O Festival do Chorinho e Sanfona de Rosal, em 2025, foi, sem dúvida, o melhor de sua história. Mas o brilho histórico não esteve nos nomes consagrados da programação nacional, Silvério Pontes, Marcelo Caldi, Dudu Oliveira, Trio Madeira, Paulinho Bandolim ou Chico Chagas Quarteto.
Não. O tesouro estava nos degraus da praça Alzemiro Teixeira, onde cerca de cinquenta crianças da turma de Musicalização da Lira 14 de Julho se apresentaram, guiadas pelo talento e idealismo da professora Sandra Regina Rodrigues Dowsley. Ali, na simplicidade do gesto, na pureza da música que brota do coração, estava o verdadeiro festival: a esperança que se faz viva.
Cada criança representava todas as crianças do mundo. A música, pequena ou grande, oficial ou silenciosa, é a ponte que constrói uma sociedade nova. Nenhuma grande mídia noticiou, mas isso não importa. Os rosalenses, testemunhas desse instante, viram a humanidade que se constrói, degrau a degrau, nota a nota.
O trabalho de Sandra foi reconhecido pela própria Lira 14 de Julho, com uma homenagem singela, mas profunda, que refletiu não apenas competência e dedicação, mas ética, amor e generosidade. Mulher que conheceu o mundo inteiro como comissária de bordo da saudosa VARIG, decidiu pousar em Rosal e, aqui, semeia voluntariamente princípios musicais, valores e sonhos.
O Festival de 2025 foi o melhor festival de Chorinho de todos os tempos, porque foi o Festival da Esperança. A música tocou o futuro e a alegria das crianças se transformou em promessa, memória e legado. Porque a verdadeira grandeza de um evento não está nos holofotes, mas no coração que ele faz palpitar.
Parabéns querida Sandra,seu trabalho é extremamente importante para as crianças de Rosal!
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