos tempos de professora, e que hoje ilumina palcos, encontros e livros.

As crianças que entraram curiosas no evento saíram abraçadas e transformadas. Levaram consigo mais do que histórias: levaram um jeito novo de sonhar. Porque Rita não apenas escreve para crianças. Rita é, em si, a lembrança viva da infância, e o mundo inteiro aprende quando a escuta e é abraçado por ela.












"Sou do bem", por Rogério Loureiro

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*"Sou..."*


Sou do bem...

Sou uma pessoa determinada,

Não desisto de meus objetivos.

Sou a luz que afaga, um eterno trovador. 

Sou a arte e alma de um poeta sonhador. 


*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

Rios que correm no Rio

 


sábado, 27 de setembro de 2025

Djalma Pereira Campos e Maria Clara Fonseca Visotto: Jovens Escritores florescem na I Arte e Cultura de Bom Jesus

 




Por ocasião da I Arte e Cultura de Bom Jesus e da 19ª Primavera de Museus, floresceram como organizadores dois jovens escritores: Maria Clara Fonseca Visotto e Djalma Pereira Campo, que já haviam encantado na III FLICbonjê com o lançamento de seus primeiros livros.

O convite, feito pela coordenadora do evento, Alessandra Abreu, foi prontamente aceito. E ambos deram conta do recado com brilho e dedicação, com o apoio da pedagoga Giselle Magalhães, revelando que em Bom Jesus desponta uma nova geração de agentes culturais, além de escritores, semeadores de futuro.

Como uma árvore que lança galhos verdejantes em direção ao céu, a cultura bonjesuense se expande e se fortalece em seu horizonte. É de ações como a de Alessandra que brotam caminhos para o amanhã. Os jovens precisam de apoio em seus ideais e de estímulo para se tornarem agentes da própria história.

Maria Clara Fonseca Visotto e Djalma Pereira Campo: jovens escritores, jovens corações, jovens sonhos transformados em páginas.

Maria Clara ofereceu ao mundo seu primeiro livro, Vozes de Maria (Editora Litteralux), um sopro de coragem e poesia nascido das profundezas do ser. Em cada linha, uma busca íntima pelo retorno a si mesma; em cada frase, a fusão de vivências, crítica social e alma feminina. Sua escrita é atravessada pela convicção de que a palavra pode ser libertação.

Djalma, por sua vez, apresentou O Novo Legado, Um Mistério em Bom Jesus (Editora O Norte Fluminense). Sua narrativa conduz um casal por veredas duras da vida, atravessando dores do passado e desafios do presente, sem jamais apagar a chama da esperança por uma nova era.

Jovens escritores, agentes culturais e guardiões da memória: são frutos preciosos da I Arte e Cultura de Bom Jesus e da 19ª Primavera de Museus.














UBT, Seção de Itaperuna, e Bom Jesus: Encontro de Arte, Cultura e Poesia

 


A participação da UBT, União Brasileira dos Trovadores, Seção de Itaperuna, através das consagradas trovadoras Jane Moreira Bauer, Marina Caraline, Mariana Nogueira Lombardi e Bernadete Lacerda Soàres, no I Arte e Cultura de Bom Jesus e na 19ª Primavera de Museus, no Espaço Cultural Luciano Bastos, foi mais que presença: foi um gesto de amor, perfume de versos, legado de tradição.

Itaperuna, generosa, trouxe novamente suas rosas vermelhas a Bom Jesus. Outrora, até 1º de janeiro de 1939, filho dileto de sua terra-mãe; depois, emancipado, seguiu com passos próprios, mas sem jamais romper os laços de sangue e poesia.

Entre Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna há um vínculo eterno: geográfico, afetivo e cultural.

Há mais de um ano, a UBT de Itaperuna embalou o berço da UBT de Bom Jesus; voltou em agosto deste ano, para festejar o aniversário da filha que ajudou a nascer, e, em 25 de setembro, abrilhantou novamente o encontro, na Roda de Leitura de Trovas e Poesias.

No Espaço Cultural Luciano Bastos, onde palpitou por noventa anos o antigo Colégio Rio Branco, as trovadoras foram recebidas com carinho pela diretora Cláudia Borges Bastos, guardiã desse templo de memória e cultura.

Bom Jesus do Itabapoana rejubila-se com a presença das ilustres trovadoras itaperunenses. Recebam, pois, nossa eterna gratidão. É bênção unir sonhos, entrelaçar palavras e erigir, com poesia, uma sociedade mais culta e mais humana. Porque os versos, quando partilhados, são pontes de eternidade entre corações.