sábado, 23 de maio de 2020

.    Seu Baile de formatura
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       Joel Boechat - Cantinho
       De lembranças

Por causa do pesadelo de um  Compromisso,  sentiu-se tão Indiferente
Não  sentiu  o perfume da flor
O despertar do Amor
O sabor  dos  labios ardentes
Desejos   dos   escandalosos
Beijos em bocas desiguais.

Sei que esses  devaneios vão
Ficar esquecidos na poeirenta
Velha e organizada  prateleira.

Ficarão  a  disposição  das traças  E  cupins roendo as Histórias  de Grandes  e de  pequenos amores
Que não  Foram vividos.

Ela , era muito apaixonada
Ele  , ainda  não havia essa
Paixão percebido
Amor que brotava daquele  inocente coração
Menina môça , quase uma
Mulher...
Sonhos  de Amor por dois
Anos escondido.

Ele  jamais fora um jovem Impetuoso  e , para um só
Flerte , atrevido.
Timidez  e o complexo de Inferiorde
Descendia de uma família
Pobre

Ela , também, não possuia  linhagem  e descendência
Nobre ... 

Uma paixão, não necessita Escravos , coroas , librés e
Nem  de mordomos   para
Lhe calçar os pés.
De  soluços de carpideiras
Para prantear  um  revés...

A  rodagem trepidante da Carruagem  de  encantos
E emoções
Batimento  diferente  em
Seus jovens corações ...

No corpo, os hormônios...
Não  sabemos ,  na tenra
Idade, se são  de deuses
Ou de demônios

Sem complexo...
Um  calor  que desperta
os desejos de  sentir os
Prazeres do sexo

Nas rodas  da  carruagem
O caminho dos ardorosos
Planos  desejos de amor
De  aperto  de mãos , dos
Abraços e carinhos.

O  sabor de um  primeiro
Beijo roubado resgatado
De um Ser apaixonado...

Seu baile de formatura ...
A emoção
Sonhos   de  Grande Salão
De Festas
Tom  oriental   das  Rosas
De Istambul em vasos do
Japão
Coral e sons da grandiosa Orquestra ...

Estávamos tão silentes
Os  pares que rodeavam
Entre nós  , sorridentes
Trocavam juras a meia
Voz

Até a Rainha da Noite, em
Plenilunio ,   jorrando  nas  Cortinas de veludo, riscos  Entreabertos das  chuvas
De  prata  ,  enluarando  o
Jovem par...

Pelas artérias do destino
Cruel
Confessou a ela , sem os
Beijos trocados e sem os
apertos de mãos anelado
Quase que  perolando  , as Lágrimas  de dor ...
A  impossibilidade  deles
Vivenciarem aquele amor

Disfarçando  a dor em um
Quase sorriso, ela retorna
Para casa abatida ,  pelas
Dores combalida
Fim de um sonho de Amor
Encantado

Não dançaram  a Valsa...
Não houve aconchego de
Um  abraço trêmulo bem
Apertado
O calor daquele toque...

A vontade de praticarem
Um pecado
O primeiro beijo roubado
Tão sonhado...

Na carruagens das ilusões
retornam   amargurados  e
Feidos
Dois silentes corações ...
A História de Amor que não 
Foi por eles vivido

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